terça-feira, 20 de agosto de 2019

Campo Grande numa fria

    Nos últimos anos, Campo Grande,  assim como outros bairros da Zona Oeste, como Bangu e Santa Cruz, vem apresentando temperaturas muito altas, em especial no verão. Relevo, urbanização, destruição de áreas verdes, entre outros fatores podem explicar os termômetros nas alturas. É claro que em décadas atrás, quando o bairro ainda era pertencente à chamada Zona Rural do Rio de Janeiro, as temperaturas eram mais amenas.
    Agora, dá pra imaginar uma temperatura de 4 graus em Campo Grande? Pois é, e isso aconteceu, como mostra a reportagem do Jornal O Patropi, de junho de 1979:


  Na reportagem, é citado o seguinte: "A onda de frio que assolou o Rio de Janeiro, na semana passada, em Campo Grande, chegou a 4 graus na madrugada de quarta-feira dia 30, e fez os campograndenses tirarem o velho capote do baú. O comércio também aumentou a venda de agasalhos, mas como o Rio só tem duas estações (Verão e calor) o sol reapareceu no sábado para felicidade das praias da região".
     É, nesse dia Campo Grande teve seu momento polar, entrando literalmente numa fria.

Fonte consultada: Jornal O Patropi, maio de 1979
Pesquisa de Carlos Eduardo e Daniele Ferraz

6 comentários:

  1. Segundo os especialistas, Campo Grande é o segundo lugar mais frio do Rio, perdendo apenas para o Alto da Boa Vista, quando fazem medição de temperatura. É também o segundo lugar mais quente, perdendo para Bangu.
    Bom, inúmeras vezes a temperatura já caiu bastante em Campo Grande.
    Infelizmente, temos apenas que documentar com artigos registrados em jornais e livros, mas acho que em 2011 ou 2012, eu e meu compadre vimos o relógio-termômetro da Estrada da Posse marcando 4ºC, às duas horas da madrugada, quando chegávamos de uma festa. Chegando à casa, no bairro Amanda, verifiquei o termômetro que enfeita minha estante, deixando-o por uns quinze minutos no quintal e realmente chegou a 4ºC. Dentro de casa, a temperatura havia chegado a 12 graus. Na Estrada do Carapiá costuma cair bastante também, nos dias gelados.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que legal, meu amigo. Muito bacana sua experiência de presenciar 4 graus em Campo Grande, em pleno século XXI,com toda urbanização. E a Questão do bairro ser ao mesmo tempo o segundo mais quente e o segundo mais frio é espetacular. Como sempre você enriquecendo meus artigos. Um grande abraço, meu amigo.

      Excluir
  2. Que fria.
    Engraçado,não lembro deste dia!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde, Francisco. Eu só acreditei porque eu mesmo pesquisei e vi no Jornal Patropi, na biblioteca de Campo Grande. Achei a informação espetacular. Muito obrigado pela visita ao blog. Um grande abraço.

      Excluir
  3. Nas décadas de 60 e 70, ainda tempos de muita agricultura e ainda dos laranjais, era comum nos meses de junho e julho fazer muito frio. Ao sairmos para a escola pela manhã e a noite. Quando passávamos pela Avenida Brasil, vindos de ônibus da cidade, ao passarmos por Parada de Lucas, já sentíamos a temperatura mais amena.Hoje está difícil.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Boa tarde, professor. Com certeza antigamente, com mais áreas verdes e menos urbanização, era mais fácil de presenciarmos temperaturas mais baixas. Hoje está bem mais difícil. Muito obrigado pela visita ao blog.

      Excluir