quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

Cultura e arte em Guaratiba

    Situada na estrada do Mato Alto, em Guaratiba, bairro ligado a Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, a Capela Magdalena guarda encantos, curiosidades e principalmente cultura e arte para os seus visitantes. Localizada em um sítio, com seus patos e pavões, a capela é palco de apresentações musicais, com um som inconfundível de um cravo, espécie de "pai" do piano, executado pelo anfitrião Roberto de Regina. O mesmo é considerado o primeiro cravista brasileiro.
    No sítio, além da Capela Magdalena, cujas paredes foram pintadas pelo próprio maestro Roberto de Regina, é possível apreciar um belo jardim com alguns animais "se apresentando", e um museu, denominado Ronaldo J. Ribeiro, com réplicas de veículos de transporte, castelos e igrejas, sendo confeccionados em papel e outros materiais, e montado pelo próprio Roberto.
Cravo pertencente à Capela Magdalena.

Imagem de dentro da Capela Magdalena, com seus desenhos e pinturas nas paredes e no teto.

Museu Ronaldo J. Ribeiro

    Para quem visita o local, estão à disposição: uma passagem iluminada por tochas em direção à capela (se a visita for à noite); uma apreciação da própria Capela Magdalena, um ambiente em tom barroco e com música antiga, porém sem ligação com religião; assinatura no livro de visitas com caneta de pena; um concerto de cravo apresentado pelo maestro Roberto de Regina, devidamente vestido com gibão, calção, colete e lenço; e uma visita ao museu já citado, onde o "passageiro" pode desfrutar de réplicas de carros antigos, trens, veículos de bombeiro, aviões, catedrais e castelos, feitos de papel, plástico e madeira, num "mundo" encantador do museu que leva o nome de seu sócio.

Réplica de um dos primeiros trens, apelidado de "o foguete". Curiosamente esse trem é representado por um personagem na série infantil "Thomas e seus amigos".

O Barão Vermelho, utilizado na Primeira Guerra Mundial.


Uma das reproduções de cidades, castelos e ferrovias

 

Réplica de carros

    Embarcação

Dirigível considerado maior que o Zeppelin.

    Além de músico, Roberto de Regina também é médico, pintor e artesão. Durante a semana de Campo Grande, evento que tradicionalmente ocorre no mês de aniversário do bairro, novembro, Roberto de Regina costuma se apresentar com seu cravo na Paróquia Nossa Senhora do Desterro, no centro de Campo Grande, considerada o marco inicial do bairro.

Fotos. Créditos: Carlos Eduardo de Souza. Todas devidamente autorizadas por Roberto de Regina.
Texto baseado em informações coletadas no próprio local.

     






segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

No caminho das pedras

    Pra quem passa pela antiga estrada Rio-São Paulo, na altura do bairro de Campo Grande, indo em direção à Avenida Brasil, próximo ao viaduto Oscar Brito (ou dos Cabritos), é possível já ter avistado uma paisagem composta por grandes pedras (ou rochas, geologicamente mais correto) no alto de um morro. Trata-se do Morro Carapucu.

    Segundo relato de um morador, o local já foi utilizado para treinamentos militares, praticados, segundo o mesmo, numa fenda, conhecida como "Garganta do Diabo". No meio do Morro do Carapucu, na parte de baixo, localiza-se uma rua denominada Dona Elisa, a qual os moradores chamavam de Rua do Buraco, que passou a existir por iniciativa dos mesmos, com o propósito de se conectarem com a antiga estrada Rio-São Paulo.
    O que mais chama a atenção quando se depara com o morro são as pedras (rochas), com algumas dando a impressão que foram colocadas à mão, e outras parecendo que estão por um fio pra deslizar, em mais um espetáculo da natureza.
    Tomara que elas continuem lá no alto dando show, e não se tornando "Rolling Stones", (não estou falando da banda, que por sinal gosto muito), mas sim da tradução livre, "pedras rolantes", porém que continuem cantarolando como Fagner em "Pedras que cantam", quando diz: "...mas no dia que a poesia se arrebenta, é que as pedras vão cantar...". 

Contribuição para o artigo: Alan Rocha de Oliveira
   

domingo, 6 de janeiro de 2019

A façanha do Campusca na Copinha

    A tradicional Copa São Paulo de futebol júnior, já há algum tempo abre a temporada do futebol brasileiro. Grande reveladora de craques, a Copinha, como é carinhosamente chamada, começou em 1969 e no ano de 2019 completou 50 edições. Mas o que poucas pessoas sabem é que o Campo Grande, o galo da Zona Oeste, já disputou a competição e, diga-se de passagem, foi muito bem.
    A edição em questão foi a de 1974, mas que começou a ser disputada no ano de 1973. Uma outra curiosidade é que as partidas disputadas dessa edição tinham duração de dois tempos de 40 minutos. 
    O Campusca estreou em 20 de outubro de 1973, no campo do Nacional de São Paulo, derrotando o Grêmio de Porto Alegre por 1x0. Depois, enfrentou o  XV de Piracicaba e venceu por 2x1. Na fase seguinte, nas quartas-de-final, o clube da Zona Oeste do Rio bateu a tradicional Ponte Preta por 1x0, no Parque Antártica, no dia 07 de janeiro de 1974, e dois dias depois, voltou a vencer pelo mesmo placar, nada mais, nada menos, o Cruzeiro, também no Parque Antártica.
    Classificado para a semifinal do torneio, o alvinegro da antiga Zona Rural enfrentou mais um tradicional time do Brasil. Dessa vez o clube enfrentou o Internacional do Rio Grande do Sul, no Pacaembu. No entanto, o Campusca não conseguiu repetir os bons resultados anteriores, perdendo por 3x1, e não conseguindo chegar à tão sonhada final, vencida pelo próprio Inter, contra a Portuguesa de Desportos.
    Porém, a campanha do Campo Grande na Copa São Paulo de futebol Júnior de 1974 ficou marcada para o clube carioca. Aliás, o galo conseguiu chegar a uma semifinal, depois de derrotar grandes times do cenário brasileiro, sendo eliminado pelo clube que seria o campeão da competição.  Com certeza, uma grande façanha!

Fonte consultada: Blog do Marcão