quarta-feira, 30 de março de 2016

A Taça de Prata é nossa

Fundado no dia 13 de junho de 1940, o Campo Grande Atlético Clube, conhecido também como galo da Zona Oeste, disputou seu primeiro jogo pelo estadual em 1962, no Maracanã, vencendo o Botafogo por 1x0. Uma observação: o mascote do clube, o galo, se deve ao fato de que o clube foi o 13° a se profissionalizar (ou será pelo fato de ter sido fundado no dia 13?). O número 13 representa o galo no jogo do bicho. Seu primeiro título foi o Troféu José Trócoli, em 1967, disputado por times que não haviam se classificado para o segundo turno do estadual.
Nesse período, figurava no elenco Dadá Maravilha, vendido ao Atlético Mineiro logo em seguida.



Porém, sua maior conquista aconteceu em abril de 1982, quando o clube conquistou a Taça de Prata, vencendo o CSA de Alagoas. Depois de perder a primeira partida por 4x3, na casa do adversário, o campusca venceu a segunda partida em casa por 2x1, forçando a terceira. Diante de um público de mais de 18.000 espectadores, no Ítalo Del Cima, seu estádio, o Campo Grande venceu o CSA por 3x0, sagrando-se campeão da Taça de Prata (equivalente à série B do brasileiro atualmente).
O estádio citado acima é um dos patrimônios do clube, inaugurado na década de 1960 e reinaugurado em 29 de outubro de 1978, em um jogo do clube contra o Flamengo. Situado na Rua Artur Rios, o estádio já teve capacidade para 25 mil torcedores, comportando atualmente 18 mil.
Depois da conquista, o clube passou o restante da década de 1980 oscilando no futebol carioca. No início da década de 1990, no ano de 1991, o clube conseguiu uma boa colocação no campeonato carioca, ficando em 5° lugar. Porém, em 1995, o clube caiu para a segunda divisão estadual, e de lá pra cá, até pouco tempo, alternando entre a segunda e a terceira divisões, deixando até de participar de qualquer divisão em alguns anos. Feliznente, o clube vem se reestruturando e conseguindo acessos no campeonato carioca, aspirando voltar aos seus melhores dias.


terça-feira, 29 de março de 2016

Marcas do tempo

Abaixo, duas fotos, de épocas diferentes, do mesmo local em Campo Grande

 Primeira foto. Fonte: Face Antigo Campo Grande
 Segunda foto. Crédito: Carlos Eduardo de Souza

O local exato diz respeito à Avenida Cesário de Melo, em Campo Grande, próximo ao hospital Rocha Faria.
No local atualmente encontra-se uma estação de BRT.
Ao fundo, uma peça em ferro fundido do século XIX, fonte de inspiração religiosa, lembrando um paramento batismal.

domingo, 20 de março de 2016

Viaduto Alim Pedro




           Em 1957, é inaugurado o Viaduto Alim Pedro, no bairro de Campo Grande, sob a gestão da administradora regional  Elza Osborne, engenheira que hoje é homenageada dando nome à Lona cultural do bairro.
             Também chamado de Viaduto Velho (depois da inauguração de um outro viaduto no bairro), este liga a Estrada Rio do A à Estrada do Monteiro e Avenida Cesário de Melo, passando sobre a linha férrea que liga Santa Cruz à Central do Brasil.

sábado, 5 de março de 2016

Campo tempo Grande

O tempo inteiro andamos com o tempo.
Tempo pra chegarmos à casa a tempo,
tempo pra estudar, pra dormir, pra comprar...
Afinal, tempo é dinheiro.

O fluxo dos automóveis, o vai e vém das pessoas,
o tic-tac do relógio marcando o compassso,
o progresso que chega...
e vai-se o tempo.

Antigamente,
no horizonte se via o bonde,
agora é de ônibus, trem e BRT
que se anda em Campo Grande.

Foi-se o tempo que Campo Grande era uma ilha
"a milhas e milhas de qualquer lugar".
Já não é mais tempo de acreditar que Campo Grande
está "longe demais das capitais".

O tempo é passageiro,
a memória é permanente,
que guarda pra gente,
o futuro, passado e presente.

A população cresce com o tempo,
que fica quase sem tempo pra tudo.
Tudo fica mais rápido...
Estradas, túnel, viaduto.

Da Serrinha
ainda se vê um pouco do passado,
mesmo com o avanço
e o passa-passa dos "mata-sapos*".

Da Desterro a Santana,
se gasta um tempo (que não volta mais),
e do tempo dos laranjais
restou apenas monumento.

Movimento que não para com o tempo,
tempo que não para de passar.
O tempo não para nem no centro,
no Calçadão, nem no Rio da Prata.

As marcas dos trilhos
já não estão mais aqui.
Agora a ordem é o progresso,
Cabuçu, Vila Nova, Tingui...

Da estrada velha e empoeirada
só ficaram as marcas do passado.

O avanço abre passagem para a Brasil,
avenida que assim continua seu caminho
rápido para uns,
necessariamente lento e viril para mim...

Você e outros passageiros da lembrança,
desde a infância até algum dia que virá
das cinzas das indústrias,
ou do verde do Mendanha,
de lá pra cá em um instante,
com o tempo em Campo Grande.

*Termo utilizado por antigos habitantes das áreas rurais de Campo Grande para designar os ônibus, que ao circularem por essas áreas, atropelavam animais típicos dessas regiões, entre outros, sapos.

Texto de Carlos Eduardo de Souza