sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Ebook "A evolução econômica e populacional de Campo Grande "

https://www.amazon.com.br/dp/B06XVP3LDH/ref=cm_sw_r_cp_awdb_t1_HsHbEbHMC83B3

    Acima, o endereço para o ebook de meu livro "A evolução econômica e populacional de Campo Grande ", pela Amazon.
    Trata-se de uma obra que aponta as transformações em vários aspectos pelas quais o bairro de Campo Grande passou e continua passando, citando os "ciclos econômicos" da cana de açúcar, do café e da laranja; o surgimento dos meios de transporte, como os bondes e a inauguração da estação ferroviária do bairro, chegando ao fortalecimento do comércio e das indústrias. 





quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

O intendente de Campo Grande

   A imagem acima destaca uma figura relevante do bairro de Campo Grande: Mário Monteiro Alves Barbosa. Médico e único intendente municipal que Campo Grande possuiu, Mário Barbosa nasceu no bairro da Zona Oeste em 23 de abril de  1893, sendo filho de Francisco Alves Barbosa e de D. Francisca Monteiro Alves Barbosa. 
    Formou-se em medicina, em 1920, pela escola de medicina do Rio de Janeiro. Foi eleito intendente municipal em 1926 e reeleito em 1929. A função de intendente municipal era próxima à da câmara dos vereadores, sendo chamada de Conselho de Intendência, composta por sete intendentes, eleitos por voto direto, sendo o presidente encarregado da função de prefeito, na época, do Distrito Federal, atual cidade do Rio de Janeiro. 
    Em 1930 Mário Barbosa afastou -se da política, e em 1933 foi nomeado para a Secretaria de Saúde e Assistência, tendo por 6 anos chefiado o Serviço de Assistência Rural, e depois, por 8 anos, foi diretor do Hospital Rocha Faria. Mais tarde ainda foi chefe do Centro de Saúde, até 1964, mesmo já estando aposentado.
    Casado desde 1927 com  D. Lúcia Arzua Alves Barbosa, este teve 5 filhos: o engenheiro rodoviário Mário, as professoras Leda e Lúcia e os engenheiros Gérson e Paulo.
  Mário Barbosa foi considerado cidadão benemérito de Campo Grande na gestão do administrador regional Mário Renato Câmara Lima dos Guaranys. Também foi homenageado com o nome de uma rua, através de uma iniciativa popular.
    Mário Barbosa faleceu em 1983, e hoje é homenageado dando nome à uma clínica, ao lado do Viaduto Alim Pedro.

 
    Fonte de pesquisa: Jornal Patropi
    Pesquisa: Carlos Eduardo. 
    

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Um título indigesto para Campo Grande


   Acima uma matéria do Jornal O Dia, de 19 de dezembro de 2019, sobre o aumento de casos de chikungunya no município do Rio de Janeiro. E uma parte da reportagem destaca o bairro que lidera esse horrível ranking: Campo Grande, com 2.645 notificações. 
    O bairro mais populoso do Rio também é o que tem a população mais atingida pela doença. Isto levanta algumas discussões sobre os motivos que levam a população do bairro a ficar tão vulnerável. 
    Um motivo que poderia ser levantado como hipótese seria o desaparecimento dos predadores naturais, principalmente os anfíbios. Com o progresso, vêm as construções e desmatamentos, acabando com vegetações, brejos e outros habitats de sapos, perereca e rãs. Isso é fato. O desequilíbrio ecológico pode provocar a proliferação de pragas, no caso, os mosquitos.
    Outras hipóteses também podem ser levantadas, como pouca conscientização por parte da população, descaso ou pouca atenção por parte do governo em relação à Zona Oeste, já que a região foi a que mais apresentou casos, com 19.117, entre outras.
    Vale a discussão e atenção para o fato por parte da população do bairro. Lembrando que com a chegada do verão, a tendência é o número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti aumentar, principalmente devido à água acumulada com as volumosas chuvas de verão.
    O Campo tem que ser grande, mas não para os mosquitos.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O primeiro "shopping" a gente não esquece

  Em um natal muito distante, o bairro de Campo Grande apresentava como opção de atrações e diversões o shopping Campo Grande. Por muito tempo, o espaço comercial localizado na Avenida Cesário de Melo foi considerado o "shopping" do bairro.
    Acima um anúncio, estampado no Jornal Patropi, destaca o que o Shopping comercial de Campo Grande, construído na década de 1970, trazia como atrativos de Natal. Destacam-se personagens como Homem-Aranha, Batman, Pateta, Mickey, Donald, entre outros, além de Alice no país das maravilhas, os Três Porquinhos e outras atrações infantis.
    O anúncio ainda chamava a atenção para o que o "Shopping" tinha de melhor, ou, suas "modernas instalações": "estacionamento coberto, ar-condicionado, escadas rolantes, entrada pela Cesário de Melo e pela pracinha e as melhores lojas".
    E assim foi -se o tempo que o Shopping Campo Grande foi o único "Shopping" do bairro. Depois vieram os "outros" e aí é outra história. Mas ele continua lá, símbolo da passagem do tempo em Campo Grande, observando as transformações pelas quais o bairro sofre e continua sofrendo. 

Fonte consultada: Jornal Patropi. 
Pesquisa: Carlos Eduardo. 
    

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

O estádio Ítalo Del Cima

  Localizado na Rua Artur Rios, o estádio Ítalo Del Cima, pertencente ao Campo Grande Atlético Clube, já viveu dias especiais.
    O nome do estádio vem do imigrante italiano Ítalo Del Cima, relevante comerciante da Zona Oeste do Rio. O mesmo cedeu um terreno para a construção do estádio. Na partida inaugural do estádio, quando suportava 8 mil pessoas, o Campo Grande venceu o Oriente de Santa Cruz por 2 a 1. No ano de 1978, ocorreu uma reforma para ampliação do estádio, passando a comportar 22.500 pessoas. Para muitos, o ano de 1978 é a "verdadeira" data de inauguração do Ítalo Del Cima.

A primeira imagem é do estádio ainda com sua capacidade reduzida; a segunda imagem é uma maquete da ampliação do estádio.
Fonte das imagens: Face Recordar é viver novamente.

    O recorde de público ocorreu no dia 20 de abril de 1982, quando 16.842 espectadores testemunharam a vitória do Campusca por 3 a 0 sobre o CSA, na decisão da Taça de Prata daquele ano, com o Galo da Zona Oeste tornando-se campeão. 
    O estádio já recebeu outros jogos interessantes através de sua história: em 1986, foi palco de um amistoso entre Campo Grande e a seleção da Indonésia, que excursionava pelo Brasil. 3 a 0 para o Campusca; em 1990, o Campo Grande jogou em casa com a seleção brasileira sub 20, à época em preparação para o Sul americano da categoria. 1 a 0 para a seleção canarinho, gol de Bismarck, ex jogador do Vasco da Gama; em 1992, devido à ausência do Maracanã no campeonato carioca, um Fla-Flu acabou acontecendo no Ítalo Del Cima: 1 a 0 para o tricolor das Laranjeiras, com gol do "super" Ézio; em 1994, o estádio recebeu outro clássico carioca, desta vez um Botafogo e Vasco, com o alvinegro vencendo por 3 a 2. Esse jogo foi válido pela Copa Dener, em homenagem ao atacante falecido naquele mesmo ano. Outros jogos da competição também ocorreram no Ítalo Del Cima. 
    Além disso, o estádio foi palco de revelação de grandes jogadores, como Dadá Maravilha, Valdir Bigode, entre outros, além de ter presenciado o início de carreira de um dos grandes treinadores brasileiros: Vanderlei Luxemburgo. 
    E assim o Ítalo Del Cima, que também já foi literalmente palco de grandes shows, como Legião Urbana, Paralamas do sucesso, Fagner, Mamonas Assassinas, entre outras atrações, além de ter sido cenário de filmes como "Heleno de Freitas", continua sua trajetória, sonhando com a volta de seus dias de glória.




Fonte das imagens: Face Recordar é viver novamente. A primeira: Jornal dos Sports, 21 de abril de 1982.
Fonte consultada: Face Campo Grande A C





quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Campo Grande: Quantos anos?

   A imagem acima refere-se à uma edição do Jornal Patropi, de junho de 1980. Entre algumas notícias e fatos do bairro de Campo Grande e adjacências, como uma crítica ao Calçadão de Campo Grande, à época criado a pouco tempo, e a estreia do Campo Grande Atlético Clube na Taça Rio, uma chama atenção na parte de baixo do Jornal: trata-se de uma possível data de aniversário do bairro. A reportagem comunica o seguinte:
    "Campo Grande o futuro econômico do Rio
       Comemore com o Patropi no dia 26 de junho, o 307° aniversário de Campo Grande. Nesta data circulará uma edição especial que analisará as perspectivas econômicas, educacionais, políticas e a qualidade de vida da década de 80".

    Na manchete cita que o bairro, em 1980, fazia 307 anos. Sendo assim, como que em 2019, e em novembro, não em junho, Campo Grande comemorou 416 anos? A conta não bate.
    A questão é que Campo Grande não tem uma data oficial de fundação, já que o bairro foi sendo povoado aos poucos. A data que comemora o aniversário do bairro no Jornal Patropi é referente a criação da Capela de Nossa Senhora do Desterro, ainda em Bangu, em 1673. A igreja citada depois "migra-se" para as terras do atual Campo Grande e se torna a Matriz do bairro. Por isso, a reportagem de 1980 afirma 307 anos, fazendo referência à data de criação da capela que seria a igreja símbolo do bairro de Campo Grande. Já uma outra versão histórica afirma que o bairro começou sua história em novembro de 1603, após uma doação de sesmarias. Aí a justificativa de comemorar 416 anos em 2019.
    Além dessas possíveis datas de "começo" do bairro, ainda existe uma outra que é a criação da Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, em 1755 ou 1757, a qual alguns historiadores afirmam que esse é o verdadeiro início do bairro.
    O fato é que Campo Grande não tem uma data específica de surgimento, podendo ser consideradas todas citadas acima, e talvez até outras. Mas, o importante é constatar que o bairro possui muita história para contar, através de seus séculos e mudanças eternizados pelo tempo.
     
Fonte consultada: Jornal Patropi, edição 255, semana de 07 a 13 de junho de 1980.
Pesquisa: Carlos Eduardo de Souza.