Rua Viúva Dantas, há muitas décadas. Fonte: Jornal Patropi, 21 de janeiro de 1983.
Localizada no chamado centro de Campo Grande, sendo realmente uma das ruas mais centrais do bairro, a Rua Viúva Dantas já foi conhecida como "Rua dos namorados", por causa da grande quantidade de casais que passavam pelo local à tarde.
Segundo moradores mais antigos, a Rua Viúva Dantas foi criada através da urbanização de uma fazenda, propriedade do agricultor Miguel de Oliveira Noronha, na qual existia uma produção de frutas, destacando-se as laranjas, além de batata e mandioca. Segundo o filho do agricultor, a área acabou vendida porque a produção não era satisfatória. Assim foi construído um complexo de ruas, com a Viúva Dantas sendo a maior.
No local também sempre se destacaram as árvores, destacando-se em especial, segundo um morador, um certo pé de tamarindo, o qual fazia a alegria da garotada, além dos pés de mangas.
A movimentada rua acaba sendo uma espécie de "emenda" com a Rua Coronel Agostinho, onde localiza-se o Calçadão de Campo Grande. Há bastante décadas, a Viúva Dantas abrigava alguns bares, além de casas comerciais (estas últimas até hoje). O famoso Clube dos Aliados, por muito tempo fez parte do cenário da rua. Após a inauguração da unidade campestre, na Estrada do Mendanha, a função do prédio que abrigava o clube mudou. Mas ainda é possível avistar no alto do mesmo prédio o nome e o símbolo do clube.
Nos antigos bares era comum pessoas de diversos pontos de Campo Grande se reunirem para falar de política, carnaval e da situação geral do bairro. Um desses bares era o Dib's, frequentado por motoqueiros e motoristas daqueles carros "envenenados", que dali partiam para os famosos "pegas", principalmente para os realizados na Grota Funda, no Recreio dos Bandeirantes. Outros bares completavam a paisagem, como o Simpatia e o Bar do Leleu (depois chamado de Cantinho Seresteiro), considerado na época como o auge do chorinho, muito procurado após às 18 horas por frequentadores que iam para cantar e tocar sucessos de Pixinguinha, Waldir Azevedo e outros feras do choro.
Com o passar do tempo, a Viúva Dantas continuou seu processo de evolução, com o aumento do comércio e dos serviços, consolidado com a inauguração do Passeio Shopping, em 2000, colocando definitivamente o local como um dos principais do bairro de Campo Grande.
Fonte: Jornal Patropi, 21 de janeiro de 1983.
Artigo baseado na matéria do mesmo.
Mas afinal quem foi a Viúva Dantas ? Parabéns pelo trabalho professor
ResponderExcluirBoa tarde, meu amigo. Muito obrigado pela visita. Sobre o assunto, pesquisei muito sobre quem foi Viúva Dantas. Achei possíveis relações com alguns homens importantes da região com o sobrenome Dantas, mas infelizmente não consegui fazer a ligação dos nomes. É provável que a mesma foi casada com algum homem importante da região da família Dantas. Continua a pesquisa.
ResponderExcluirNão sei quem foi a viúva Dantas! Mas, Miguel de Oliveira Noronha foi meu bisavô e Meneleu de Oliveira Noronha, foi meu avô Leleu. Eu cresci nesse ambiente. Muito obrigado pelo presente involuntário. Realmente, emocionante!
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita. Volte sempre ao blog.
ExcluirSaudades da minha vida
ResponderExcluirLegal ,eu nem sabia o nome do meu Biz avó.
ResponderExcluirE vocês sabiam que nosso Biz avó era de Portugal?
Da cidade Ilha da Madeira