quinta-feira, 30 de janeiro de 2025

Gênese dos sobrenomes mais comuns no Brasil de origem portuguesa

 

    No Brasil, por ter sido colônia de Portugal por séculos, é muito comum encontrarmos diversos sobrenomes que, direta ou indiretamente, possuem raízes portuguesas. Até hoje, os sobrenomes de origem lusitana predominam nas famílias brasileiras. É bom ressaltar que, a partir do século XIX, sobrenomes de outras partes da Europa começam a aparecer com mais frequência, como espanhóis, alemães e italianos; já no século XX, outros grupos surgem com força, como os sírio libaneses, japoneses, entre outros.

    Todavia, como citado anteriormente, até hoje, os sobrenomes predominantes são os de origem portuguesa. Alguns aparecem em destaque, como o "Silva", o mais popular do Brasil, derivado do latim, significando selva, floresta ou bosque. Esse sobrenome foi muito difundido durante a colonização, com os colonizadores portugueses acrescentando "Silva", indicando que estes estavam no interior. Além disso, muitos indígenas adotaram o sobrenome Silva, ao serem catequizados, associando à selva; também muitos escravizados, após a abolição da escravatura, incorporaram o "Silva" no registro, utilizando o sobrenome dos seus antigos donos; e por fim, segundo pesquisas, houve um certo costume, já no século XX, que o filho bastardo que não tivesse o nome do pai na certidão de nascimento, acrescentava o sobrenome Silva. Não à toa, há um rap que cita: "Era só mais um Silva...".

    Outros sobrenomes portugueses também se destacam em nossa sociedade como:

 ° Santos, de origem portuguesa e espanhola, sendo um sobrenome religioso, é o segundo que mais aparece no Brasil;

º Oliveira, que faz referência à árvore que fornece azeitona, muito comum em solos lusitanos:

º Souza ou Sousa, ambos derivam do latim "saxa", o qual significa rocha. Este sobrenome já foi muito adotado pelos cristãos novos, judeus que se convertiam ao catolicismo;

º Pereira, remete à árvore da pera, popular em Portugal. No início, foi muito utilizado pelos nobres portugueses, se popularizando depois. Também foi muito utilizado pelos cristão novos no Brasil colônia;

º Ferreira, de origem portuguesa e espanhola, possui raízes do latim ferraria, significando jazida de ferro, adotado pela população que habitava em locais próximos à mineração ou algo ligado a ferro. Alguns apontam que a origem pode estar atrelada a Herrera, do reino de Castela;

º Rodrigues, significa filho de Rodrigo, de origem espanhola, na forma "Rodríguez". No Brasil, estabeleceu-se com os portugueses através das Capitanias Hereditárias;

º Alves, Deriva de Álvaro, inicialmente sendo usado pelos "filhos do Senhor Álvaro";

º Lima, de origem portuguesa e galega, região do norte da Espanha, inicialmente utilizado por pessoas que viviam na região do rio Lima, cujo nasce na Espanha e deságua em Portugal;

º Almeida, de origem árabe e portuguesa, vem do termo árabe almeda, significando "o glorioso", ou "a glória". O sobrenome é associado ao Castelo de Almeida, tomado dos mouros, significando assim, um símbolo de vitória para os portugueses;

º Ribeiro, do latim ripariu, significa "rio pequeno", se referindo à famílias que viviam próximas a rios. No Brasil, foi adotado em grande quantidade por escravizados africanos e indígenas;

º Costa, se referia à famílias que habitavam próximas ao litoral. No Brasil, é associado aos imigrantes que se estabeleceram no litoral, ao contrário das famílias que foram para o interior, que adotaram o Silva;

º Nascimento, sobrenome religioso, inicialmente aplicado a pessoas nascidas na data do Natal ou próximo a ela;

º Gomes, de origem portuguesa e galega, pode ter sua origem vinculada a "Gomoarius", que significa "homem de guerra". No Brasil, se popularizou a partir do século XVII. 


Fonte da Imagem: São Vicente na Memória;

Fontes consultadas: São Vicente na Memória;

https://www.threads.net/@viagempassado/post;

revistagalileu.globo.com


domingo, 12 de janeiro de 2025

A estreia do Campo Grande no campeonato carioca

 

O ano de 1962 marca a estreia do Campo Grande Atlético Clube entre os times profissionais do Rio de Janeiro. Desde sua fundação, o clube só havia disputado torneios, campeonatos amadores, amistosos e o Departamento Autônomo de futebol do Rio de Janeiro. 
Até que no ano 1962 o Campusca se junta aos times da elite do futebol carioca. E pra surpresa de muita gente, não foi uma estreia qualquer. O Galo da Zona Oeste simplesmente, em sua primeira partida pelo campeonato carioca de sua história, vence o Botafogo por 1x0 no Maracanã. 
A partida foi realizada no dia primeiro de julho do ano já citado, um domingo. O gol foi marcado por Nelsinho, aos 28 minutos do primeiro tempo. 
Para essa temporada, o Campo Grande contou com alguns jogadores experientes, como o goleiro Barbosa, goleiro vice campeão do mundo pela seleção brasileira em 1950, o meia Dequinha, com passagem pela seleção brasileira, e Décio Esteves, também com passagem pela seleção. 


 A escalação do Campo Grande em seu primeiro jogo pelo Cariocão contra o Botafogo foi a seguinte:
Barbosa, Atila, Viana, Guilherme e Darci Santos; Dequinha e Adilson; Nelsinho, Domingos, Décio Esteves e Roberto Peniche.
Na preliminar, o Botafogo venceu o Campo Grande por 4x1, pelo campeonato carioca de aspirantes.
Antes de estrear no campeonato carioca, o Campusca disputou, no mesmo ano, o Torneio Início, tradicional competição que abria os campeonatos estaduais, com partidas de tempo reduzido e com duração de um dia. Nesse torneio, realizado no dia 24 de junho, o Campo Grande venceu o Madureira por 1x0, e na sequência foi eliminado pelo Vasco por 1x0. O Torneio foi realizado no Maracanã. 
Com 13 participantes, o Campo Grande terminou o campeonato carioca na 9° colocação, com cinco vitórias, sete empates e doze derrotas.


A campanha completa foi:

PRIMEIRO TURNO 

Campo Grande 1x 0 Botafogo;
Madureira 1x1 Campo Grande;
Canto do Rio 1x1 Campo Grande;
Campo Grande 3x1 São Cristóvão;
America 1x1 Campo Grande;
Fluminense 1x0 Campo Grande;
Flamengo 2x0 Campo Grande;
Bonsucesso 3x2 Campo Grande;
Campo Grande 0x1 Portuguesa;
Campo Grande 2x0 Olaria;
Bangu 3x2 Campo Grande;
Vasco 7x0 Campo Grande. 

SEGUNDO TURNO

Botafogo 2x0 Campo Grande;
Campo Grande 0x1 Madureira;
Campo Grande 2x0 Canto do Rio;
São Cristóvão 3x2 Campo Grande;
Campo Grande 2x2 America;
Campo Grande 0x4 Fluminense;
Campo Grande 0x5 Flamengo;
Campo Grande 0x2 Bonsucesso;
Portuguesa 1x2 Campo Grande;
Olaria 2x2 Campo Grande;
Campo Grande 2x2 Bangu;
Campo Grande 3x3 Vasco.

Fontes consultadas:
Fotos: Revista do Esporte (RJ);
Jornal dos Sports;
Correio da Manhã;
Diário de Notícias;
Blog história do Futebol.




sexta-feira, 3 de janeiro de 2025

Os significados dos nomes dos bairros do Rio de Janeiro

 

Por que Campo Grande se chama Campo Grande? E Inhoaíba, é nome indígena? E Cosmos, será que tem a ver com algo do universo?
    Abaixo, acesse o link e descubra os significados dos nomes dos bairros do município do Rio de Janeiro. 





Fonte: Portal MultiRio. Por professor Luciano Mannarino. 

quinta-feira, 2 de janeiro de 2025

Os limites do bairro de Campo Grande

 

 Fronteira, divisa e limite possuem o mesmo significado? Não necessariamente. Trata-se de conceitos geográficos que indicam separações de áreas geográficas, os quais são definidos da seguinte forma:

° Fronteira: É a separação de países, como exemplo, a fronteira entre Brasil e Argentina. Trata-se de uma faixa de demarcação entre dois ou mais países, podendo incluir área política, física, cultural, entre outras;

° Divisa: É a separação de estados, unidades federativas e afins. Exemplo: Divisa entre os estados do Rio de Janeiro e São Paulo;

º Limite: Separa cidades, municípios. Exemplo: Limite entre os municípios do Rio de Janeiro e Itaguaí.

Nesse contexto, há também o perímetro urbano, uma linha imaginária que delimita a área urbana de um município, separando-o da zona rural.

Quando o assunto é bairro, costuma-se usar o termo limite para separá-los. No mapa acima, de divisões dos bairros do município do Rio de Janeiro, temos, entre outros, o bairro de Campo Grande, representado pelo número 144. Observando o mapa, Campo Grande limita-se com muitos outros bairros, inclusive até com um município. Os bairros que fazem limite com Campo Grande são: Santíssimo, Vasconcelos, Cosmos, Inhoaíba (esses, juntos com Campo Grande, fazem parte da Região Administrativa de Campo Grande), Paciência, Guaratiba, Vargem Grande, Senador Camará, Bangu e um pequeno "entroncamento" com Jacarepaguá. Além disso, limita-se também com o município de Nova Iguaçu.



Região Administrativa de Campo Grande