terça-feira, 12 de maio de 2020

A história da imprensa em Campo Grande

  Atualmente, as comunicações e informações são instantâneas, recebidas em variados aparelhos eletrônicos, num frenético ritmo típico da pressa contemporânea. Porém, isso não eliminou o gosto em muitas pessoas de ir à uma banca de jornal, folhear um periódico, e até mesmo fazer assinaturas do mesmo, até com esses estando disponíveis nas plataformas digitais.
     Sim, os jornais em papel continuam com seus valores e charmes, disputando ou mantendo seus espaços em meio às inovações tecnológicas. E já foram responsáveis até em amontoar pessoas à sua volta, em cenas que podem muito bem serem comparadas às pessoas que ficam ao redor de alguém com um smartphone nos dias de hoje.
     No Brasil, em 1808, com a chegada da Família Real, começava a circular a "Gazeta do Rio de Janeiro ", o primeiro jornal editado no Brasil, dirigido pelo frade Tibúrcio Rocha, publicado pela imprensa Régia, criada por D João VI. Antes disso, havia sido lançado o "Correio Brasiliense", meses antes, por Hipólito da Costa, mas não sendo considerado como o primeiro jornal brasileiro por ser editado na Inglaterra.
     No bairro de Campo Grande já circularam vários jornais, com os primeiros sendo: "Distrito Federal ", fundado e dirigido por Isaac Cerquinho; "Monitor Suburbano", de Jesse Tavares; "O Triângulo" e "A Renascença", dirigido por Norberto dos Santos; "A Voz" e "União Suburbana", dirigidos por Othon Costa e Newton Costa; "A Ação" e "Gazeta Rural", dirigidos por Helton Veloso, Moacyr Bastos e Orlando Carneiro; "O Campograndense", de Eloy Barreto; "O Triângulo Carioca ", dirigido por Vicente Antonio Perrota e "O Polígono", de João Batista da Silva. Lembrando que no ano de 1912 o "Jornal do Brasil " era representado na região por Abílio Corrêa Bastos.
     Com o passar do tempo, outros jornais e informativos continuaram a dar vida à imprensa em Campo Grande, como "Tribuna Rural", dirigida pelo jornalista Edgar Luiz Duque Estrada; o "Ponto de Vista", o "Jornal de Campo Grande ", o "Patropi", "O Amarelinho", o "Portal Zona Oeste" e alguns mais específicos, como "O Campusca ", destinado a notícias do Campo Grande Atlético Clube, e um que circulava na localidade do Tingui, denominado "O Tal", além de um "caderno Zona Oeste" que circulava semanalmente pertencente ao grupo "O Globo/Extra".
     E assim, de Gutemberg aos dias atuais, os jornais físicos continuam "pop", acessados e úteis, representando um papel ( literalmente, inclusive) importantíssimo entre todos os povos desse mundo globalizado.

Fontes consultadas:
"Campo Grande ", de Moacyr Sreder Bastos. 
"Meu Livro de Pesquisas", Edições Castor. 2°volume.

2 comentários:

  1. Parabéns pelo artigo excelente! Um resgate bem escrito sobre a imprensa em Campo Grande.
    Grande abraço!

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