segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

A Rua Viúva Dantas, muitas décadas atrás

 


Edifício Olímpica, na rua Viúva Dantas, em Campo Grande, aproximadamente década de 1970. Fonte: livro Tricentenário de Campo Grande (poema histórico), de Serafim Sofia (do Instituto Campograndense de Cultura).

sábado, 26 de dezembro de 2020

Inauguração da Luz elétrica em Campo Grande

 


A imagem acima, à esquerda, corresponde à inauguração da Luz elétrica no bairro de Campo Grande, por José Justino Cardoso de Carvalho, amigo do então prefeito Paulo de Frontin. A inauguração se deu em 1919, na Praça João Esberard, onde localiza-se a Matriz de Campo Grande, Nossa Senhora do Desterro. Como mostra a imagem à direita, até hoje se encontra no local o monumento correspondente ao fato, constando  o nome do prefeito Paulo de Frontin e a data de inauguração.

Fonte da imagem: Revista Careta, por Vera Dias.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

O Calçadão de Campo Grande em duas épocas

 


Acima duas imagens do Calçadão de Campo Grande em anos e fases diferentes: a imagem da esquerda, o local em 1988, com intensa movimentação e muitas barracas no meio da rua; à direita, o Calçadão em 2003, após o Rio Cidade, com a movimentação de sempre e um cenário de urbanização. 

Fonte consultada e imagens: O Globo/Zona Oeste, 21 de novembro de 2004.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

A Viação Santa Sofia

 

Acima uma foto da Viação Santa Sofia, no bairro de Campo Grande. A imagem pertence ao livro "Tricentenário de Campo Grande ", de Serafim Sofia, do ano de 1976. O Comendador Serafim Sofia, como era conhecido, cita em sua obra curiosidades da empresa, e de sua ligação com a mesma, mesmo não sendo exatamente o fundador, como muitos acham.
Algumas citações sobre a Empresa Santa Sofia no livro:
"Na continuação da Estrada Rio do A, ao chegar à Rio São Paulo, estrada antiga, tomem nota e vejam bem, pois há por lá uma gente que não sabe o que é fadiga...Esta gente é do trabalho e ao chegar cá transformou-se da riqueza em forte viga. Todos sabem que a 'Viação Santa Sofia,' nos transportes tem, ainda, a primasia... ".

"Depois, doze dos rapazes se juntaram e fundaram a Viação Santa Sofia; e o fizeram com seis carros que compraram pra fazer a mesma linha que já havia. Foi assim que exatamente começaram os heróis daquela Empresa que hoje em dia é quem faz - ninguém contesta essa verdade - o transporte - todo ou quase - da cidade...".

"De ano a ano, ao sexto dia de dezembro, eu, que pouco tinha a ver com a jogada, convidava alguns da Empresa, inda me lembro, e era um tal de se almoçar bacalhoada. Da Empresa não cheguei nunca a ser membro, porém, lembro que quando ela foi fundada convidado eu fui pra ser seu presidente e não quis porque julguei-me incompetente ".

Fonte consultada: Tricentenário de Campo Grande (Poema histórico), Serafim Sofia. (Do Instituto Campograndense de Cultura). 3° volume  - Rio de Janeiro  - 1976.


quinta-feira, 3 de dezembro de 2020

A Drogaria Confiança

 

Acima uma imagem da antiga Drogaria Confiança, década de 1970, na Rua Barcelos Domingos, pertencente a Theóphilo Rodrigues de Azevedo.

Fonte consultada: Tricentenário de Campo Grande, Serafim Sofia, (Do Instituto Campograndense de Cultura). Rio de Janeiro (Poema histórico). 3° volume - 1976.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Mapa do ex-Estado da Guanabara

 

Acima um curioso mapa intitulado "Ex- Estado da Guanabara". O mesmo era uma espécie de proposta ou vontade em se ter, à esquerda, o "Município Carioca", ficando à direita, o Município do Rio de Janeiro. 

Segundo o livro "Tricentenário de Campo Grande ", de Serafim Sofia, a ideia era do diretor presidente da Indústria Brasileira de Calçados, jornalista e radialista, fundador do Jornal Rio Notícias, Amy Barbosa, muito ligado às questões da Zona Oeste. 

Fonte consultada: Tricentenário de Campo Grande, Serafim Sofia. (Do Instituto Campograndense e Cultura). Poema histórico. 3° volume. Rio de Janeiro  - 1976.

Vencedor do sorteio do Kit do Campusca da Zona Oeste

 

Ontem foi entregue o Kit do Campusca da Zona Oeste. O prêmio foi entregue a Claudio Gomes, vencedor da melhor frase sobre o Campo Grande. Lembrando que o Kit consiste em um livro que conta a conquista da Taça de Prata de 1982, um pôster com o nome dos jogadores campeões, um adesivo e um quadro do clube.

Lembrando que o Kit é obra de meu amigo Pedro Henrique de Oliveira Gomes. Agradecimentos especiais. 

Eis a frase vencedora:

"Ao romper da aurora, ouço um lindo canto que diz: 'Em Ítalo Del Cima ainda hei de ver o ressurgimento do alvinegro da Zona Oeste, com seu carisma original, seu orgulho suburbano, que a tantos corações encantou!'Campusca dos sonhos meus, nós te amamos!!!"

Muito obrigado a todos pela participação. 

Em breve, mais promoção para os seguidores do Blog.

Um grande abraço a todos.

domingo, 29 de novembro de 2020

O Park shopping Campo Grande

 

Fonte da imagem: www.multiplan.com.br

O bairro de Campo Grande já foi caracterizado por ser um bairro rural, com culturas de cana-de-açúcar, café, laranja e avicultura. A partir da metade do século passado, o comércio e as indústrias começaram a crescer na região, dando novos ares ao bairro, pertencente ao antigo Sertão Carioca. 

No final do século XX, um outro capítulo começou a ser escrito na região. Em 1997 é inaugurado o primeiro shopping do bairro, o West Shopping, na estrada do Mendanha. Três anos depois, é a vez da inauguração do Passeio Shopping, bem no centro de Campo Grande, no Calçadão do bairro. E, para caracterizar Campo Grande como um "bairro dos shoppings ", no dia 29 de novembro de 2012, é inaugurado o mais novo shopping de Campo Grande: o Park shopping. Localizado na estrada do Monteiro, do "outro lado" de onde fica o West Shopping, o Park foi criado sendo focado na classe B/C. É relativamente moderno, destacando-se a diversidade de paisagismos, fachada de vidro, corredores amplos, restaurantes localizados no entorno de um lago, entre outras características. 

Nos fins de semana, principalmente, o Park shopping exerce uma atração na população de Campo Grande e outras localidades, com a sua praça de alimentação, com músicas ao vivo, opções de diversões, entre outros atrativos, propiciando a esta localidade uma bela opção de lazer.

sábado, 28 de novembro de 2020

As antigas fichas de ônibus

 

Entre as décadas de 1970 e 1980, era comum serem usadas fichas nas viagens de ônibus no Rio de Janeiro. O passageiro pagava a passagem ao cobrador e dizia onde ia descer.  De acordo com a distância do trajeto, a cor (seção) da ficha variava. As formas também variavam, como mostram as imagens, sendo redondas, quadradas, retangular, triangular, hexagonal e algumas até com um furo no meio, que significava os turnos.

Ao descer, o passageiro depositava a ficha numa caixa, conhecida como coletor, que ficava ao lado do motorista, de modo que o mesmo pudesse  ver a cor da ficha.

As fichas apresentavam de um lado, o nome da empresa, e do outro, uma frase. Uma bem comum era "deposite na caixa". As que aparecem nas imagens pertencenciam a algumas empresas como: Viação Campo Grande, Transporte Oriental, Viação Andorinha, entre outras.

Atualmente, as mesmas são peças de colecionadores.



Fonte consultada: misteriosnumismaticos.blogspot.com

Agradecimentos especiais a Claudio Luis Triani, por me doar essas relíquias. Agradecimentos também a Daniel. Gratidão infinita. 

sexta-feira, 27 de novembro de 2020

O Departamento Autônomo de futebol do Rio de Janeiro

 Em 1949, os clubes de futebol amador da cidade do Rio de Janeiro, que antes disputavam a Liga Atlética Suburbana, passam a disputar o Departamento Autônomo, fazendo parte alguns clubes como Bento Ribeiro F. C., E.C. São José, Irajá A.C., Del Castilho F.C., Engenho de Dentro A.C., Manufatura Nacional de Porcelana F.C., Oriente A.C., E.C. Guanabara, Distinta A.C., entre outros. O mesmo dividia-se em série urbana, série suburbana e série rural.

Durante 10 anos, o D.A. organizou com relevância os campeonatos dos clubes amadores pela Federação Metropolitana de Futebol. A partir da fusão dos antigos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara, o Departamento Autônomo foi renomeado para Departamento de Futebol Amador da Capital, e em 2009, para Copa Amador da Capital. 

Os campeonatos disputados no Departamento Autônomo eram preliminares das partidas de aspirantes ou juvenis.

Abaixo a imagem apresenta equipes que já foram campeãs do Departamento Autônomo de futebol da Capital. Alguns estão em atividade; outros licenciados; e outros não existem mais.


Fonte da imagem: Primos Pobres RJ FC

Na primeira linha aparecem o União Central e o Bandeirantes; na segunda, times como o Confiança, Kosmos (o quarto), o Oriente (o oitavo, muitas vezes campeão) e o Vilar Carioca; na terceira linha, o Raiz da Gávea, Francisco Xavier Imóveis, Municipal de Paquetá, entre outros; e na quarta linha, Irmãos Goulart, Ceres (quarto), Campo Grande (oitavo, campeão em 1953 e 1959) e Guaratiba.

Fontes consultadas:

Primos Pobres RJ FC 

www. Campeosdofutebol.com.br


terça-feira, 17 de novembro de 2020

O Passeio Shopping

 Inaugurado no mesmo dia em que o bairro de Campo Grande comemora aniversário, 17 de novembro, o Passeio Shopping é considerado um dos últimos responsáveis pela continuidade do crescimento do centro comercial de Campo Grande. Localizado na Rua Viúva Dantas, centro do bairro, o mesmo é um empreendimento de característica singular, de pequena dimensão. Está localizado no coração de um dos maiores centros comerciais do Rio de Janeiro, o Calçadão de Campo Grande, famoso polo comercial onde estão concentrados grandes operadores do varejo que atraem milhões de pessoas por mês.

Fundado no ano 2000, fechando o século XX, o Passeio Shopping hoje é um dos três shoppings do bairro de Campo Grande, porém com uma localização privilegiada, o centro do bairro.



Imagens. Fonte: artista : Pedro da Costa. Imagem retirada do Facebook de Malu Ravagnani. 

Fonte consultada: A criação de um subcentro em Campo Grande. Carlos Eduardo de Souza. Editora Pequena Tiragem. 2018.

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Mapa do Distrito Federal, 1911

 


A imagem acima refere-se a um mapa do Distrito Federal. (Freire, Olavo. 1911)

O mapa é da época em que a cidade do Rio de Janeiro era o Distrito Federal, capital do Brasil. O mesmo destaca alguns bairros, como Bangu, Barra de Guaratiba, Realengo, Santíssimo e Campo Grande, além de apresentar detalhes da região.

Fonte consultada: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. 


terça-feira, 10 de novembro de 2020

Relação de produtores de aguardente em Campo Grande

 


Acima uma listagem com o nome de fazendeiros e as fazendas de produção de aguardente no bairro de Campo Grande e adjacências no período da cana-de-açúcar. 

Fonte: QUINHÕES, Trajano Garcia. Campo Grande Imperial, in Jornal Zona Oeste Social, Edição Histórica, 2° caderno, Campo Grande/RJ, 15 de novembro de 1973.

Fonte consultada: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Centro de Campo Grande, década de 1960

 


Campo Grande, ano de 1965. Em destaque a Rua Coronel Agostinho. Fonte: Cartão Postal, Edições Ambrosiana.

Fonte consultada: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert. 


terça-feira, 3 de novembro de 2020

A expansão imobiliária em Campo Grande

 "O espaço de uma grande cidade capitalista constitui-se em um primeiro momento de sua apreensão, no conjunto de diferentes usos da terra justapostos entre si. Tais usos definem áreas, como o centro da cidade, local de concentração de atividades comerciais, de serviços e de gestão, áreas industriais, áreas residenciais distintas em termos de forma e conteúdo social, de lazer e, entre outras, aquelas de reserva para futura expansão. Este complexo conjunto de usos da terra é , em realidade, a organização espacial da cidade ou, simplesmente, o espaço urbano, que aparece assim como fragmentado". O espaço urbano, Roberto Lobato Corrêa.

A definição acima retrata a dinâmica do espaço urbano, com suas características e agentes que produzem esse espaço. Esses agentes sociais são: os proprietários dos meios de produção; os proprietários fundiários; os promotores imobiliários; o Estado e os grupos sociais excluídos. 

O bairro de Campo Grande, num passado marcadamente rural, sertão carioca, atualmente se apresenta com uma paisagem suburbana/urbana em expansão, sendo palco de atuação desses agentes, com os bairros sendo os locais de reprodução dos diversos grupos sociais. Como o solo urbano é muito mais valorizado que o rural, vide a comparação entre IPTU e o ITR (imposto sobre a propriedade rural), o bairro vem passando por relevantes transformações socioespaciais e econômicas, afetando diretamente sua população.

Um exemplo disso é a expansão imobiliária que ocorre na região. Já há algumas décadas, Campo Grande é um dos bairros que registra mais investimentos de construtoras e imobiliárias. Com muitos terrenos e uma boa infraestrutura, o antigo bairro dos laranjais e da avicultura, hoje é o oásis para as construtoras. Isso fica evidente ao andar pelo bairro, no qual percebe-se facilmente prédios (comerciais e residenciais), condomínios e casas padronizadas em locais onde um tempo atrás eram ocupados por extensas áreas verdes.

E isso já atinge até áreas mais remotas do bairro, afastadas do centro, como é o caso da localidade Salim, que ainda possui resquícios semi-rurais, como sítios. As duas fotos abaixo são da localidade, num intervalo de apenas um ano. A expansão imobiliária é notória e avassaladora. 

É a e(in)(re)volução de Campo Grande. 


Fotos: Carlos Eduardo de Souza. 

Fontes consultadas:

CORRÊA, Roberto Lobato. O espaço urbano. São Paulo. 4ed. Ática, 2002.

SOUZA, Carlos Eduardo de. A criação de um subcentro em Campo Grande. Rio de Janeiro. Editora Pequena Tiragem, 2018.

O GLOBO, Zona Oeste  (edição especial/20 anos), Rio de Janeiro, 20/04/2008.


quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Campo Grande: campeão do Torneio Seletivo de 1984

 Até 1971, os clubes brasileiros disputavam campeonatos a nível nacional, mas que não levavam o nome de campeonato brasileiro. Assim, existiram a Taça Brasil, o Torneio Roberto Gomes Pedrosa e o Rio-São Paulo. A partir da data mencionada, a competição nacional passou a se chamar oficialmente "Campeonato Brasileiro".

Porém, mesmo assim, a competição, em algumas edições, recebeu outras denominações, inclusive nas outras divisões, como Taça de Ouro, Taça de Prata e Taça de Bronze (primeira, segunda e terceira divisões, respectivamente), Copa União, Módulos, Copa João Havelange...mas não deixando de ser o campeonato brasileiro. 

Em 1984, a Série B do brasileirão recebeu o nome de Taça CBF, reunindo 32 clubes. Para disputá-la, os clubes tinham que passar por uma espécie de Torneio Seletivo.

E o Campo Grande Atlético Clube venceu o Torneio Seletivo de 1984, disputado entre clubes do Rio de Janeiro, sendo mais um título para o Galo da Zona Oeste. 

Eis a campanha:

Campo Grande 0x0 Goytacaz - 05/02/1984

Campo Grande 0x0 Olaria - 08/02/1984

Campo Grande 1x0 Volta Redonda - 15/02/1984

Campo Grande 4x0 Americano - 18/02/1984


Com o título e com a vaga, o clube disputou a primeira fase da Taça CBF, a segunda divisão do brasileiro, enfrentando o Pinheiros do Paraná, clube extinto. O Campusca perdeu as duas partidas, por 1x0 e 2x1, e ficou na primeira fase da competição.

Fonte consultada e imagem: Almanaque histórico e estatístico do Campo Grande Atlético Clube. 

Julio Bovi Diogo e Raymundo Quadros. 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Um "milagre " de Nossa Senhora Aparecida em Campo Grande

 


Dia 12 de outubro, dia das crianças e dia de Nossa Senhora Aparecida, considerada a Padroeira do Brasil.  Sua história remete ao ano de 1717, quando uma imagem quebrada apareceu na rede de três pescadores, no Rio Paraíba do Sul. Para os fiéis, ali aconteceu o primeiro milagre da Santa, quando conta -se que a pescaria estava péssima e só depois que a santinha decapitada foi encontrada é que os peixes começaram a aparecer e a pular dentro da rede, parecido com o milagre bíblico da pescaria de Pedro. A partir daí, segundo a visão dos fiéis, teve início uma série de milagres, com a construção de uma capela, mais tarde a grande basílica e uma cidade em São Paulo praticamente voltada à sua devoção, Aparecida do Norte. 

E não é que algo inusitado relacionado à Nossa Senhora Aparecida, que para muitos é considerado um milagre, aconteceu no bairro de Campo Grande!?

No ano de 2011, ocorreu um grande incêndio no Mercado São Braz, centro do bairro.  O incêndio atingiu várias lojas, incluindo a do Recanto Religioso. Nessa loja, uma imagem de Nossa Senhora Aparecida foi resgatada no meio de muitos destroços.

Segundo Filomena da Conceição, dona do estabelecimento: "A loja estava no chão, só tinha ferrugem e perda total. Quando meu genro encontrou a imagem, chorei. Acho, sim, que foi um milagre", contou a Dona, em entrevista ao Globo/Extra Zona Oeste, 2012.

A imagem foi encontrada embaixo dos escombros, tendo que substituir apenas o seu manto, mas o restante praticamente intacto.

A imagem da Padroeira do Brasil encontra-se atualmente na prateleira do estabelecimento, próxima a um cartaz com a frase: "A única imagem que restou do incêndio ".

Ainda segundo Dona Filomena, na mesma entrevista já citada, ela afirma: "Botei a mensagem para as pessoas saberem que ela existe. E que é poderosa. Não posso nem falar muito porque me emociono.".

Acreditando ou não, essa foi mais uma história daquela que possui o segundo maior templo do mundo e que ao vê-la (mesmo aqueles que não se identificam), se reflete um retrato do Brasil, com sua imagem triangular e com seu manto azul.

E assim, das águas do Rio Paraíba do Sul ao fogo do Mercado São Braz, essa foi mais uma história (ou milagre?) atribuído à Padroeira do Brasil. 

Fonte consultada: Jornal Extra Zona Oeste, 24 de novembro de 2012.
Primeira foto: Jornal Extra Zona Oeste, 2012.
Segunda foto: Carlos Eduardo de Souza. 


sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Campo Grande e Noruega

 



No ano de 2019, a Escola Municipal Castro Rebello, entre Campo Grande e Cosmos, teve a honra de receber um grande evento musical. O Grupo musical Camerata Laranjeiras se apresentou no local acompanhado do grupo norueguês Oslo Strings. O evento contou também com a presença e talento da magnífica cantora norueguesa Sigrid Moldestad, que com muita simpatia encantou a todos com sua maravilhosa voz. Um agradecimento especial a Gabriel Vailant, pelo contato e disposição. 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Rua Coronel Agostinho, década 1950

 


A foto acima refere-se à Rua Coronel Agostinho, na década de 1950. Localizada no centro de Campo Grande, a rua leva o nome de um comerciante importante da região. Hoje faz parte do Calçadão de Campo Grande, inaugurado em 1976.
A figura descreve a paisagem típica da época, com a localidade em tempos de festa.

Fonte da imagem: Jornal Zona Oeste, edição especial, 1998.

Primeiros negociantes de Campo Grande



 Até meados do século XX, o bairro de Campo Grande era caracterizado de forma agrícola, antiga Zona Rural, parte do Sertão Carioca. 

Com o crescimento da população, a passagem da população rural em urbana/suburbana e o desenvolvimento industrial e dos transportes proporcionaram o surgimento e a propagação do comércio no bairro. Vale ressaltar que desde aproximadamente 1883, já podia -se notar um pequeno número de negociantes na região, destacando-se, entre outros, os sírio-libaneses, desenvolvendo uma espécie de comércio ambulante (tecidos, calçado e joias).

A seguir, uma relação de negociantes de Campo Grande e regiões próximas, no ano de 1898, constatando uma fase inicial das atividades comerciais no bairro. 



Fonte: Quinhões, 1973.



terça-feira, 6 de outubro de 2020

Estações da antiga Estrada de Ferro D. Pedro II

 

Fonte: IBGE. 1956.

Acima encontra-se um quadro da antiga Estrada de Ferro D. Pedro II, com as distâncias e datas de inauguração das estações.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

A Casa de Saúde de Campo Grande

 


A imagem acima refere-se à antiga Casa de Saúde de Campo Grande, que se localizava na Rua Coronel Agostinho, Calçadão de Campo Grande. Esse documento diz respeito ao meu nascimento no local citado. Um fato curioso é o mesmo denominar "Cidade de Campo Grande - RJ", se referindo ao bairro de Campo Grande, que realmente possui um título honorário de bairro-cidade, desde 1968.

domingo, 27 de setembro de 2020

Dia de Cosme e Damião

 


Dia de Cosme e Damião: no catolicismo, comemorado no dia 26 de setembro; nas religiões de matrizes africanas e sendo a data mais popularmente conhecida, 27 de setembro. Pra mim, a data ultrapassa a questão da religiosidade, sendo atrelada à cultura brasileira, mais especificamente do Rio de Janeiro, podendo (me atrevo a dizer) a ser, em partes, comparada às comemorações e andanças das crianças norte-americanas no Halloween. 
Com certeza, Cosme e Damião fazem parte das minhas memórias de infância e de muitas outras pessoas. Lembro-me que no dia dos santos, já criava uma expectativa de receber doces e de correr atrás dos mesmos, acumulando-os ao final do dia, como se fossem troféus. Era um dia quase que dedicado a isso (depois de vir da escola, é claro!).
Mártires cristãos, nascidos em 27 de setembro, no fim do século III, na Ásia Menor, na cidade de Egéia, ainda bem jovens dedicaram-se aos estudos de medicina. Ao contrário dos curandeiros, nada cobravam pelos seus serviços. Com isso, tornaram-se famosos e assim eram constantemente solicitados em toda a região.
No ano de 306, Diocleciano ordenou violenta perseguição aos cristãos na Síria, através de Galério. Cosme e Damião sofreram um interrogatório e não negaram a fé cristã. Por isso receberam a condenação à morte.
Segundo a tradição, depois de torturados, foram jogados ao mar, sendo "devolvidos". Foram ordenadas novas torturas e a morte na fogueira, mas o fogo não os queimou. Resolveram então decapitá-los juntamente com outros 3 irmãos.
Segundo uma lenda, no momento da execução foram envolvidos por uma nuvem que os transportou para a "vida eterna".
Muitas curas milagrosas foram atribuídas a São Cosme e Damião após a morte dos dois. São considerados patronos dos médicos. Considerados também protetores das crianças. 
O fato é que atualmente a movimentação no dia de Cosme e Damião é bem menor, porém não menos importante, mantendo a tradição religiosa tão marcante de tempos atrás.

Fonte consultada: Meu livro de pesquisas. Edições Castor - 2°volume. 

terça-feira, 15 de setembro de 2020

Um inusitado Campo Grande e Madureira nos EUA

 


    Até aproximadamente os anos 1990, era muito comum os clubes brasileiros excursionarem por vários países e continentes, inclusive os clubes de menor expressão. Alguns disputavam torneios importantes, como os tradicionais Ramón de Carranza e Teresa Herrera, na Espanha, entre outros; além de torneios que reuniam clubes e seleções, como a Copa Kirin, disputada no Japão; e vários amistosos. Havia até um "título" simbólico dado ao clube que voltava invicto de uma excursão do exterior, a famosa Fita Azul.

    Com o novo formato de campeonato brasileiro de pontos corridos, implementado nos anos 2000, o calendário do futebol brasileiro ficou mais extenso e apertado, sem pausa entre o fim dos estaduais e início do brasileirão. Isso fez com que diminuissem ou quase que exterminassem as famosas excursões dos clubes brasileiros. 

    Como já citado, os clubes de menor investimento também disputavam jogos internacionais, incluindo torneios e amistosos.

     Nesse contexto, no ano de 1972, ocorreu um inusitado confronto entre dois times do subúrbio carioca em terras estrangeiras. No dia 06 de agosto do ano citado, Campo Grande e Madureira empataram em 1x1, num amistoso disputado em Washington, nos Estados Unidos. Os jornais da época não chegaram a dar muita importância para a aventura do Galo da Zona Oeste e do Tricolor Suburbano em terras do Tio Sam. Inclusive sendo a primeira viagem internacional do Campusca. Por isso, pouco se sabe de detalhes e do restante dessa excursão. Além desse jogo, o Campo Grande venceu o Baltimore por 1x0 e perdeu para o Ujpest Dozsa por 4x0, com todos os jogos realizados nos States, entre julho e agosto, de caráter amistoso, mas sem os dias precisos dos jogos encontrados.

    Mas com certeza esse confronto de dois times tradicionais do Rio de Janeiro, realizado nos Estados Unidos, entra pra galeria de jogos curiosos. É bom para o futebol carioca.

Fonte consultada: Almanaque histórico e estatístico do Campo Grande Atlético Clube. Julio Bovi Diogo e Raymundo Quadros. 



O Campusca de 1991

 

A imagem acima refere-se ao elenco do Campo Grande Atlético Clube do campeonato carioca de 1991. Nessa competição, o clube alcançou sua melhor colocação no estadual, ficando em quinto lugar, conseguindo resultados expressivos, como uma vitória sobre o Vasco por 1×0, e empates com Botafogo, Fluminense e Flamengo. Inclusive, a foto acima é correspondente a um empate por 1x1 com o Flamengo, ocorrido no dia 22 de setembro daquele ano. Para essa competição, o Galo da Zona Oeste contou com jogadores badalados, como Roberto Dinamite, Elói e Cláudio Adão, além de PC Gusmão, hoje técnico de futebol.

Fonte da imagem: Face Campo Grande Atlético Clube.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Sorteio de Kit do Campusca da Zona Oeste

 

Quer concorrer a um maravilhoso kit do nosso glorioso Campo Grande Atlético Clube? Então é fácil! Primeiro, tem que ser seguidor do blog. Caso não seja, é só virar seguidor. Depois, basta criar uma frase bem bacana sobre o Campo Grande Atlético Clube, nosso Campusca. A frase tem que ser postada como comentário nesse artigo. Pronto! Assim, já estará concorrendo a um grande kit, do autor Pedro Henrique Oliveira Gomes, que inclui um livro sobre a gloriosa trajetória da conquista da Taça de Prata de 1982 pelo Campo Grande, mais uma placa do clube, um adesivo e um pôster da escalação do time campeão. A promoção vale até o final do mês. A frase mais criativa será a vencedora do kit. Então, vamos lá. E boa sorte!

domingo, 30 de agosto de 2020

Casarão antigo no Salim

 

Imagem de um casarão antigo na localidade do Salim, na estrada do Tingui, em Campo Grande. Permissão da foto concedida pelo proprietário do mesmo, "Seu Eno ".


Foto: Aline Xavier.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Os álbuns de figurinhas e a geografia

 A COPA DO MUNDO E A GEOGRAFIA


    Desde pequeno, pelo que lembro, já era interessado e curioso em saber sobre a cultura, origem, população, bandeiras e outras características dos estados brasileiros e dos países. Lembro-me bem que na casa de meus pais havia um atlas (dos anos 80) pertencente a minhas irmãs, o qual eu, com meus 6, 7, 8 anos, já ficava degustando dos territórios,  nomes de países, continentes, bandeiras e afins. Não à toa tornei -me professor de geografia.

    Aliado a isso, desde pequeno também já desenvolvia uma outra paixão: o futebol. Meu primeiro álbum de figurinhas da Copa do Mundo que colecionei foi o de 1990, disputada na Itália. Tinha 9 anos e nem poderia passar pela minha cabeça que aquele álbum iria, de uma forma ou de outra, associar-se à geografia e à história. 

    À época, por mais curioso que fosse, não entendia a fundo sobre os assuntos políticos, econômicos e ideológicos daquele momento. Era o fim da Guerra Fria, e com ele uma reviravolta no mapa-mundi, principalmente na Europa. Não poderia imaginar que meu primeiro álbum da Copa do Mundo seria o último disputado por alguns países que pouco tempo depois deixariam de existir, ou passariam por profundas mudanças em seus territórios e política. Foram os casos da União Soviética, Tchecoslováquia, Iugoslávia e a Alemanha Ocidental.

    Quatro anos mais tarde, colecionei mais um álbum de Copa, a que o Brasil sagrou-se campeão depois de 24 anos. Com 13 anos, ainda continuava não entendendo muito de assuntos políticos e econômicos do Brasil e do mundo. Fui forçado, pela circunstância, a entender um pouco da economia brasileira, já que presenciei, nesse ano de 1994, o surgimento do Real.

   Em 1990 vi uma seleção vermelha jogar com a Argentina, era a então União Soviética, conhecida por mim por URSS; em 1994, assisti uma seleção azul e branca jogar contra o Brasil. Era a Rússia, "herdeira" da já extinta União Soviética. Em 1990, via no álbum a tal da Alemanha Ocidental, que viria a ser campeã daquele mundial e unificada com a Oriental meses depois; em 1994, já era só Alemanha.

    Entre 1990 e 1994 muita coisa aconteceu no cenário mundial. A Guerra Fria havia chegado ao fim, a disputa capitalismo x socialismo também, e com ela o fim da União Soviética, em 1991, a unificação das Alemanhas, em 1990, a separação da Tchecoslováquia, dando origem a dois novos países (República Tcheca e Eslováquia) em 1993, e a desintegração sangrenta da Iugoslávia, ocasionando o surgimento de 7 novos países (considerando Kosovo). A Iugoslávia ainda chegou a disputar a Copa do Mundo de 1998, mas já com seu território reduzido, assistindo, inclusive, um ex "pedaço" seu chegar em terceiro lugar, a Croácia. A mesma Iugoslávia, depois de 1990, chegou a se classificar para a Eurocopa de seleções de 1992, mas não disputou por estar em guerra, dando vaga para a Dinamarca, que acabou sagrando-se campeã. Coisas do futebol e da geografia também.

    Hoje, com a maturidade de minha idade, comparando esses dois álbuns que ainda guardo, vejo que possuo duas relíquias, que contam através do futebol, um período de transformações importantíssimas da história mundial.

    E assim ainda consigo guardar e juntar duas peças que reúnem duas paixões particulares: a geografia e o futebol.














segunda-feira, 24 de agosto de 2020

A saudosa Silbene

 


A foto rara mostra o famoso calçadão de Campo Grande, centro comercial do bairro. Na imagem está destacado um letreiro da saudosa Silbene.
    A papelaria Silbene, em seus 52 anos de existência, foi uma tradicional loja do bairro de Campo Grande, que anunciou seu fechamento em 2012. Segundo fontes, o nome é uma homenagem à filha de seu fundador, Jorge Elias.
    Com entrada pelo calçadão de Campo Grande (Rua Coronel Agostinho) e saída pela Rua Augusto Vasconcelos (ou vice-versa), a loja possuía cerca de 200 funcionários e comercializava artigos de papelaria, informática, brinquedos, relógios, artigos para festas, livros, lanches, fotos e outros.
    Com certeza, até hoje, a Silbene desperta nostalgia entre os moradores do bairro, acostumados, segundo eles mesmos, a encontrarem "de tudo" nesta emblemática loja.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Foto antiga da estação de trem de Campo Grande

 

Primeira estação de trem de Campo Grande. A mesma foi construída assim que foi criado o ramal para o Curato de Santa Cruz. Inaugurada em 02 de dezembro de 1878, esta proporcionou ao bairro uma ligação maior com o restante do Rio de Janeiro. 
Observa -se na foto uma espécie de "varejo", com a antiga passagem de nível à esquerda, que ligava a Rua Barcelos Domingos à Praça 3 de Maio (atual Praça Raul Boaventura) e a Rua Coronel Agostinho. 

Fonte: Jornal Zona Oeste, Edição Especial, n°857. 1992.
Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos.  FRÓES, José Nazareth, GELABERT, Odaléa Ranauro. Rio de Janeiro.  2005. Segunda edição. 

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

A padroeira de Campo Grande

 Nossa Senhora do Desterro é considerada como padroeira daqueles que, por muitas razões, deixaram sua terra natal, familiares e amigos para enfrentar viagens, muitas vezes perigosas e longas, em direção a algo desconhecido e sem saber como seriam recebidos em um novo território.

Entre os colonos portugueses, era muito comum trazerem na bagagem imagens da "Sagrada Família " em fuga para o Egito, tradicionalmente representada por Maria com o menino Jesus nos braços montada num burrinho, e José.

Pelo calendário Gregoriano, 17 de fevereiro é o dia dedicado à devoção de Nossa Senhora do Desterro, data aproximada da chegada da Sagrada Família à antiga Heliópolis, atual Cairo, capital do Egito, depois de uma longa jornada.

O bairro de Campo Grande tem sua origem atrelada à uma capela em devoção à Nossa Senhora do Desterro, inicialmente em terras de Barcellos Domingos (Domingues), na Fazenda Bangu,  que é hoje o bairro de Bangu. Mais tarde a mesma foi "transferida" para limitações já próximas ao atual bairro de Campo Grande, até a consolidação do atual templo no centro do bairro, localizado numa pequena elevação.

Depois de passar por um terrível incêndio, em 1882, a Paróquia foi praticamente reconstruída com esforços de autoridades, da população e principalmente do Padre Belisário dos Santos, Vigário de Campo Grande . A 3 de janeiro de 1926, a Matriz, já recuperada do já citado incêndio, foi sagrada - processo chamado "sagração", o qual a igreja recebe uma bênção numa inauguração, reinauguração ou algo próximo disso, geralmente com o templo possuindo alguma relíquia de um santo, num ritual com portas fechadas, com os fiéis do lado de fora respondendo algumas palavras para o sacerdote - pelo bispo de Santos, D. José Maria Pereira Lara

Ao Vigário Pe. Felício Magaldi os paroquianos de Nossa Senhora do Desterro devem a instituição da "Novena de Nossa Senhora do Desterro, Padroeira de Campo Grande", sendo um relevante trabalho feito de orações, meditações e hino composto por ele.

Abaixo o hino a Nossa Senhora do Desterro 

Fonte consultada e imagens: Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande.  A história de uma Freguesia do Arcebispado do Rio de Janeiro revista e documentada. José Nazareth de Souza Fróes. 2006.

Explicação sobre o processo de "Sagração ": por Daniele Ferraz. 


segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Líbano e Campo Grande

Festa libanesa em Campo Grande. Foto: Rogerio Faissal 

Existiria alguma semelhança entre o Líbano 🇱🇧 e o bairro de Campo Grande? Podemos dizer que sim.
O Líbano é um país de pequena extensão e montanhoso, localizado no Oriente Médio, e ficando entre três continentes. O país, marcado por muitos conflitos, possui um grande valor histórico, com o território abrigando a civilização Fenícia, sendo também palco de ocupação do Império Otomano e da França. Dos países do Oriente Médio é o que apresenta maior diversidade religiosa, com aproximadamente 54% muçulmanos, 40% cristãos, 5% drusos, além de judeus, budistas e outros. Em sua bandeira encontra-se a árvore conhecida como cedro-do-Líbano, simbolizando a força, a resistência e o crescimento.
O bairro de Campo Grande possui uma forte influência comercial atrelada aos sírio-libaneses, que desenvolveram uma espécie de comércio ambulante na região (tecidos, calçado e joias), já no início do século XX, contribuindo para o desenvolvimento local.
Os sírio-libaneses vieram para o Brasil em fins do século XIX, perseguidos pelo Império Turco-Otomano, por serem cristãos árabes. Os "turcos" (como eram chamados os descendentes de árabes pela população) eram em sua maioria caixeiros-viajantes, vendendo diversos produtos.
Na localidade do Salim, no bairro de Campo Grande, há um loteamento chamado de Monte Líbano, como mostra a imagem abaixo.

 O nome faz referência a uma pequena cadeia montanhosa que se estende por todo o Líbano. O curioso é que o loteamento fica numa área que leva o nome de um proprietário de terras, conhecido como "Seu Salim", chamado também de "turco". Lembrando que muitos descendentes de árabes, como já foi citado, eram chamados de "turcos". Fica a dúvida.
E assim temos numa mesma localidade em Campo Grande uma junção histórica, curiosidade e por que não, cultural?

Foto festa libanesa - fonte: Zona Oeste, uma história de sucesso. Lucia Rito. 2002.

quarta-feira, 5 de agosto de 2020

Um Gurgel em Campo Grande


Foto: Carlos Eduardo de Souza. 


A foto acima, tirada na localidade Salim, no bairro de Campo Grande, é de um automóvel que ficou muito conhecido entre o final dos anos 1980 e início dos anos 1990: o Gurgel, mais especificamente o BR-800. O exemplar da foto é de um morador da localidade, que segundo o próprio, pertenceu a seu pai.
Fundada por João Augusto Conrado do Amaral Gurgel, a empresa conseguiu fabricar 40 mil carros legitimamente brasileiros, passando por Karts, jipes, modelos elétricos e o modelo popular batizado de BR-800. Esse modelo possuía um motor de dois cilindros projetado pela própria empresa, com este ficando na frente do automóvel, mas a tração sendo traseira.
O engenheiro Gurgel às vezes colocava ideias incomuns e seguia adiante com seus projetos. Assim, o BR-800 foi fabricado com amortecedores de fricção e carroceria de fibra de vidro. O interior do carro era quente e o espaço no banco de trás era reduzido. Porém, o carro cabia em qualquer vaga, e sua direção, de tão leve, parecia hidráulica. 
Lançado em 1988, o carro parou de ser fabricado em 1994, com a falência da Gurgel. Durante 25 anos, a empresa que levou o sobrenome de seu fundador, falecido em 2009, deixou um grande legado: o de fazer um automóvel 100% brasileiro. Atualmente, os carros da Gurgel, como o da foto acima, são verdadeiras raridades, fazendo parte da  memória e da história de nosso país.

Fonte consultada: Coleção carros nacionais 2.

quinta-feira, 9 de julho de 2020

Direto dos sinos da Desterro de Campo Grande

  Igreja Matriz do bairro de Campo Grande, Nossa Senhora do Desterro. Foto tirada de um dos sinos do templo. A capela original data de 1673, ainda em terras do atual bairro de Bangu, depois "transferida" para um local mais próximo, até a construção do templo no atual local, centro de Campo Grande. A Igreja passou por um terrível incêndio em 1882, sendo praticamente reconstruída com esforços de vários envolvidos, inclusive de Belisário dos Santos, vigário de Campo Grande.