domingo, 31 de janeiro de 2021

A magia do Jogo de botão

 

Quem não se lembra dos emocionantes jogos de botão? Marcou uma época de "jogadores" que ficavam horas nas disputas acirradas, muito comuns entre a moçada do subúrbio carioca. 

Abaixo, uma produção digital https://drive.google.com/file/d/19tP5CL3mK_fVmUExU4Eaqh3KpqjtBNCu/viewdo Deriva dos Livros Errantes, gentilmente cedido pelo mesmo para esse blog.

O texto é de Pedro Henrique Gomes. Fotografias: Mari Imaginária. 

terça-feira, 26 de janeiro de 2021

O Campusca é dez...e um pouco mais

 


No futebol, principalmente de um bom tempo pra cá, não é muito comum ocorrerem goleadas com 10 ou mais gols de diferença. Em tempos remotos, alguns placares elásticos ocorriam com mais frequência, mas geralmente com diferença menor de 10 gols.

Em Copas do Mundo, por exemplo, a Hungria venceu El Salvador em 1982 por 10x1. Um placar considerado bem acima do normal pra competição. Já em eliminatórias para Copa do Mundo, pra de 2002, tivemos um incrível Austrália 31x0 Samoa Americana. É isso mesmo! No futebol carioca o Botafogo aplicou uma enorme goleada no Mangueira por 24x0 em 1909.

Porém, no ano de 2021, mas valendo pelo campeonato carioca série b2 de 2020, devido à pandemia, o Campo Grande aplicou um sonoro 10x0 no Barcelona, no dia 09 de janeiro. Calma...Barcelona do Rio de Janeiro. 

O curioso é que nos tempos de amadorismo, o Campo Grande já havia ganho uma partida também por esse placar. No dia 22 de setembro de 1946, pelo campeonato de amadores (2° categoria), o Campusca fez 10x0 no Oposição do Rio de Janeiro. 

Porém, o mais curioso é que o Galo da Zona Oeste já obteve vitórias por placares maiores. Pelo Departamento Autônomo de futebol do Rio de Janeiro de 1949, o Campo Grande aplicou duas goleadas memoráveis. Em 18 de setembro do ano citado, ocorreu um incrível Campo Grande 17x0 no Corinthians do Rio de Janeiro. É...17x0! E no dia 25 de setembro, um mais "modesto" Campo Grande 15x2 no Oiti.

Mas o 10x0 aplicado no Barcelona, segundo pesquisas, é a maior goleada aplicada pelo clube em competições oficiais depois de sua profissionalização. E lembrando que uma semana depois o Campusca venceu o Mesquita por 9x2.

É...O Campo Grande é o time da goleada.

Fonte consultada: Almanaque histórico do Campo Grande Atlético Clube.  Raymundo Quadros e Julio Bovi Diogo. 


segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

A Casa Dux

 


Acima estão imagens da Casa Dux, no bairro de Campo Grande, década de 1970. A primeira localizada na Praça Doutor Raul Boaventura e a segunda, na Rua Barcelos Domingos.
A Casa Dux foi fundada pelo italiano Fidelix Vitari, sendo um comércio que ia de discos e fitas a aparelhos eletro domésticos em geral.
No livro "Tricentenário de Campo Grande ", de Serafim Sofia, é descrito da seguinte forma: 
"Por Fidelix era este homem conhecido...Tinha em seu segundo nome o de Vitari e mostrava, até pelo nome, ter nascido lá na Pátria dos primeiros Portinari...
Gênio forte e ponderado e resolvido, não deixava os seus intentos fracassar e, com calma e perspicácia e valentia, foi um grande ao se falar de economia".

Fonte consultada e imagens: Tricentenário de Campo Grande, Serafim Sofia. (Do Instituto Campograndense de Cultura). 3°Volume, Rio de Janeiro  - 1976.

terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Estação de Campo Grande

 

Estação de Campo Grande em 1929. 

(Arte Plural, n°6, Rio de Janeiro.  Publicação do Centro de Imprensa Alternativa e Cultura Popular do Rio Arte, junho/julho de 1990. P.1)

Imagem retirada do livro Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. 2004. Rio de Janeiro. 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

A Usina de Bondes do Monteiro

 

Foto: Euter Mangia 

Localizada no entroncamento entre a Estrada do Mato Alto e a Estrada do Magarça, no Largo do Monteiro, se encontra a antiga Usina de Bondes, no bairro de Campo Grande. Datada de 1917, a mesma é tombada como Patrimônio histórico pelo IPHAN, desde 1996.

A Companhia de Bondes Elétricos de Campo Grande a Guaratiba passou a operar em 17 de maio de 1917. O bonde de Campo Grande foi uma das últimas linhas a sair de operação, em 1967.

No local ainda é possível presenciar trilhos de bondes na frente da antiga usina. 

Fonte consultada: Portal Zona Oeste, maio 2011.

domingo, 10 de janeiro de 2021

A urbanização da Zona Oeste

 


A seguir, um trecho do livro "A evolução econômica e populacional de Campo Grande": "A partir da década de 1960 ocorre um grande crescimento populacional, com a implantação de indústrias alterando a forma da região, que, até a data citada acima, possuía características predominantemente rurais, a chamada Zona Rural, atual Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Nessa década, houve uma opção por parte do governo do Rio em orientar o crescimento populacional rumo à Zona Oeste, criando grande distorção urbana. Esse estímulo à ocupação à região não teve a contrapartida de serviços na mesma proporção.

A ilustração acima compara a população urbana da Zona Oeste em dois momentos (1960 e 2009)."

quinta-feira, 7 de janeiro de 2021

Antiga Venda de Santíssimo

 

Acima uma imagem da antiga Venda de Santíssimo, localizada na antiga Estrada Real de Santa Cruz. 

A Venda e Pousada de Santíssimo era um dos mais importantes pontos de descanso de viajantes, tropeiros e animais. Ao fundo, estava a Fazenda do Lameirão. 

Fonte consultada e imagem: Abreu, Sylvio Fróes. O Distrito Federal e seus recursos naturais, Biblioteca Geográfica Brasileira, Rio de Janeiro, Instituto Brasileiro de Geografia e estatística/Conselho Nacional de Geografia, 1957.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

É dia de Reis!

 

O Rio de Janeiro tem em seu calendário folclórico/religioso/Cultural muito rico, tendo o Carnaval como principal, passando pela Festa de Iemanjá, entre outras.

No dia 06 de janeiro, comemora-se o dia da Adoração dos Reis. É a Folia de Reis, que na verdade começa na noite de 24 de dezembro e vai até 06 de janeiro ou 02 de fevereiro.

Os foliões de Reis imitam os Reis Magos, que viajavam guiados pela estrela de Belém. Saem cantando e louvando o nascimento de Jesus. O grupo compõe-se de tocadores e cantadores que saem a serviço de um festeiro para angariar ofertas, percorrendo as casas da cidade, do campo e sítios, recebendo comidas e bebidas pois segundo a tradição quem os acolhe é abençoado.

Quando percorrem as cidades são chamados de "Folias de Reis de Música " e os da Zona Rural "Folias de Reis de Caixa " - compõe-se de dois tocadores de viola, um de caixa e outro de adufe (pandeiro quadrado).

Atualmente, essa manifestação é bem menos frequente, sendo ainda mantida por tradições familiares, restritas a poucos locais.

Imagem e texto retirados com pequenas adaptações: Meu Livro de Pesquisas. Edições Castor. 3° Volume.

Capela de Nossa Senhora do Lameirão

 

Acima encontra-se uma aquarela da Capela de Nossa Senhora do Lameirão, no bairro de Santíssimo, vizinho a Campo Grande. A obra foi retratada por Thomas Ender, um artista austríaco, que esteve no Brasil em viagem feita em 1817, percorrendo o caminho entre Rio de Janeiro e São Paulo. 

Segundo historiadores, com provisão de 03 de dezembro de 1750, a Capela de Nossa Senhora da Conceição do Lameirão foi usada como templo mais importante do então Curato (freguesia eclesiástica de criação diocesana provisória), tendo permissão para manter em "Sacrário " o Santíssimo Sacramento, criando assim uma espécie de "irmandade". Daí, provavelmente, o nome do bairro de Santíssimo.

Assim, ainda segundo historiadores, o local serviu, de forma provisória, para as atividades da futura freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande. 

Fonte consultada e imagem: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. Segunda edição. Rio de Janeiro. 2005.

terça-feira, 5 de janeiro de 2021

A construção da igreja de Sant'Ana

 

Acima uma imagem da época de construção do atual templo da Igreja de Sant'Ana, na estrada do Mendanha, em Campo Grande. A primeira capela de Sant'Ana foi construída em 1754, na Fazenda das Capoeiras, edificada por João Pereira de Lemos. A construção da nova capela, mas tarde Paróquia, teve início nos anos 1960.

Fonte da imagem: Arquivo da Paróquia de Sant'Ana. 

segunda-feira, 4 de janeiro de 2021

Pelos caminhos de Campo Grande

 Assim como todos os bairros, Campo Grande foi se delineando, traçado por caminhos e estradas. No caso de Campo Grande, esses caminhos só foram reconhecidos pelo município a partir de 30 de outubro de 1917.

Um exemplo de um pouco da história dos caminhos do bairro de Campo Grande é citado por Fróes e Gelabert: "Da então estrada das Capoeiras, um pouco além da Estrada da Caroba, no lado esquerdo, começava a Estrada Rio do A, que tinha um traçado muito peculiar. Daquele ponto inicial ela se dirigia rumo à Rua Campo Grande próxima da qual tinha início a Estrada do Campinho, e cruzando a Rua Campo Grande e a Estrada de Ferro, se dirigia até o Largo da Matriz, mais tarde, Praça D. João Esberard. O trecho entre a Estrada de Ferro e o Largo da Matriz, só deixou de ser Estrada Rio do A em 24 de julho de 1928, quando passou a ser chamado Rua Amaral Costa ".


Rua Amaral Costa, com a Igreja Matriz Nossa Senhora do Desterro. Nessa época ainda não havia a Escola Venezuela. Fonte: Jornal Patropi, n° 711, 1989.

Segundo a descrição acima, a atual Rua Amaral Costa, onde fica a Matriz de Nossa Senhora do Desterro, já fez parte da Estrada Rio do A. Isso fica mais claro ao observar o mapa abaixo, o qual aponta o encontro da Rio do A com a Estrada do Campinho, e, atravessando a linha férrea, uma espécie de continuação, o que hoje é a Rua Amaral Costa, de cor vermelha. 

Fonte consultada e imagens:
Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos, José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. Rio de Janeiro. Segunda Edição. 2005.
Imagem do mapa: Google maps.


Campo Grande e o tal progresso

 


Evolução e progresso podem até caminhar juntos, mas o tal progresso não traz exatamente só algo positivo. Desde que Campo Grande deixou sua paisagem tipicamente rural, o bairro presenciou mudanças relevantes em seu espaço, que consequentemente atinge sua população. As plantações e granjas deram lugar aos prédios, aos estacionamentos, congestionamentos e... buracos. É...se continuar assim, vamos voltar à época rural. Se bem que com essa quantidade de crateras espalhadas pelo bairro, até de carroça seria complicado de andar. 

Nem sempre a ordem é o progresso. Nem sempre o progresso é melhor. Acho melhor progredirmos de novo.

    Triste realidade atual.

sábado, 2 de janeiro de 2021

O fim do Cine Palácio

 


A imagem é de uma matéria do Jornal O Dia, do dia 25 de setembro de 1990, noticiando, como o título aborda, o fechamento do Cine Palácio, no bairro de Campo Grande.

Inaugurado em 1962, o cinema, localizado na Rua Augusto Vasconcelos, já foi considerado o maior do Rio de Janeiro, ficando em um ponto geográfico estratégico do bairro, entre o Calçadão e a estação ferroviária. O mesmo foi fechado em setembro de 1990, mantendo a forma do prédio, porém mudando de função, passando a ser Igreja Universal.

O último filme exibido foi "Uma linda mulher".

Fonte da imagem: Clark, O Dia, 25 set. 1990. Imagem retirada do livro "Cenas da Cidade: de cinema à igreja a memória do Cine Palácio Campo Grande", de Willian de Souza Vieira.