quinta-feira, 30 de abril de 2020

O último brasileiro Série B do Campusca


   O Campo Grande disputou sua última competição nacional importante em 1991, o campeonato brasileiro da série B. A competição contou com 64 clubes, tendo o Paysandu como campeão, e com participação de outros clubes do Rio de Janeiro, como Bangu, Americano, América e Itaperuna. O Americano de Campos foi o que melhor representou o estado do Rio de Janeiro, chegando na semifinal, ficando em 4°lugar.
     Nessa disputa, houve o confronto conhecido como "clássico rural", Campo Grande x Bangu, com dois jogos entre os dois, sendo um empate e uma vitória do Bangu.
     Com uma campanha de altos e baixos, o Galo da Zona Oeste terminou a competição em 31° lugar, totalizando 14 pontos em 14 jogos, com 4 vitórias, 4 derrotas e 6 empates (lembrando que à época a vitória valia apenas 2 pontos), e ficando ainda na primeira fase.
     Após isso, o clube ainda disputou o campeonato brasileiro, mas da série C, nos anos de 1994, 1995, 1997 e 1998.

Eis a campanha do Campusca na série B do brasileirão de 1991:

São José 2x0 Campo Grande 
Londrina 2x0 Campo Grande 
Campo Grande 0x1 Operário-PR
Juventus 0x0 Campo Grande 
Bangu 0x0 Campo Grande 
24/02/1991 - Campo Grande 4x2 Ubiratan 
03/03/1991 - Campo Grande 1x0 Grêmio Maringá
10/03/1991 - Campo Grande 2x0 São José
17/03/1991 - Campo Grande 1x1 Londrina
24/03/1991 - Operário-PR 1x1 Campo Grande 
Campo Grande 1x1 Juventus
Campo Grande 0x1 Bangu
Ubiratan 2x3 Campo Grande 
Grêmio Maringá 1x1 Campo Grande. 

Imagem: Almanaque histórico do Campo Grande Atlético Clube.  Julio Bovi Diogo e Raymundo Quadros. Renova.
Fonte consultada: www.bolanaarea.com

terça-feira, 28 de abril de 2020

Mais um título do Campo Grande

    No ano de 1969, o Campo Grande Atlético Clube conquistou mais um título para sua galeria: trata-se do Torneio Domingos D'Angelo, disputado por equipes que não foram adiante no campeonato carioca daquele ano.

Imagem: Almanaque histórico do Campo Grande. 

    A campanha foi a seguinte:

  17/05/1969 - Campo Grande 1x0 Madureira
  24/05/1969 - Campo Grande 2x2 São Cristóvão 
  31/05/1969 - Campo Grande 0x0 Olaria
  07/06/1969 - Campo Grande 1x0 Madureira 
  14/06/1969 - Campo Grande 1x0 São Cristóvão 
  21/06/1969 - Campo Grande 0x0 Olaria.

Fonte consultada: Almanaque histórico do Campo Grande. Júlio Bovi Diogo e Raymundo Quadros. Renova.



quinta-feira, 23 de abril de 2020

Os perigos nossos de cada dia

   Acima encontra-se um texto do extinto Jornal da localidade do Tingui, em Campo Grande, denominado "O Tal". O informativo data de 29 de novembro de 1987, e traz uma reflexão logo na capa sobre uma tragédia que ocorreu no Brasil nesse ano citado, a questão do Césio 137, que aconteceu em Goiás, onde algumas pessoas entraram em contato com esse material radioativo e acabaram contaminando um local e sua população, além de se contaminarem também, é claro.
     No decorrer do texto, é possível fazer um paralelo com os dias atuais, no que diz respeito a desinformação, a ignorância, a incredulidade dos fatos e a forma que a tragédia pode atingir as pessoas. 
     Vejamos alguns trechos:
        
       O PERIGO MAIOR

     "...O acontecimento em si é uma coletânea de absurdos, mostrados ao país pela TV, mas o maior deles não foi devidamente apontado: a total desinformação do brasileiro sobre a era atômica.
     Pelo que se viu, os homens que adquiriram o aparelho não tinham a menor ideia do que faziam. Se fossem esclarecidos, nem de leve sonhariam em levar a cápsula de Césio para casa. Fizeram-no por achar seu brilho bonito e fascinante. 
     Inadvertidamente, garantiram para si e os seus, a primazia de serem enterrados em caixões de chumbo...
     Com a tragédia, o mundo inteiro ficou assustado. Mas o Brasil não. Passado o primeiro impacto, quase ninguém mais fala do fato...
     ...É humanamente impossível adotar-se uma atitude de avestruz diante dos fatos. A verdade permanece viva, na morte daquelas pessoas e no deserto em que se transformou a rua em que moravam. É necessário que a população seja esclarecida e alertada. Perigo maior que a radiação é, ignorância daqueles que, desconhecendo-a, dão a morte de presente aos seus filhos.".
 Por Mauro Santos.

     Como já citado, o texto é de 1987, mas é  claramente evidente alguns trechos sobre comportamento humano serem atuais. Qualquer semelhança é mera coincidência? Fica a reflexão.
     Parece que o tempo passa mas as atitudes de parte da população são as mesmas. Direto do túnel do tempo.

Fonte consultada: Jornal O Tal. Novembro de 1987.

sábado, 18 de abril de 2020

O primeiro título profissional do Campo Grande

   Oficialmente, o Campo Grande Atlético Clube foi fundado em 13 de junho de 1940, mas, segundo pesquisas, é certo que já existiu uma outra agremiação com nome parecido desde 1908. Outras pesquisas apontam que houve fusões e trocas de nomes de outros clubes, como um que chamava -se Curva do Matoso Football Club, que em 1932 mudaria sua denominação para Sportivo Campo Grande e desse clube alguns remanescentes fundariam o atual Campo Grande Atlético Clube, além de outras possíveis situações que podem explicar a gênese do clube.
     Por um tempo, o Galo da Zona Oeste disputou amistosos e os campeonatos de amadores, como o Torneio Campo Grande e o Departamento Autônomo da Federação Carioca de Futebol. Desses, o Campusca foi campeão do campeonato de amadores (2° categoria) em 1947 e duas vezes campeão do Departamento Autônomo, em 1953 e 1959.
     Em 1961, o clube passa a ser admitido como profissional, estreando no campeonato carioca de 1962, vencendo o Botafogo por 1x0, no dia 1° de julho.
     Em 1967 veio o primeiro título profissional do Campo Grande, o Torneio José Trócoli, que foi disputado por equipes que não se classificaram para a fase final do campeonato carioca daquele ano, com todos os jogos sendo realizados no Maracanã. 
     Além disso, o Galo apresentava aquele que seria um dos maiores goleadores do futebol brasileiro: Dadá Maravilha, o Beija-flor, em destaque na imagem.

Fonte da imagem: Almanaque histórico do Campo Grande Atlético Clube. 

    Eis a campanha do Campo Grande no Torneio José Trócoli:

22/07/1967 - Campo Grande 1x0 Bonsucesso.
30/07/1967 - Campo Grande 2x1 Olaria.
05/08/1967 - Campo Grande 0x1 São Cristóvão. 
12/08/1967 - Campo Grande 5x1 Madureira.
16/08/1967 - Campo Grande 2x0 Portuguesa. 
20/08/1967 - Campo Grande 1x0 Bonsucesso. 

Fonte consultada: Almanaque histórico do Campo Grande Atlético Clube. Julio Bovi Diogo e Raymundo Quadros. Renova.

sexta-feira, 17 de abril de 2020

As passagens do Campusca pela elite do futebol brasileiro

    Campeão da Taça de Prata em 1982, o Campo Grande ganhou uma vaga para disputar a elite do futebol brasileiro, a chamada Taça de Ouro (primeira divisão), no ano seguinte, tendo Vanderlei Luxemburgo como técnico, chegando a vencer o Vasco da Gama por 2x1 no Ítalo Del Cima, terminando na 24° colocação. 
     O Jornal Patropi, de Janeiro de 1983, destacava a preparação do Campo Grande para a disputa da competição, como podemos ver na imagem a seguir:


    A reportagem trazia no título " 'Campusca' inicia preparação na base do 'full-time' ". A mesma também comentava sobre o técnico Vanderlei Luxemburgo e as datas das primeiras partidas do clube no campeonato.
     Mas o primeiro campeonato da primeira divisão disputado pelo Galo da Zona Oeste foi um pouco antes, no ano de 1979. Nessa edição, houve a participação de 94 clubes, com o Inter de Porto Alegre se sagrando campeão, e o Campo Grande ficando na 27° colocação. 
     Abaixo, as campanhas do Campo Grande nos brasileiros de 1979 e 1983:

  CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1979

  30/09/1979 - Campo Grande 1x0 América Mineiro.
   03/10/1979 -  Campo Grande 2x1 Paysandu
  06/10/1979 - Campo Grande 3x0 Tuna Luso.
  13/10/1979 - Campo Grande 0x0 Rio Negro (AM).
 17/10/1979 - Campo Grande 1x0 Campinense (PB).
  21/10/1979 - Campo Grande 0x2 Treze (PB)
  03/11/1979 - Campo Grande 0x0 Fast (AM)
 08/11/1979 - Campo Grande 1x1 Fluminense.
  11/11/1979 - Campo Grande 5x0 Maranhão.
  15/11/1979 - Campo Grande 1x2 Uberlândia. 
  18/11/1979 - Campo Grande 2x1 Itabaiana (SE).
  21/11/1979 - Campo Grande 0x0 Vila Nova (GO).
  25/11/1979 - Campo Grande 1x2 XV de Jaú (SP).
  28/11/1979 - Campo Grande 0x1 Vitória (BA).

  CAMPEONATO BRASILEIRO DE 1983

  23/01/1983 - Campo Grande 0x1 Ponte Preta. 
  29/01/1983 - Campo Grande 3x1 Joinville.
  02/02/1983 - Campo Grande 0x0 Atlético Paranaense.
  05/02/1983 - Campo Grande 0x4 Grêmio.
  19/02/1983 - Campo Grande 1x0 Joinville.
  23/02/1983 - Campo Grande 0x0 Grêmio.
  27/02/1983 - Campo Grande 0x2 Ponte Preta. 
  06/03/1983 - Campo Grande 1x1 Atlético Paranaense.
  09/03/1983 - Campo Grande 3x1 Paysandu.
  13/03/1983 - Campo Grande 0x0 Bahia.
  16/03/1983 - Campo Grande 1x3 Vasco da Gama. 
  22/03/1983 - Campo Grande 1x1 Corinthians.
  26/03/1983 - Campo Grande 2x1 Vasco da Gama. 
  30/03/1983 - Campo Grande 0x2 Bahia.
  03/04/1983 - Campo Grande 1x3 Corinthians.

Fontes consultadas:
Jornal Patropi. Janeiro de 1983.
Almanaque Histórico do Campo Grande Atlético Clube, Raymundo Quadros e Julio Bovi Diogo. Renova.
     Obs: Algumas poucas datas dos jogos apresentam um dia de diferença de uma fonte para outra.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

O Campusca nas Arábias

    Imagem. Fonte: Freepik.

     O Campo Grande, entre outros grandes jogadores, já contou com um importante artilheiro conhecido como Luizinho das Arábias, denominação esta devido ao fato do mesmo ter atuado no Al Nassr, da Arábia Saudita. Artilheiro pelos clubes que passou, Luizinho das Arábias deixou seu nome no galo da Zona Oeste ao fazer parte da grande conquista do clube, a Taça de Prata de 1982.
     Mas o que poucos sabem é que além do Luizinho do Campo Grande ter jogado no país do petróleo, o próprio clube já visitou a terra dos sheiks.
     Isso aconteceu no ano de 1992, quando o Campo Grande disputou dois amistosos contra a seleção local. No dia 05 de agosto, houve um empate em 0x0 entre o Campusca e a seleção da Arábia Saudita de juniores. No dia 08 de agosto, vitória da seleção da Arábia Saudita de novos por 1x0. Os dois jogos foram disputados na cidade de Taif.
     E a visita campograndense parece que deu sorte para os sauditas, pois dois anos depois, em 1994, o país fazia sua estreia em Copas do mundo, e não fazendo feio, sendo eliminada nas oitavas-de-final, incluindo uma vitória em cima da Bélgica na primeira fase.
     Assim, mesmo não marcando gol, o galo marcou território no deserto da Arábia, sendo mais um legado do clube da Zona Oeste.

Fonte consultada: Almanaque histórico do Campo Grande Atlético Clube.  Julio Bovi Diogo e Raymundo Quadros. Renova.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Campo Grande 2x1 Vasco da Gama

   Pela Taça de Ouro de 1983 (campeonato brasileiro da primeira divisão), num Ítalo Del Cima lotado, o Campo Grande derrotou o Vasco da Gama por 2x1, com gols de Sergio Ramirez Davila e Luisinho das Arábias.
     Assista aos gols da partida:
     Fonte: Face Campo Grande Atlético Clube.



quarta-feira, 8 de abril de 2020

O cinema de Vila Nova

   Até a década de 1990, era muito comum o hábito de se frequentar os cinemas de rua. Com o advento e expansão dos shopping centers pela cidade do Rio , inclusive chegando à Zona Oeste, os tradicionais cinemas foram sendo "substituídos" pelos que se encontram nos interiores dos shoppings.
     O bairro de Campo Grande já sediou alguns desses tradicionais cinemas de rua. Um foi o Cine Progresso, fundado em 30 de julho de 1928, localizado na Rua Campo Grande. Este encerrou suas atividades em 1966.
     Ainda na Rua Campo Grande funcionou um outro cinema, inaugurado em 1938. Trata-se do Cine Theatro Campo Grande, também conhecido como Cine Campo Grande, que possuía 1.463 lugares, funcionando até 1994. A partir do ano seguinte, o mesmo passou a se chamar Cine Star Campo Grande, fechando em 2001, sendo hoje um restaurante popular. 
     Outro cinema existente no bairro foi o Cine Palácio Campo Grande. Localizado na Rua Augusto Vasconcelos, foi inaugurado em 09 de agosto de 1962, sendo considerado o maior do Rio de Janeiro, encerrando suas atividades com 1.749 lugares. Em 1990 fechou suas portas, mudando de função, porém mantendo a forma, dando lugar à Igreja Universal do Reino de Deus.
     Porém, pouco se sabe de outro cinema que funcionou em Campo Grande, longe do centro do bairro: trata-se do cinema de Vila Nova, ou cineminha de Vila Nova, presente na Estrada do Campinho, onde hoje se encontra a padaria/confeitaria Craque do Pão. 
     Com 236 poltronas, o mesmo operou com um aparelho de 16 mm. O senhor Hermínio O. Rodrigues respondia pela programação, que funcionou de 1956 a 1959, exibindo em média 210 sessões.
     Após encerrar as atividades, o local passou a funcionar como fábrica de tecidos, chegando a ter um açougue e uma serralheria também, até a atual atividade.
     Um fato curioso é que, praticamente cinquenta anos depois, mais especificamente entre 2005 e 2010, funcionou uma locadora em frente ao local do antigo cinema, chamada Cinéfila. A mesma se destacava por oferecer filmes denominados "cult", não encontrados com facilidade nas outras locadoras. Além disso, a mesma proporcionava alguns eventos, como apresentações musicais e exibições de filmes, denominado Cine Show.
     Voltando ao Cine Vila Nova, um frequentador do mesmo, Leu Lima, afirma que as imagens não eram de boa qualidade, e que lembra de alguns filmes exibidos no cinema, como "Sangue e areia" e o "Filho do sheik".
     E assim é a história de mais um cinema de rua de Campo Grande. Ficaram para trás a poeira e o lanterninha.
     The End.



Imagens: Elder Sodré 

Fontes consultadas: O velho Oeste Carioca. Volume II. André Luis Mansur.
Cinemafalda.blogspot.com
Depoimentos de Júlio Lima, dono da locadora Cinéfila e de Leu Lima, profundo conhecedor da região.

Sapateiros: os heróis da resistência

Imagem: pocoscom.com

    Uma das profissões mais antigas ainda é encontrada em nossa sociedade do consumo e do descarte rápido das coisas. Atualmente, a profissão de sapateiro praticamente limita-se a consertar sapatos, sandálias, chinelos, botas e afins, quase não exercendo mais a fabricação artesanal, tão presente em outros tempos.
     Mesmo assim, o ofício atual de costurar, colocar etiquetas, fivelas e passar cola nos calçados ainda é bem procurado, mesmo que alguns apontem como uma profissão que caminha para a extinção. 
     Geralmente sendo transmitida de geração para geração, no passado, os sapateiros, além de consertar sapatos, também os faziam. Hoje, poucas pessoas ainda procuram o artesão para a fabricação. 
     Descrito e visto como aquele que manuseia artesanalmente sapatos, sandálias, chuteiras, chinelos e outros, o sapateiro tem a "missão" de garantir o bem-estar dos pés de seus clientes, consertando, limpando, dando arranjo e tratamento adequado.
     No bairro de Campo Grande encontram-se alguns espalhados pela região, no Tingui, outro no sub bairro Santa Rosa (este em frente a uma praça conhecida como Praça do Sapateiro), e em outros locais, mantendo a tradição.
     Abaixo, um anúncio de um sapateiro na localidade do Tingui, em Campo Grande, datando de dezembro de 1987, como mostrava o Jornal O Tal:


    Mantendo a tradição, abaixo encontra-se um sapateiro na mesma localidade, próximo ao cruzamento da estrada do Tingui com a Estrada Santa Maria.


Imagem: Internet.

    Hoje é comum a alguns sapateiros, além dos convencionais consertos, também repararem bolas, cadeira de praia, entre outros. Atravessando séculos, o sapateiro gosta e é convicto da escolha de uma profissão tão tradicional que segue "colocando as mãos onde os outros colocam os pés", mas nunca "trocando os pés pelas mãos".


  





terça-feira, 7 de abril de 2020

Do Povo de Campo Grande

   A imagem acima faz parte de uma espécie de outdoor de uma das drogarias mais tradicionais do bairro de Campo Grande. A mesma aponta a passagem do tempo, apontando o bonde, a lotação e o relógio presente no Calçadão do bairro.
    Além disso, a Drogaria do Povo, fundada por Francisco Barbosa, expõe em suas unidades em Campo Grande, fotos antigas do bairro, mostrando um pouco da história da região.


Fotos: Carlos Eduardo de Souza. 

segunda-feira, 6 de abril de 2020

Havia um tempo...

Imagem: Face Guarantiga

Havia um tempo.
Havia uma década.
Havia uma época.

Havia um campo...grande
aberto e distante,
porém perto de seus passantes.

Havia o bonde, os trilhos,
os caminhos e as praças,
as árvores... que graça!

Havia o canto, que encanto!
Os pássaros a voar
e a pousar nos pés de laranja.

Havia vida a conversar,
bater papo, jogar conversa fora
sem perceber o tempo passar.

Havia "bom dia", "boa tarde",
"como vai?".
Num ritmo de vida
que não existe mais.

Havia os perfumes, chapéus,
elegância e sombrinhas,
guarda-chuva que virava guarda-sol...
que nostalgia!

Havia as festas de rua
da Curva à Sant'Ana.
Havia os bailes, Aliados
contra todos os males da alma...

Depois desse tempo
ficamos sem tempo
para termos um tempinho,
um dedinho de prosa...

Sobre os tempos de roça,
sertão, Zona Rural... então...
o que restou a dizer é:
Eta, tempo bom!