Joaquim José da Silva Xavier nasceu a 16 de agosto de 1746, na Fazenda do Pombal, Minas Gerais. Personagem de um capítulo muito relevante em nossa história, a Inconfidência mineira, no período de dominação portuguesa, o mesmo fez parte de um grupo de intelectuais que pretendiam prepararam um movimento de libertação, quando ocorresse a cobrança de impostos atrasados (a derrama) anunciada pelo governo.
Porém, descoberta a conjuração, os insurretos foram presos. Tiradentes enforcado a 21 de abril de 1792.
Todavia, os fatos históricos são rodeados de versões, teorias e hipóteses que, comprovados ou não, permeiam o imaginário e se reproduzem através dos tempos. E com Tiradentes não foi diferente.
Segundo o escritor e jornalista André Luis Mansur, há uma especulação que envolve o inconfidente, o qual poderia ter fugido da condenação, tendo passado pelas terras de Campo Grande. Isso mesmo! Tiradentes poderia ter visitado o bairro da Zona Oeste!
No livro "O Velho Oeste Carioca, volume II", no capítulo intitulado "Tiradentes em Campo Grande?", Mansur cita:
"Tiradentes tinha uma carta de apresentação para entrar em São Paulo, de onde pretendia voltar a Minas e se juntar aos demais inconfidentes. Para chegar a São Paulo sem passar pelo movimentado Caminho Novo da Serra da Mantiqueira, principal comunicação entre as duas capitanias, o único caminho seria pela Zona Rural, atravessando a Estrada Real de Santa Cruz, ou seguir por outra via, como especulado nos arrazoados oficiais dos Autos da Devassa, processo que reuniu todos os documentos de investigação e julgamento dos inconfidentes. 'Tiradentes devia escapar na noite de 10 de maio, contornando a baía por terra através de Campo Grande ' (Autos da Devassa da Inconfidência mineira, vol. VIII, Herculano Gomes Mathias - sup. da edição ".
O que teria acontecido se Tiradentes tivesse passado por Campo Grande? Teria o bairro da Zona Oeste mudado os rumos da história?
E assim o inconfidente, acusado de traição, inimigo do Brasil colônia de Portugal, herói, mártir e feriado nacional no Brasil República, de uma forma ou de outra, acabou despertando o imaginário da antiga Zona Rural, um dia Sertão Carioca.
Fontes consultadas:
Mansur, André Luis. "O Velho Oeste Carioca, volume II. 2011, Rio de Janeiro.
Meu Livro de pesquisas - Edições Castor.
Excelente registro histórico para o dia de hoje! Parabéns!
ResponderExcluirBom dia, meu amigo. Muito obrigado. Um grande abraço.
ExcluirA julgar pela sua condição de fugitivo da Coroa Portuguesa, provavelmente, ao passar por nossa região, o faria travestido de comerciante, caixeiro-viajante ou mesmo um "forasteiro desconhecido".
ResponderExcluirEntretanto, a hipótese levantada é algo bastante interessante.
1 abraço!
Cláudio Gomes
Bom dia, compadre. Com certeza isso é dos pontos que mais fascina na história: o Campo da hipótese, o famoso "se". Muito obrigado pela visita ao blog. Um grande abraço.
ExcluirBoa tarde! Acredito que ele passaria desapercebido. Porém, se tivesse escapado, nossa história teria sido outra, embora sem garantias de que a revolução daria certo.
ResponderExcluirBoa noite, Rodrigo. É aquela velha máxima do "se", que, direta ou indiretamente, rodeia a história e mexe com nosso imaginário. Muito obrigado pela visita ao blog. Um grande abraço.
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