quinta-feira, 25 de março de 2021

E-book "Reflexões em desenvolvimento territorial ", sobre a Zona Oeste.

 E-book "Reflexões em desenvolvimento territorial " disponível. A obra debate assuntos e temáticas relevantes sobre a Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. A mesma é fruto do V Fórum PPGDT e I Seminário Oeste Metropolitano do Rio de Janeiro. 

https://morula.com.br/produto/reflexoes-em-desenvolvimento-territorial-limites-vivencias-e-politicas-no-oeste-metropolitano-rio-de-janeiro/





segunda-feira, 22 de março de 2021

Merci, Colegio Belisário dos Santos

 

Acima encontra-se um precioso registro: uma prova de francês do saudoso Colégio Belisário dos Santos. A tradicional instituição de ensino do bairro de Campo Grande foi fundada em 1941, e por muitas décadas foi um dos colégios mais relevantes da região. Foi também um dos últimos a permanecer com o ensino da elegante língua francesa (o ano da prova não deixa dúvidas: 2010), idioma que foi muito ensinado nas escolas até aproximadamente a década de 1990.

O Colégio Belisário dos Santos, que localizava-se na Rua Augusto Vasconcelos, em frente à Igreja Matriz do bairro, Nossa Senhora do Desterro, homenageava o Vigário do bairro no século XIX (1847 - 1891), que morou na casa ao lado da Igreja. Belisário dos Santos foi um dos grandes responsáveis pela restauração da já citada Igreja de Nossa Senhora do Desterro, depois desta ter sofrido um incêndio em 1882 e praticamente ter sido destruída.

O Colégio Belisário dos Santos fechou suas portas em 2012 e foi demolido em 2014, dando lugar a um estacionamento, seguindo o fluxo do, muitas vezes, implacável "progresso".


quinta-feira, 18 de março de 2021

Adelino Moreira e Algodão: personagens históricos de Campo Grande

 

Acima está destacada uma matéria do Caderno Zona Oeste, do O Globo/Extra, de 20 de abril de 2008. 

O título da matéria é "Homenagem a quatro notáveis ", destacando quatro moradores da Zona Oeste - Adelino Moreira, Algodão, Paulinho Mocidade e Mestre Saul - que se tornaram ídolos. 

Os dois primeiros viveram e se destacaram no bairro de Campo Grande. Abaixo um trecho da reportagem destacando Adelino Moreira e Algodão:

"Adelino Moreira (1918-2002) nasceu em Porto, em Portugal, mas veio morar em Campo Grande ainda criança. Tornou-se letrista de música e um dos compositores preferidos do cantor Nélson Gonçalves, uma parceria que durou mais de 40 anos. Zenny "Algodão " de Azevedo (1925-2001), do alto de seus 1,88m, foi jogador de basquete e ganhou esse apelido devido à leveza com que se movimentava pela quadra e ao seu senso de movimentação. Foi campeão mundial de basquete em 59 e medalha de bronze nas Olimpíadas de 48 e 60, jogando pela seleção brasileira. Um dos maiores ídolos da história do basquete nacional, nasceu em Realengo, viveu boa parte de sua vida em Campo Grande e dá nome ao ginásio do Complexo Esportivo Miécimo da Silva."

Fonte: Caderno Zona Oeste - 20 anos Especial. O Globo/Extra. Domingo, 20 de abril de 2008.

terça-feira, 2 de março de 2021

A geografia do campeonato carioca

 


A geografia do campeonato carioca

    Sexta-feira, 4 e meia da tarde, verão carioca com um sol pra cada habitante, me pego assistindo a um jogo do campeonato carioca. Claro que nesses dia e horário não se trata de clássico. O jogo é Volta Redonda e Bangu. E sou daqueles que gostam mesmo de ver esses tipos de jogos, o chamado futebol raiz. Não que não vejo Liga dos Campeões da Europa, Libertadores da América e brasileirão, mas gosto muito também de jogos de times de menor investimento, ou times pequenos (me desculpem os torcedores ofendidos), em estádios acanhados, público reduzido, mas fiel, valendo acesso ou disputando posições intermediárias, entre outros desses "estilos".
    Jogo do Voltaço contra o alvirrubro da Zona Oeste rolando e meu filho pergunta: - Pai, é jogo de quê?
    - Campeonato carioca, meu filho. Respondo.
    - Volta Redonda fica no Rio? Indaga meu filho.
    - Sim! Respondo.
    - É que quando a gente voltava de Penedo e passamos por Volta Redonda, você me disse que a gente não estava no Rio - continuou o menino de seis anos.
    - Ah, não estávamos na cidade do Rio de Janeiro, mas no estado do Rio de Janeiro- respondi.
    E ele continua: - Como se chama quem mora no Rio de Janeiro?
    - Na cidade ou no estado? - pergunto.
    - Na cidade - ele completa.
    - Carioca - eu  digo.
    Aí ele pensa e me manda outra:
    - Bangu fica na cidade do Rio?
     Respondo que sim.
    - Então, como os dois disputam o campeonato carioca, se o Volta Redonda não fica na cidade do Rio? - pergunta o moleque.
    Aí, depois de pensar um pouco pra dar uma resposta mais simples possível, tento esclarecer:
    - É que o campeonato carioca de futebol, apesar do nome, reúne clubes além da cidade do Rio, englobando clubes do estado do Rio também.
    E ele contuna: - Pai, e quem mora no estado do Rio de Janeiro? Como se chama?
    - Fluminense. Respondo prontamente.
    - Mas, pai. Fluminense não é o nome de um time que disputa o campeonato carioca, que deveria ser campeonato fluminense? - finaliza.
    Perplexo com a colocação e concordando plenamente, apenas acenei  com um sinal de positivo.
    Enfim, a federação de futebol do Rio de Janeiro não combina com geografia. Até meu filho de seis anos sabe disso. Ah, federação do estado do Rio, pra ficar claro!