terça-feira, 29 de junho de 2021

Música "A volta do boêmio"

 

Abaixo a música "A volta do boêmio", de autoria de Adelino Moreira, grande compositor do bairro de Campo Grande, interpretada pelo magnífico  Nelson Gonçalves. 

https://youtu.be/bTETQ2FCd3Y



segunda-feira, 21 de junho de 2021

Campo Grande da laranja, do café, da cana e da...banana

 


O bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, já apresentou, ao longo de sua história, relevantes produções agrícolas, como da cana-de-açúcar, do café, da laranja, entre outros, além da avicultura. Com relação à laranja, o bairro já foi conhecido como "citrolândia ", devido às grandes extensões de laranjais espalhados pelo bairro e adjacências. O chamado período da laranja teve seu auge entre as décadas de 1920 e 1940, já apresentando queda na década seguinte, devido a alguns fatores, como a Segunda Guerra mundial, envolvendo países compradores da laranja, e uma praga que pairou nos laranjais. 

A partir desse declínio, o bairro começou uma nova etapa, voltando-se para o comércio, os serviços e as indústrias. Mas os cultivos não pararam, como mostra o livro "Campo Grande ", de Moacyr Sreder Bastos: "São extraordinariamente férteis as terras de Campo Grande, que tudo produzem satisfatoriamente. Para bem demonstá-lo publicamos aqui alguns dados estatísticos referentes até 1939, quando Campo Grande figurava com Realengo, Jacarepaguá e Santa Cruz, entre os maiores produtores de laranjas, chegando a exportar nesse ano (1939) 144.577 toneladas do produto, decaindo essa produção por ocasião da Segunda Guerra mundial. Aqui estão os dados estatísticos referentes à produção no ano de 1955:

A) Bananas - 4 milhões e 600 mil cachos;

B) Laranjas - 1 milhão e 200 mil cestas;

C) Cana-de-açúcar  - 850 toneladas;

D) Ovos - 1 milhão e 790 mil dúzias;

E) Leite - 534 mil litros;

F) Tomates - 300 mil quilos"

Percebe-se que em meados da década de 1950 a banana aparece figurando como o produto de grande relevância na região, com a laranja ainda com grande produção, mas não igual a anos anteriores.

E bem mais à frente, numa reportagem do G1, em 2011, constatou -se uma relevante plantação no Morro dos Caboclos, numa região pouco conhecida até mesmo para os moradores de Campo Grande, com a banana também em destaque. Na mesma matéria, citou-se que no local se planta banana, aipim, caqui e às vezes, cenoura, todos sem agrotóxicos, com uma produção mensal de 600 caixas de banana, 400 de aipim, 70 de batata-doce, 700 de caqui e 20 de abacate.

E assim, o bairro que já foi da laranja, hoje continua tendo, apesar da urbanização, seus bolsões agrícolas, quem sabe sendo o bairro do caqui, do aipim e da banana.

Fontes consultadas:

Campo Grande. Moacyr Sreder Bastos. 1968. 2° edição Melhorada.

G1.Globo.com - 16/04/2011.

domingo, 20 de junho de 2021

Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande

 

Acima uma imagem da Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, e ao lado uma homenagem da época da laranja na região.

A imagem encontra-se no Assaí Atacadista, em Campo Grande. 

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Versão do hino do Campo Grande Atlético Clube

 

Abaixo encontra-se o hino do Campo Grande Atlético Clube. Trata-se de uma versão voz e violão de nylon gravada por mim. A letra completa encontra-se no canal.

https://youtu.be/fW8fJkwLu_s

sexta-feira, 4 de junho de 2021

Proposta do Município de Campo Grande

 

Fonte: Jornal do Brasil, 13 ABR. 1982.

Acima encontra-se uma proposta da criação do município de Campo Grande, na década de 1980. O novo município abrangeria os bairros entre Deodoro e Santa Cruz.

O fato é que desde 1968, quando uma lei, promulgada em 14 de junho do mesmo ano, fruto de um projeto de 1967, de autoria do então deputado Frederico Trotta, estabeleceu de forma honorária a "localidade de Campo Grande" ser reconhecida como "cidade", que o bairro passou a despertar desejos por parte de  lideranças locais em emancipar a região, mesmo o título sendo de forma simbólica.

Assim, com o passar dos anos, argumentos foram criados, por parte dos interessados, com o intuito de municipalizar Campo Grande. Entre alguns, citava-se que "com a criação de empregos em Campo Grande, os trens urbanos em direção ao centro da cidade andariam vazios". Também alegava-se que com o crescimento demográfico na Zona Oeste, o Rio de Janeiro não atendia às necessidades da população local.

Com isso, o mapa acima trazia uma proposta de como seria a criação desse novo município, que acabou não se concretizando. 

Fonte consultada e imagem: artigo "Territórios da institucionalidade: breve histórico das mobilizações em torno da emancipação da Zona Oeste do Município do Rio de Janeiro (1956-1987)", de Marcio Rufino Silva. Publicado no livro "Reflexões em desenvolvimento territorial. Denise de Alcantara Pereira e Marcio Rufino Silva (ORGS.)