Localizada no ponto mais central do bairro de Campo Grande, no Calçadão, a praça Dr. Raul Boaventura - "colada" com a sempre muito movimentada Rua Coronel Agostinho e com a estação ferroviária - homenageia uma figura muito relevante da região. O mesmo fundou a primeira casa de saúde em Campo Grande. Também foi o primeiro diretor do Dispensário de Campo Grande da Secretaria de Saúde.
A praça já foi conhecida como Três de Maio, mudando de nome mais tarde.
Assim como Raul Boaventura, outros médicos também já se destacaram no bairro de Campo Grande, como Dr. Aarão; Dr. Augusto Vasconcelos, também deputado federal e senador; Dr. Barbosa (Francisco Alves Barbosa), pai do Dr. Mario Barbosa; Dr. Clementino Fraga, o qual dava consultas na Farmácia Luzes; Dr. Djalma Costa da Silva, diretor do Hospital Rocha Faria; Dr. José de Castro, secretário de Saúde da Administração Regional de Campo Grande, entre muitos outros que contribuíram com a saúde na antiga Zona Rural.
Fonte consultada e imagem: "Campo Grande ", de Moacyr Sreder Bastos .
Parabéns pela postagem!
ResponderExcluirObrigado, meu amigo.
ExcluirA Praça Dr Raul Boaventura sempre em constante mudanças. Sou de uma época em que os carros de aluguel ali esperavam quem chegava de trem, para conduzir os passageiros aos locais solicitados. Onde hoje funciona algum comércio de roupa, na esquina com a Coronel Agostinho, um bar antigo abrigava os motoristas dos carros de aluguel, bem como pessoas de todas as camadas sociais e profissionais, sempre um lugar com um cafezinho servido em pequenas xícaras brancas e extremamente quentes. Ali, qualquer informação era conseguida, pois todos eram conhecedores da região de Campo Grande.
ResponderExcluirJá na década de 70, os carros de aluguel deram lugar aos ônibus, na calçada da Rede Ferroviária, que iam para Barra de Guaratiba, Pedra de Guaratiba, Ilha de Guaratiba. Logo depois os ônibus foram para a Rua Augusto Vasconcelos, em frente a extinta Casa Cruz, e a praça passou a abrigar os táxis.
Já da década de 80, abriram passagem pela Rua Engenheiro Trindade e os taxistas mantiveram o ponto, esticando para a Rua Augusto de Vasconcelos, pois os ônibus havia sido realocados para a Rodoviária de Campo Grande, construída nos últimos anos da década de 70.
A Praça Dr Raul Boaventura viu muitos Carnavais também, além de padarias, açougues, Casas de Móveis e Casas Dux, onde podíamos ver o dia inteiro a presença de jovens atrás de discos em vinil, compactos e Long Plays...
Ali, naquele point de jovens, muitos casais se conheceram, com gostos musicais iguais ou diferentes.
Numa época em que não havia computadores nem celulares, os Correios funcionavam a todo vapor, com correspondências amorosas, internacionais e outros.
A banca de jornais que ficava na saída do túnel era a alegria da gurizada, que corriam para comprar figurinhas dos famosos álbuns que eram distribuídos nos colégios públicos e particulares.
Em 1970 o álbum BRASIL MINHA PÁTRIA foi, talvez, o mais cultuado, já que trazia entre inúmeras curiosidades científicas e históricas, fotos da Seleção de 70 - Tri-Campeã e o elenco da novela Irmãos Coragem, de Janete Clair, responsável por atrair o público masculino para os telerromances, já que abordava o Futebol e a trama de Bang Bang no interior de Goiás.
Passando hoje, quase nada lembra a praça antiga, pois até as fachadas dos prédios antigos foram cobertas por placas modernas de comércios vários.
Antes, um ponto de encontros, com espaços na calçada ou nos comércios simples, a praça deu lugar a uma trânsito intenso controlado por semáforos, e um tráfego humano de passantes misturado a camelôs e filas imensas dos Correios, típico de cidades grandes e desordenadas.
Aos domingos, entretanto, ainda podemos ver uma calmaria, algum espaço e a bela calçada com símbolos de Campo Grande, o galo e círculos emblemáticos, saudando o passado dessa terra tão querida, que um dia também foi sustentada por granjas espalhadas, principalmente pela Estrada do Mato Alto.
A laranja foi exportada assim como o frangos e ovos de Campo Grande.
Mas isso só fica nas memórias afetivas de quem ainda guarda com carinho a importância da história local.
Nossa, que lindo...!
ExcluirO que seria de nós se não fossem essas memórias!
Sinto por essa juventude ter uma vida tão corrida e não ter tempo para sentar e desfrutar de histórias como essa...e aos poucos, nossa rica memória indo embora!
Muito obrigado pela visita ao blog. Com certeza, é muito importante conservarmos as memórias de nossa região, para mantermos viva toda nossa história. Um grande abraço.
ExcluirMuito bom, esse documentário e verdadeiro essa era uma época boa em que nós moradores tivermos o privilégio de usufruir, bons tempos que ficará na história.
ResponderExcluirBom dia. Verdade. Tempos que não voltam. Muito obrigado pela visita ao blog.
ExcluirFale sobre a esquina do Pecado, por favor.
ResponderExcluirOu esquina do pescado...
Boa Noite, Ana. Sobre esse assunto, meu amigo Walace Postiga já postou um artigo na página dele, denominada "Campo Grande: o maior bairro do Brasil ". Um grande abraço.
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