Historicamente, no dia 09 de janeiro é lembrado no Brasil o dia do "Fico ", remetendo ao ato de D. Pedro I, em 1822, não retornando para Portugal, indo contra às exigências das Cortes portuguesas. Nesse episódio, o mesmo declarou a famosa frase: "Como é para o bem de todos e felicidade geral da nação, estou pronto; diga ao povo que fico". Assim, D. Pedro ficava ao lado do "povo" (na verdade, satisfazendo interesses da elite), dando início no que culminaria na independência do Brasil, meses depois.
E como o Rio de Janeiro era capital do país, a região de Campo Grande, mesmo que ainda Sertão Carioca, de uma forma ou de outra, esteve dentro desse processo.
À época, mais exatamente no ano de 1822, foi publicado a obra "Memórias Históricas do Rio de Janeiro ", de Monsenhor Pizarro, considerado o mais importante historiador da vida civil-eclesiástica do Bispado do Rio de Janeiro, que muito contribuiu para o conhecimento e registro da história da igreja de Nossa Senhora do Desterro e da região de Campo Grande.
Durante esse período histórico, o responsável por responder pela Paróquia de Campo Grande era o Padre Antônio Rodrigues do Valle. Na região, segundo o livro de Desobriga, livro n° 15, a estatística das pessoas residentes na Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande era de 530 fogos (casas de residência), possuindo 5.200 habitantes.
Campo Grande estava nesse período sob duas grandes culturas de cultivo: a cana de açúcar e o café.
E assim era Campo Grande à época do "Fico", como parte integrante da história do Rio e do Brasil.
Fonte consultada: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. 2005.
Brasil Escola.
Nenhum comentário:
Postar um comentário