sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021

A Casa Eunice em Campo Grande

 



Acima estão imagens da Casa Eunice, década de 1970, que se localizava na Praça Dr. Raul Boaventura, no bairro de Campo Grande. A mesma pertenceu a Salomão, filho de João José Audi, libanês que foi um dos pioneiros no ramo de tecido no bairro.
No livro "Tricentenário de Campo Grande ", de Serafim Sofia, ano 1976, é descrito assim:
"Salomão, continuação, como eu vos disse, deu às coisas por seu pai já começadas e ao tomar rédeas de tudo a modernice começou-lhe a tomar conta das pegadas. Foi aí que em 'homenage ' a Dona Eunice. Que com ele enfrentou várias empreitadas, o seu nome dera às lojas em questão, mais coragem imprimindo sua função. Do casal houve três filhos..."

Fonte de pesquisa e imagens: Livro Tricentenário de Campo Grande, Serafim Sofia, (do Instituto Campograndense de Cultura) - Rio de Janeiro (Poema histórico, 3°Volume - 1976.

domingo, 7 de fevereiro de 2021

A distribuição de sesmarias na região do "Campo Grande "

 

Durante o período colonial, a concessão de sesmarias foi muito utilizada no território brasileiro, iniciada com a constituição das Capitanias hereditárias em 1534, abolida com o processo de independência. 
    As sesmarias eram terras doadas sem qualquer ônus, porém com encargos para particulares ou com objetivo de constituírem patrimônios da cidade ou de vilas. Representavam uma propriedade latifundiária, de monocultura e mão de obra escrava. Os que recebiam as terras, os sesmeiros  - nome dado devido ao pagamento de tributo correspondente à sexta parte do que viessem a produzir - deveriam empregar capital para desbravamento da terra, ou para aquisição de mão de obra. 
    As mesmas poderiam ser patrimoniais ou particulares. No caso das patrimoniais, estas eram doadas através de Cartas-régias, somente pelo rei ou alguém por ele indicado. Eram destinadas à geração de patrimônio, riqueza e fundação de aldeias, vilas e cidades.
    Já nas sesmarias particulares, ou populares, o regime regulava-se por legislação própria, destinando-se ao povoamento e à geração de riqueza. Esse tipo de sesmarias foi o que predominou na região conhecida como "o Campo Grande ". Lembrando que esse local referia-se a uma extensão geográfica situada entre a Serra do Gericinó e as Serras da Tijuca, Pedra Branca, Bangu e Cabuçu, e não apenas ao atual bairro de Campo Grande. 
    É fato que as sesmarias representaram importante relevância no que diz respeito à ocupação e povoamento do território brasileiro, não sendo diferente com o bairro de Campo Grande e adjacências. 
    Abaixo, uma lista de sesmarias, com seus respectivos representantes e datas, localizadas em áreas que hoje constituem os bairros de Campo Grande, Santíssimo, Augusto Vasconcelos, Inhoaíba e Cosmos, além da já citada localidade "o campo grande " e outros locais próximos:

1569 - João de Bastos e Gonçalo d'Aguiar - Gericinó;
1588 - Luiz de Abreu - Rio Juriary;
1589 - Antonio Alvarenga e Francisco Alvarenga, filhos de Thomé de Alvarenga - sobejos (terras excedentes abandonadas, transformadas novamente em sesmarias) entre a Serra de Gericinó e as dadas que de Merity, Pabuna e Serapohy vão para Campo Grande;
1592 - Bastião Homem - Guandu;
1593 - Balthazar da Costa e outros - entre o Rio Guandu e Marapicu;
1595 - Amador Braz - Guandu;
1603 - Estevão Gomes - Sapopemba para Campo Grande;
1603 - Lázaro Fernandes e Pero da Silva - no campo grande/Gericinó;
1603 - Manoel Gomes e Diogo de Montarroyo - Gericinó;
1603 - Lourenço de Sampayo e Sebastião Samapayo - Realengo/Piraquara;
1603 - Bechior Tavares - Gericinó;
1603 - Manuel de Abreu - no campo grande - Bandas do Juary;
1603 - João Rodrigues Faleiro - no campo grande e Palmares;
1603 - Vigário Martin Fernandes  - Gericinó;
1614 - Lázaro Fernandes - no campo grande,
1615 - Lourenço de Sampayo - no campo grande;
1617 - Vigário Martin Fernandes - no campo grande;
1620 - Vigário Martin Fernandes  - no campo grande;
1629 - Pedro Bentes de Souza  - no campo grande até Juay ;
1635 - Francisco Fernandes de Aguiar e sua mulher Francisca de Mattos vendem a Antônio Vaz Viçoso;
1637 - Lourenço Sampayo e sua mulher Francisca de Almeida e seu filho Antônio Sampayo vendem a Antônio Vaz Viçoso;
1642 - AntônioVaz Viçoso  - no campo grande;
1643 - Bartholomeu Ferreira e Catharina Antunes  - vendem a Antônio Vaz Viçoso;
1650 -  Feliciano Coelho Cam e Pedro de Souza Pereira - Coqueiros;
1652 - Miguel Ferreira Valle  - Guandu-Mirim;
1653 - Agostinho Barbalho Bezerra - Guandu-Mirim;
1665 - Miguel de Sampayo - Sapopemba;
1669 - Sebastião Ribeiro e outros - Coqueiros;
1670 - Manoel do Rego da Silva - Gericinó;
1672 - Manoel Jordão da Silva - no campo grande;
1679 - João Manoel de Mello - Guandu-Mirim para o campo grande;
1679 - João Dias Rangel e outros - de campo grande para Guandu-Mirim;
1688 - Antônio Coelho Cam - Gericinó e Guandu até Juary;
1695 - João Manoel de Mello - Guandu-Mirim;
1696 - Antônio Corrêa Barboza  - no Cabuçu de Juary;
1697 - João Manoel de Mello e outros - Gericinó e Guandu;
1722 - Manoel Antunes Suzano - Coqueiros/Pedregoso;
1724 - Clemente Pereira de Azevedo Coutinho e Jorge de Souza Coutinho - Cabuçu;
1728 - Joaquim de Almeida Soares - Guaratiba e Juary;
1789 - Padre Antônio do Couto da Fonseca - no Mendanha.

Fonte: Livro da Relação de sesmarias do Campo Grande, Ministério da Justiça, Arquivo Nacional, RJ).
Fonte consultada: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. Segunda edição. Rio de Janeiro  - 2005.



sábado, 6 de fevereiro de 2021

Vagão de bonde na Zona Oeste

 


Acima uma imagem de um vagão remanescente dos bondes da Zona Oeste. Os bondes extintos foram substituídos por ônibus. 

As linhas de bondes da região  foram extintas nas seguintes datas:

ILHA - 2 de junho de 1965;

PEDRA DE GUARATIBA  - 26 de março de 1966;

FAZENDA MODELO - 25 de maio de 1966;

RIO DA PRATA E MONTEIRO - 30 de outubro de 1967.

Foto: Jornal Zona Oeste, Edição Especial, 1998).

Informações: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. Segunda edição. Rio de Janeiro. 2005.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2021

Tradicional camisa de escolas municipais

 

Acima encontra-se uma tradicional camisa, que fazia parte do uniforme, utilizado por escolas municipais há décadas. A camisa em questão é da Escola Municipal Benjamim Franklin, no bairro de Campo Grande. Nessa escola estudei entre os anos 1987 e 1991, no antigo primário. Ótimas recordações de professoras maravilhosas, como as "Tias " Cleide, Dorinha, entre outras.

Foto e camisa: Arquivo pessoal.