terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Os Fernandes Barata

 

O nome Barata era associado, principalmente no século XII, na França, onde se originou, e na Itália em Portugal, a uma espécie de antigo título de dívida, contrato ou permuta.
Descedem os Fernandes Barata de Domingos Fernandes, natural do Bispado de Coimbra, português casado com Isabel Thomas.
Chegaram ao Brasil por volta de 1770, fixando-se na Freguesia do Campo Grande, Rio de Janeiro. A Fazenda Piraquara foi adquirida pelos irmãos Manoel e João, a qual foi reformada, tornando-se assim uma das maiores e mais produtivas de toda a Freguesia já citada.
Um relevante canavial foi organizado e consequentemente, foram montados um engenho e um alambique para a produção de aguardente, além de um rebanho de gado bovino e uma olaria.
Manoel Fernandes Barata faleceu em 16 de dezembro de 1790, deixando alguns filhos, como: 
• Felix Fernandes Barata, alferes da Ordenança da Companhia do Campo Grande, mais tarde Cabo da Esquadra, chegando a Tenente da mesma Companhia;
• João Fernandes Barata, Alferes da Fortaleza de Santa Cruz em Niterói, casado com Mariana Joaquina da Soledade, filha do Capitão José Antunes Suzano, de tradicional família;
• Manoel Fernandes Barata, batizado em 15 de julho de 1787, foi Subdelegado de Polícia e Fiscal da Freguesia, sendo próximo do Juiz de Paz da Freguesia, Sargento-Mor Major Bento José Gonçalves Teixeira. Apresentou em 18 de fevereiro de 1833 ao então presidente da Câmara do Município da Corte, o Dr. Francisco Gomes de Campos, que viria a ser o Barão de Campo Grande, a sugestão para a divisão da Freguesia em quatro Distritos Fiscais.
O primeiro distrito envolveu da Ponte da Piraquara até o Engenho do Lameirão, de um e outro lado da Estrada Real, em direção à Fazenda Nacional de Santa Cruz, englobando as Fazendas do Lameirão, Coqueiros, Viegas, Bangu, Piraquara, Retiro e Realengo.

Fonte consultada e imagem: Terras Realengas, José Nazareth de Souza Fróes. 2004.
Texto adaptado da mesma obra.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Matéria sobre o bairro de Campo Grande

 

Abaixo está um link de uma matéria do Jornal Castelo Branco sobre a história do bairro de Campo Grande, citando, entre outras coisas, a ligação da igreja ⛪ Nossa Senhora do Desterro com o início do bairro; o bar temático Chop da Villa, com várias fotos antigas da região; a localidade do Rio da Prata, entre outras curiosidades. 

https://fb.watch/9V_EHF9P1H/

sábado, 4 de dezembro de 2021

Escalação do Campusca na Taça de Prata de 1982

 

Acima está a escalação do Campo Grande Atlético clube, o Galo 🐓 da Zona Oeste, na disputa de sua maior conquista: a Taça de Prata de 1982, equivalente à Segunda divisão nacional. 

Fonte: Deriva dos livros errantes. 

segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Campo Grande e Canto do Rio em 2018

 

Acima está um cartaz que anunciava um confronto entre o Canto do Rio Foot-Ball Club e o Campo Grande Atlético Clube, pelo campeonato carioca série C de 2018. Trata-se de dois times muito tradicionais do futebol fluminense. 

    O Canto do Rio é um clube de Niterói, que por muito tempo disputou o campeonato do antigo estado do Rio de Janeiro, o campeonato fluminense. Conseguiu ser o único time fora da cidade do Rio (à época Distrito Federal e mais tarde estado da Guanabara) a ter licença para disputar o campeonato carioca, sendo inclusive campeão de um Torneio Início. Por ser o único "intruso" na capital, era mal visto pelos clubes chamados pequenos da cidade do Rio. 

    Já o Campo Grande é um dos representantes da antiga Zona Rural do Rio. O Galo da Zona Oeste, antes de se profissionalizar, disputou o campeonato do Departamento Autônomo do Rio. Sua maior conquista foi a Taça de Prata de 1982, equivalente ao campeonato brasileiro da série B. 

    Com certeza, o Cantusca e o Campusca buscam dias melhores. 


Imagem: Fonte: Face Campo Grande A C

Eloi e Roberto Dinamite no Campusca

 

Em 1991, o Campo Grande Atlético clube, sob a presidência de Antônio dos Santos, montou um time com a presença de jogadores experientes e conhecidos no mundo do futebol ⚽️.  
Acima, dois desses jogadores de peso no elenco do Campusca para aquela temporada: Eloi e Roberto Dinamite. 
O Galo 🐓 da Zona Oeste conquistou sua melhor colocação em campeonatos cariocas em 1991, ficando com o 5° lugar.

Fonte e imagem: Vai dar Zebra,  de José Rezende e Raymundo Quadros. 

sábado, 27 de novembro de 2021

Campusca de 1962

 

Acima o Campo Grande Atlético clube que disputou o campeonato carioca de 1962. Sob a presidência de João Ellis Filho, o clube contratou alguns jogadores experientes,  como o goleiro Barbosa, ex Vasco e Seleção brasileira, Dequinha,  ex Flamengo e Décio Esteves, ex Bangu.
A escalação Acima era a seguinte: em pé: Barbosa, Átila,  Viana, Guilherme, Dequinha e Darci; Nelsinho,  Décio Esteves, Adilson, Dominguinhos e Roberto Peniche. 

Fonte consultada: Vai dar Zebra. José Rezende e Raymundo Quadros. Edição do autor.

sexta-feira, 19 de novembro de 2021

Atlético Clube Diana

 

Fundado em 08 de julho de 1955, com sede na Rua Spinoza, no bairro de Campo Grande, o Atlético Clube Diana disputou por muitos anos o Departamento Autônomo da Federação de futebol do estado do Rio de Janeiro. 
Somente em 2007, o clube azul e branco se profissionalizou e participou, no mesmo ano, do Campeonato carioca série B2 (terceira divisão), ficando na 14° colocação. Nessa competição, houve dois confrontos com o Campo Grande Atlético Clube: o primeiro ocorreu no dia 22 de agosto, com o placar de Campo Grande 3x2 Diana; no segundo jogo entre os dois, outra vitória do Campusca, no dia 15 de setembro,   dessa vez por 1x0.
Porém, no ano seguinte o clube se licenciou das competições. 




Fontes consultadas: historiadofutebol.com.blog
Almanaque histórico do Campo Grande Atlético Clube, Julio Bovi Diogo e Raymundo Quadros.
Foto: Gazeta de notícias. 

quinta-feira, 18 de novembro de 2021

19 de novembro - Dia da bandeira

 

No dia 19 de novembro comemora-se o dia da bandeira nacional. É considerada o primeiro dos símbolos nacionais, seguida pelo Hino nacional, pelas Armas Nacionais e pelo Selo Nacional. 
A bandeira da República Federativa do Brasil é a antiga bandeira imperial com algumas modificações. A do império era composta de um paralelogramo verde, apresentado um losango de ouro no centro, com um escudo, em campo verde, contendo a esfera armilar de ouro, atravessada pela Cruz da Ordem de Cristo. Também possuía dois ramos, um de fumo, outro de café.
A República substituiu o escudo pela esfera, mantendo as cores azul e branca. A Cruz da Ordem de Cristo foi substituída pelo Cruzeiro do Sul. Cortando a esfera, uma faixa branca. Sobre ela, a legenda "Ordem e progresso", de influência positivista. Na esfera, estão as estrelas que, com a constelação do Cruzeiro, representam os estados e o Distrito Federal. 
O hino à bandeira nacional foi escrito por Olavo Bilac e a música é de Francisco Braga.

"Salve, lindo pendão da esperança!
Salve, símbolo augusto da paz!
Tua nobre presença à lembrança 
A grandeza da pátria nos traz..."



sexta-feira, 12 de novembro de 2021

Podcast sobre a igreja de Nossa Senhora do Desterro

 Abaixo um link com um podcast do qual participo, a convite da página Rio de Janeiro em sua História & Estórias, sobre a história e curiosidades da Igreja matriz do bairro de Campo Grande, Nossa Senhora do Desterro. 



https://anchor.fm/rioemsuahistoriaeestorias/episodes/A-Parquia-de-Nossa-Senhora-do-Desterro-e-a-origem-de-Campo-Grande-com-Carlos-Eduardo-Souza-e1a6ihl

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

Os uniformes do Campusca através dos tempos

 O Campo Grande Atlético clube, o Galo 🐓 da Zona Oeste, foi fundado em 1940, e estreiou entre os profissionais em 1962. No início, para não ficar parecido com o tradicional Botafogo, seu uniforme listrado foi trocado por um de cor branca com linhas pretas.

Abaixo, segue uma relação de um pouco da "evolução " dos uniformes do Campusca através dos tempos:






Um detalhe interessante é que, antes da fundação do clube, a região conheceu outros clubes que, de forma direta ou indireta, influenciaram no atual Campo Grande. 
Um exemplo é o Campo Grande Athetico Club,  que disputou o campeonato da primeira divisão de 1924. Esse antigo clube foi fruto da fusão entre o Paladino F. C. e o Campo Grande F. C., em 1920, sendo preto e rosa até 1921, ano em que adotou o preto e branco. 
Abaixo, os antigos uniformes desse clube.

Fonte consultada e imagens: Camisas do Futebol Carioca. Auriel de Almeida. Maquinária Editora. 2014.

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Campo Grande: recorde de reclamação por buracos na calçada

 

Em reportagem exibida em 02/11/2021, no RJ TV, o bairro de Campo Grande foi apontado com o que mais registrou reclamações com relação a buracos em calçadas.
A falta de manutenção nas calçadas pode provocar problemas relevantes, pois pode levar as pessoas a sofrerem lesões (em alguns casos, graves), e até ficar com sequelas, fazendo com que os transeuntes redobrem a atenção ao simplesmente fazer uma caminhada.
É de suma importância um olhar mais atencioso por parte das autoridades. 



segunda-feira, 1 de novembro de 2021

A Zona Oeste "Raiz"

 

Imagem. Fonte: Jornal O Amarelinho

Acima encontra-se um mapa da Zona Oeste. Só um detalhe. O mapa não inclui os bairros da Barra da Tijuca, Recreio e Jacarepaguá, que ficam "do outro lado do Túnel", e que, segundo observações, recebem mais atenções pelas autoridades do que os demais bairros.

Assim, o mapa engloba 24 bairros, de Deodoro à Sepetiba, a chamada "Zona Oeste Raiz".

O mapa faz parte de uma matéria que cita sobre um projeto que facilita a identificação e fiscalização de investimentos direcionados a esses bairros.

Fonte: Jornal O Amarelinho. 17 de setembro a 15 de outubro de 2021. Ano 45. Edição 631.

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Denúncia de envenenamento de árvores 🌳 em Campo Grande

 

No dia 28 de outubro, o RJ TV exibiu uma matéria em que os moradores do bairro de Campo Grande relatam que árvores 🌳 localizadas no Calçadão de Campo Grande, centro do bairro, vêm sendo alvo de envenenamento. 
Na reportagem, alguns moradores citam que "aqui as tardes eram cheias de pássaros e isso tá desaparecendo ".
Outros lembram que as árvores do Calçadão fazem parte do projeto da região, elaborado por Burle Marx.
Com a denúncia, moradores do bairro mais populoso do Rio esperam respostas das autoridades, e medidas que solucionem o problema. 


domingo, 24 de outubro de 2021

A capela original de Nossa Senhora do Desterro

 


Ilustração: Benevenuto Rovere Neto.

Acima encontra-se uma Ilustração, feita com base nas informações do inventário de Monsenhor Pizarro, da capela original de Nossa Senhora do Desterro, em terras que atualmente seria o bairro de Bangu, a mesma que deu origem à Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, e que, mais tarde, seria "transferida " para o atual local, no centro do bairro de Campo Grande. 
Com relação à transferência, algumas pesquisas citam que antes da criação do atual templo, em 1808, a capela/Freguesia teria ficado temporariamente em outros locais, como em Nossa Senhora da Conceição do Lameirão, mantendo o "Santíssimo Sacramento", consequentemente recebendo funções de matriz e Freguesia até o templo 🕍 ficar pronto. Esse fato também teria uma suposta ligação com o nome do bairro Santíssimo, passando a designar de Santíssimo toda a região situada entre Bangu e Campo Grande.
Outro possível local temporário de Nossa Senhora do Desterro foi na Fazenda dos Coqueiros, no ano de 1737.
O fato é que a atual matriz do bairro de Campo Grande e que deu origem à Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande nasceu em terras que hoje correspondem ao bairro de Bangu.
Abaixo, uma descrição do fato presente na página de um livro de 1723 que aborda a 
 "Milagrosa imagem de Nossa Senhora do Desterro do bairro de Campo Grande "

"A Paróquia do Campo Grande,  que fica nos limites da cidade do Rio de Janeiro, é dedicada a soberana Rainha dos Anjos, com o título de Nossa Senhora do Desterro. Tem esta Freguesia Vigário apresentado, e pago pelo rei, e a estas igrejas se chamam de Vigararias. Esta da Senhora do Desterro foi fundada e dedicada a Virgem Nossa Senhora nos seus princípios pelo Capitão Manoel de Barcellos Domingues, um dos primeiros conquistadores daquela capitania do Rio, debaixo do título do Desterro, e ele foi o que mandou fazer aquela Santíssima imagem da Senhora, e foi também o que colocou, e como era homem honrado e rico faria esta colocação com grande festa..."

Trecho extraído do livro Fazenda Bangu: a joia do Sertão Carioca. Pag. 133.

A tal capela descrita foi erguida na Fazenda Bangu, no ano de 1673 e elevada à Freguesia no ano de 1757, sendo "deslocada" mais tarde para o atual local, como já mencionado, devido a problemas de estrutura e desgastes do templo da capela original. E uma das ruas de Campo Grande recebe o nome daquele que foi o responsável pelo surgimento de toda essa história: Barcelos Domingos (Domingues)

Fonte consultada e imagem: Fazenda Bangu: a joia do Sertão Carioca. Paulo Vitor Braga da Silva, Benevenuto Rovere Neto. Rio de Janeiro, RJ: Grêmio Literário José Mauro de Vasconcelos, 2020.

segunda-feira, 18 de outubro de 2021

Revista Manchete em resumo da década de 1980

 

A extinta Revista Manchete, em sua edição de 06 de janeiro de 1990, trazia um resumo da relevante década de 1980. Entre muitos fatos importantes que marcaram a década citada, destacam-se: o pânico da Aids; as reformas da União Soviética e do mundo socialista; a queda do Muro de Berlim; a tragédia de Chernobyl; o naufrágio do Bateau Mouche IV; a vitória de Collor à presidência do Brasil, entre outros assuntos que marcaram aquela que até hoje é considerada uma das décadas mais importantes do século XX.
Abaixo, alguns dos destaques da Revista Manchete em resumo da década de 1980:









Fonte consultada: Revista Manchete, 06 de janeiro de 1990. Revista Semanal. N° 1968. Ano 38.






quinta-feira, 14 de outubro de 2021

A escola e o professor

 Consideremos que a vida é uma escola. Sendo assim, nós somos os alunos, e o tempo, o professor. Como ocorre na escola tradicional, a vida nos mostra caminhos a seguir: curtos ou longos, retos ou tortuosos, claros ou obscuros, enfim, caminhos. Cabe a nós, alunos que possuímos o livre arbítrio, escolhermos qual caminho a seguir. 

O professor dessa escola, o tempo, nos ajuda e aconselha durante toda a vida escolar. Com o passar dos anos, alguns alunos, aqueles que se dedicaram mais, conseguem grandes conquistas, enquanto outros, que não prestaram tanta atenção às explicações dadas pelo professor tempo, ficam com mau desempenho. 

Porém, ainda bem que existe a tal recuperação durante todo nosso tempo de vida, possibilitando a correção do tempo perdido, e não correndo atrás, mas sim à frente, para ter mais chance de êxito, lembrando que a melhor forma de prevermos o futuro é construindo o nosso, desde hoje. 

Por isso, a frase "não deixe para fazer amanhã o que pode ser feito hoje " é perfeita, pois mesmo parecendo batida, ela nos mostra que quanto antes resolvermos nossos problemas, mais tempo ganhamos com coisas positivas. Até porque, o tempo é implacável, e às vezes um pequeno momento dura uma eternidade, e outras vezes, uma vida inteira passa num segundo. Não importa se você vive dez anos a mil ou mil anos a dez, pois nem sempre a duração do tempo é tão importante, mas sim sua intensidade. É bom lembrar também que não podemos mudar o tempo que passou, mas temos muito tempo para consertarmos esse tempo perdido. 

Esse pequeno e pacato texto nos faz refletir que tudo que ocorre em nossas vidas é consequência de nossos atos,  e não por acaso. Se não existisse, minha ausência não seria sentida. Mas a partir do momento que existo, de alguma forma minha vida já marca história, direta ou indiretamente. 

A vida, através do tempo, nos demonstra a todo momento o que é certo e o que é errado. Cabe a nós, seres humanos, querermos optar por um caminho. 

Não se preocupe com o amanhã, pois a Deus pertence, nem com o passado, que não pode ser mudado. Mas dedique-se ao hoje, pois ele pode fazer toda diferença com seus erros de antes e com possíveis acertos futuros. 

Sendo assim, o que passou é pretérito; o que virá, futuro; e o agora, presente...de Deus. Adivinhou quem é o diretor dessa escola?

Texto: Carlos Eduardo de Souza 





domingo, 19 de setembro de 2021

A tradição das rezadeiras

 

Ilustração: Carmen Paixão

Quando lembro-me de minha infância, uma das primeiras imagens que vem à minha cabeça é de minha avó materna. Católica e rezadeira, minha saudosa avó Júlia - vez ou outra, quando percebia que algo não estava bem, ou quando começava a bocejar sem parar - me chamava e iniciava uma reza com um galho de arruda,  e com um tom de voz bem baixo, quase não entendia o que pronunciava durante a reza. Na maioria das vezes, após a bênção, em poucos minutos o galho se encontrava murcho. Isso significava que eu estava com "olhado", ou "mau olhado".
Assim era a rotina das chamas rezadeiras,  benzedeiras (ou alguma outra denominação próxima), fazendo o trabalho pela fé, numa tradição passada por gerações,  principalmente num tempo e em lugares em que a medicina era escassa. Com o ofício de combater os "males da alma e do corpo", como espinhela caída, quebranto, empacho,  sensações físicas incômodas, entre outros, essas mulheres de muita fé atendiam várias pessoas, com frases como: " Se botaram pela frente, tiro com o Senhor São Vicente. Se botaram por detrás, tiro com o Senhor São Brás", entre outras.
Minha querida avó faleceu em 1996, e com o passar do tempo, devido a alguns fatores, essa maravilhosa tradição foi diminuindo, em alguns lugares quase desaparecendo,  porém deixando um legado e uma espécie de patrimônio imaterial na sociedade que nem o tempo consegue apagar. 

Imagem retirada do gibi "A aventura do jovem Apoema no futuro".

quinta-feira, 16 de setembro de 2021

Antiga Linha Férrea Santa Cruz/Austin

 

Acima está um croqui, feito pelo artista e historiador Leu Lima, sobre uma antiga Linha Férrea que ligava Santa Cruz a Austin. Entre várias informações, há uma sobre a passagem de nível subterrânea. A mesma ainda existe (ou o que sobrou dela), localizada Na Linha de Austin, próxima à Estrada do Tingui e da Avenida Brasil, no bairro de Campo Grande. 
Abaixo, fotos recentes do local, feitas por Leu Lima e família.



Abaixo, mapas antigos que mostram o antigo ramal





 Abaixo a Ponte dos 15 metros, sobre o Rio Campinnho, por onde passavam os trens.


Estrada do Campinho e Linha de Austin (também chamada de Estrada do Tingui), localidade hoje conhecida como "Cinco Casas". Ao fundo, o prédio da Estação Ferroviária Heitor Lira. 
Segundo Leu Lima, nos anos 1960, a mesma foi utilizada como capela e atualmente serve como moradia. Veja a imagem abaixo.


Pesquisa, informações, fotos, imagens antigas, mapas e croqui: Leu Lima,  artista e historiador.
Organização do texto: Carlos Eduardo de Souza. 



quarta-feira, 15 de setembro de 2021

América e Campo Grande: o "Clássico dos esquecidos"

 

A reportagem acima, de 31 de agosto de 1997, do caderno de esportes Ataque, cita um confronto entre o América do Rio contra o Campo Grande, no estádio Ítalo Del Cima, pelo campeonato brasileiro da série C, a famosa "Terceirona". Na matéria, destaca-se o sub título "América e Campo Grande fazem clássico dos esquecidos", numa referência aos dois clubes que já protagonizaram dias melhores, como títulos, colocações honrosas e participações frequentes em competições importantes, mas que atualmente (e desde 1997, o ano da reportagem) estão longe de seus dias de glória.
Com certeza, dois clubes tradicionais da cidade do Rio de Janeiro que precisam voltar a buscar andares mais elevados.

Fonte consultada e imagem: Instagram "Foi futebol ou impressão".

terça-feira, 14 de setembro de 2021

Reportagem sobre o ciclo da laranja no bairro de Campo Grande

 Abaixo, reportagem sobre o bairro de Campo Grande, Jornal Extra, 14/09/2021. A mesma relata sobre o ciclo da laranja 🍊 no bairro, apontando uma data para a comemoração do dia da fruta na região, entre outros assuntos.




segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Apresentação no Teatro de Arena de Campo Grande

 

Acima encontra-se uma imagem de uma apresentação no antigo teatro de Arena, atual Lona Cultural Elza Osborne, no bairro de Campo Grande. 
Inaugurado em 1952 como Teatro Rural do Estudante, o mesmo torna-se Teatro de Arena em 1958, e recebe o atual formato em 1993, como Lona Cultural. 
O espaço homenageia uma das primeiras engenheiras a integrar o quadro de funcionários da prefeitura do então Distrito Federal, além de ter sido responsável por muitas obras na região.

Fonte da imagem: Ives Macena. Arquivo da Lona Cultural Elza Osborne.

sexta-feira, 10 de setembro de 2021

Proposta de municípios de Campo Grande, Jacarepaguá e Rio de Janeiro

 

Acima encontra-se uma proposta de divisão e formação dos municípios de Campo Grande, Jacarepaguá e Rio de Janeiro. Fonte: Jornal do Brasil, 12 de abril de 1987.
No ano citado acima, houve uma movimentação por emancipação do bairro de Campo Grande e/ou parte da Zona Oeste do Rio e do bairro ou Baixada de Jacarepaguá (ou Jacarepaguá e Barra da Tijuca).
As propostas consideravam que os novos municípios apresentariam as "três vocações principais do Rio de Janeiro ", com a Zona Oeste representando uma função rural; a Baixada de Jacarepaguá se destacando com os polos de informática, confecções e ótica; e o que "sobrou" do Rio, da Gávea a Marechal Hermes, ficando como o principal polo turístico.
Com a divisão, a cidade do Rio de Janeiro ficaria com 2,4 milhões de eleitores, e Campo Grande ficaria com a maior área.

Fonte de consulta: Reflexões em desenvolvimento territorial: limites, vivência e políticas no Oeste metropolitano do Rio de Janeiro. Artigo Territórios da institucionalidade: breve histórico das mobilizações em torno da emancipação da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro (1956-1987) - Marcio Rufino Silva.

sexta-feira, 3 de setembro de 2021

O antigo clássico rural

 

Campo Grande e Bangu vão muito além de serem bairros geograficamente próximos. Podemos citar algumas coisas em comum, como o fato de apresentarem calor excessivo, principalmente no verão carioca; outro fato é a origem do bairro de Campo Grande, que segundo historiadores, teve sua gênese com a capela de Nossa Senhora do Desterro, inicialmente construída nas terras que hoje fazem parte do bairro de Bangu. E não podemos deixar de citar o futebol.
Os dois bairros possuem clubes, com destaque para o Campusca, o galo 🐓 da Zona Oeste, e o Bangu, clube conhecido por seu histórico de inclusão social.
A partir da década de 1960, os dois clubes da Zona Oeste passaram a criar uma rivalidade futebolística entre eles, o que ficou conhecido como o "clássico rural", devido ao fato da região ser conhecida como Sertão Carioca, antiga Zona Rural do Rio de Janeiro.
No dia 16 de setembro de 1962 houve a primeira partida oficial entre os dois clubes, com vitória do Bangu por 3x2, no estádio Moça Bonita. O time do Campo Grande era formado por jogadores como Barbosa, Brandãozinho, Décio, Adilson, Nelsinho, Russo, Roberto Peniche, entre outros.
Os clubes continuaram se enfrentando, principalmente em campeonatos cariocas, com o último confronto datando o campeonato carioca de 1995, com vitória do time alvirrubro por 6x2.
Durante suas trajetórias, os dois times conquistaram títulos e colocações importantes. O Campo Grande orgulha-se da conquista da Taça de Prata de 1982; o Bangu possui 2 cariocas e foi vice-campeão brasileiro em 1985, perdendo nos pênaltis para o Coritiba, no Maracanã. 
Atualmente, os clubes não se encontram nos seus melhores dias, nem a rivalidade de outrora chama atenção, mas com certeza ainda são motivo de orgulho de seus torcedores, apaixonados pelo chamado "futebol raiz".

quarta-feira, 1 de setembro de 2021

Lançamento do livro "A lenda do Vulcão do Mendanha "

 

Próximo dia 18 de setembro estarei apresentando meu mais novo livro, "A lenda do Vulcão 🌋 do Mendanha".  No ambiente vão estar sendo seguidos todos os protocolos de segurança contra a Covid-19. Quem puder comparecer, ficarei muito grato.

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

As folhas de amendoeiras pelo chão

 Nos últimos dias, quem reparou em alguns locais, olhando para o chão, percebeu tons amarelados e avermelhados. Nas pistas e calçadas, as folhas de amendoeiras compõem um cenário que não é muito comum na época em que estamos.

A causa disso tem sido o inverno mais intenso, junto com seca e ventania, que acabaram alterando o processo típico das espécies caducifólia, cujas folhas caem em determinados períodos do ano.

Um fato curioso é que o plantio dessa espécie é proibido no Rio de Janeiro, por lei, desde 1994. Os motivos são justamente a grande quantidade de folhas nas ruas, que acabam gerando transtornos para a drenagem da cidade, além de algumas dessas espécies exalarem um mau cheiro.

Abaixo um exemplo dessas folhas caídas na estrada do Tingui, no bairro de Campo Grande. 


Foto: Carlos Eduardo de Souza 

Fonte consultada: Jornal Extra. 28/08/21.

domingo, 29 de agosto de 2021

É ouro... pra Campo Grande!

 

E o bairro de Campo Grande se orgulha de um grande atleta da região. Trata-se do Medalhista paraolímpico Wallace Santos, morador da estrada do Moinho, que conquistou a medalha de ouro no arremesso de peso no último dia 27, nas Paraolimpíadas de Tóquio.
Esporte é força, superação e inclusão. Parabéns Wallace e a todos envolvidos.
Orgulho para o Brasil! Orgulho para a região!

Fotos: Face João Lima.