A imagem acima foi feita pelo cartunista Elder, durante minha participação em um WorkShop cultural, no qual palestrei sobre o bairro de Campo Grande e meu livro, "A evolução econômica e populacional de Campo Grande". O autor da charge mostra um caos urbano no bairro, com engarrafamentos, tumulto e uma pessoa, no meio da multidão, perguntando: - O que ele quer dizer com evolução populacional?
Considero a charge fantástica, principalmente por levantar um excelente debate sobre o assunto: O que é exatamente evolução? Evolução é essencialmente algo positivo? Pode-se responder a essas questões com outras perguntas: Desde quando evolução é essencialmente progresso? Desde quando progresso significa algo positivo?
A respeito do assunto, o livro busca exatamente esta reflexão. A evolução a qual o livro trata é de uma transformação, não necessariamente positiva ou negativa. Trata-se de uma mudança de uma zona rural para uma urbana em expansão, com alguns pontos agrícolas importantes ainda na paisagem.
É notório a mudança da estrutura econômica, socioespacial e populacional do bairro, considerado o mais populoso do município do Rio de Janeiro, ainda no século XIX, por exemplo, com a chegada de trens e bondes, ligando o bairro a outras áreas, aumentando assim o fluxo populacional. Já no século XX, há a consolidação do comércio (inauguração do calçadão, na Rua Coronel Agostinho, e do Mercado São Braz), a chegada das indústrias, da especulação imobiliária, entre outras. Isso também ocorre em outros bairros da Zona Oeste, que já foi a Zona Rural do Rio, ou Sertão Carioca.
Com isso, é claro, não fugindo à regra da urbanização, surgiram também os chamados problemas urbanos, como a poluição, a violência, a questão populacional, já que houve uma opção por parte do governo do Rio, principalmente a partir da década de 1960, em orientar o crescimento populacional rumo à Zona Oeste, porém sem serviços na mesma proporção, e os engarrafamentos, constantes em alguns pontos e horários específicos do bairro. A frota de veículos em Campo Grande aumentou de forma assustadora nos últimos anos. Reflexo disso é o crescente número de estacionamentos na região, sendo de todos os tipos e tamanhos, alguns abrigando espaços que já foram referência no bairro, como o que se encontra na Rua Augusto Vasconcelos, onde existiu o tradicional Colégio Belisário dos Santos. É bom lembrar que essa mesma rua já foi conhecida, pelos moradores do bairro, como a rua do jenipapo, devido à grande quantidade desse fruto que se via nessa paisagem. Hoje restam apenas alguns poucos exemplares, entre o vai e vem incessante da população e dos veículos.
Se isso tudo, aliado às construções de edifícios comerciais, mudando a paisagem campo-grandense, pode ser entendido como progresso, é uma outra questão. O fato é que a ordem no bairro é o progresso, mesmo que este venha acompanhado de evoluções ou involuções, de altos e baixos, de crescimento (ordenado ou desordenado), mas sempre sobressaindo a mudança. Aí, basta cada um ter o seu ponto de vista, ou encarar a ilusão de sua óptica.
Olá professor Carlos! Parabéns pelo blog, fico feliz por estar compartilhando um conteúdo tão importante sobre Campo Grande.
ResponderExcluirOnde encontro seu livro à venda?
Forte abraço!
Boa tarde, Leonardo. Infelizmente, meu livro não se encontra em livrarias, somente comigo. Me mande uma solicitação pelo face. Procure por Carlos Eduardo de Souza. Aí combinaremos. Muito obrigado pela visita ao blog e um grande abraço.
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Magnífico artigo que será utilizado no evento CAMPO GRANDE EM FOCO, no Colégio Estadual Professor Fernando Antônio Raja Gabaglia. Gratidão por compartilhar tantos artigos procedentes e relevantes.
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