sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Ebook "A evolução econômica e populacional de Campo Grande "

https://www.amazon.com.br/dp/B06XVP3LDH/ref=cm_sw_r_cp_awdb_t1_HsHbEbHMC83B3

    Acima, o endereço para o ebook de meu livro "A evolução econômica e populacional de Campo Grande ", pela Amazon.
    Trata-se de uma obra que aponta as transformações em vários aspectos pelas quais o bairro de Campo Grande passou e continua passando, citando os "ciclos econômicos" da cana de açúcar, do café e da laranja; o surgimento dos meios de transporte, como os bondes e a inauguração da estação ferroviária do bairro, chegando ao fortalecimento do comércio e das indústrias. 





quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

O intendente de Campo Grande

   A imagem acima destaca uma figura relevante do bairro de Campo Grande: Mário Monteiro Alves Barbosa. Médico e único intendente municipal que Campo Grande possuiu, Mário Barbosa nasceu no bairro da Zona Oeste em 23 de abril de  1893, sendo filho de Francisco Alves Barbosa e de D. Francisca Monteiro Alves Barbosa. 
    Formou-se em medicina, em 1920, pela escola de medicina do Rio de Janeiro. Foi eleito intendente municipal em 1926 e reeleito em 1929. A função de intendente municipal era próxima à da câmara dos vereadores, sendo chamada de Conselho de Intendência, composta por sete intendentes, eleitos por voto direto, sendo o presidente encarregado da função de prefeito, na época, do Distrito Federal, atual cidade do Rio de Janeiro. 
    Em 1930 Mário Barbosa afastou -se da política, e em 1933 foi nomeado para a Secretaria de Saúde e Assistência, tendo por 6 anos chefiado o Serviço de Assistência Rural, e depois, por 8 anos, foi diretor do Hospital Rocha Faria. Mais tarde ainda foi chefe do Centro de Saúde, até 1964, mesmo já estando aposentado.
    Casado desde 1927 com  D. Lúcia Arzua Alves Barbosa, este teve 5 filhos: o engenheiro rodoviário Mário, as professoras Leda e Lúcia e os engenheiros Gérson e Paulo.
  Mário Barbosa foi considerado cidadão benemérito de Campo Grande na gestão do administrador regional Mário Renato Câmara Lima dos Guaranys. Também foi homenageado com o nome de uma rua, através de uma iniciativa popular.
    Mário Barbosa faleceu em 1983, e hoje é homenageado dando nome à uma clínica, ao lado do Viaduto Alim Pedro.

 
    Fonte de pesquisa: Jornal Patropi
    Pesquisa: Carlos Eduardo. 
    

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Um título indigesto para Campo Grande


   Acima uma matéria do Jornal O Dia, de 19 de dezembro de 2019, sobre o aumento de casos de chikungunya no município do Rio de Janeiro. E uma parte da reportagem destaca o bairro que lidera esse horrível ranking: Campo Grande, com 2.645 notificações. 
    O bairro mais populoso do Rio também é o que tem a população mais atingida pela doença. Isto levanta algumas discussões sobre os motivos que levam a população do bairro a ficar tão vulnerável. 
    Um motivo que poderia ser levantado como hipótese seria o desaparecimento dos predadores naturais, principalmente os anfíbios. Com o progresso, vêm as construções e desmatamentos, acabando com vegetações, brejos e outros habitats de sapos, perereca e rãs. Isso é fato. O desequilíbrio ecológico pode provocar a proliferação de pragas, no caso, os mosquitos.
    Outras hipóteses também podem ser levantadas, como pouca conscientização por parte da população, descaso ou pouca atenção por parte do governo em relação à Zona Oeste, já que a região foi a que mais apresentou casos, com 19.117, entre outras.
    Vale a discussão e atenção para o fato por parte da população do bairro. Lembrando que com a chegada do verão, a tendência é o número de casos de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti aumentar, principalmente devido à água acumulada com as volumosas chuvas de verão.
    O Campo tem que ser grande, mas não para os mosquitos.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

O primeiro "shopping" a gente não esquece

  Em um natal muito distante, o bairro de Campo Grande apresentava como opção de atrações e diversões o shopping Campo Grande. Por muito tempo, o espaço comercial localizado na Avenida Cesário de Melo foi considerado o "shopping" do bairro.
    Acima um anúncio, estampado no Jornal Patropi, destaca o que o Shopping comercial de Campo Grande, construído na década de 1970, trazia como atrativos de Natal. Destacam-se personagens como Homem-Aranha, Batman, Pateta, Mickey, Donald, entre outros, além de Alice no país das maravilhas, os Três Porquinhos e outras atrações infantis.
    O anúncio ainda chamava a atenção para o que o "Shopping" tinha de melhor, ou, suas "modernas instalações": "estacionamento coberto, ar-condicionado, escadas rolantes, entrada pela Cesário de Melo e pela pracinha e as melhores lojas".
    E assim foi -se o tempo que o Shopping Campo Grande foi o único "Shopping" do bairro. Depois vieram os "outros" e aí é outra história. Mas ele continua lá, símbolo da passagem do tempo em Campo Grande, observando as transformações pelas quais o bairro sofre e continua sofrendo. 

Fonte consultada: Jornal Patropi. 
Pesquisa: Carlos Eduardo. 
    

terça-feira, 17 de dezembro de 2019

O estádio Ítalo Del Cima

  Localizado na Rua Artur Rios, o estádio Ítalo Del Cima, pertencente ao Campo Grande Atlético Clube, já viveu dias especiais.
    O nome do estádio vem do imigrante italiano Ítalo Del Cima, relevante comerciante da Zona Oeste do Rio. O mesmo cedeu um terreno para a construção do estádio. Na partida inaugural do estádio, quando suportava 8 mil pessoas, o Campo Grande venceu o Oriente de Santa Cruz por 2 a 1. No ano de 1978, ocorreu uma reforma para ampliação do estádio, passando a comportar 22.500 pessoas. Para muitos, o ano de 1978 é a "verdadeira" data de inauguração do Ítalo Del Cima.

A primeira imagem é do estádio ainda com sua capacidade reduzida; a segunda imagem é uma maquete da ampliação do estádio.
Fonte das imagens: Face Recordar é viver novamente.

    O recorde de público ocorreu no dia 20 de abril de 1982, quando 16.842 espectadores testemunharam a vitória do Campusca por 3 a 0 sobre o CSA, na decisão da Taça de Prata daquele ano, com o Galo da Zona Oeste tornando-se campeão. 
    O estádio já recebeu outros jogos interessantes através de sua história: em 1986, foi palco de um amistoso entre Campo Grande e a seleção da Indonésia, que excursionava pelo Brasil. 3 a 0 para o Campusca; em 1990, o Campo Grande jogou em casa com a seleção brasileira sub 20, à época em preparação para o Sul americano da categoria. 1 a 0 para a seleção canarinho, gol de Bismarck, ex jogador do Vasco da Gama; em 1992, devido à ausência do Maracanã no campeonato carioca, um Fla-Flu acabou acontecendo no Ítalo Del Cima: 1 a 0 para o tricolor das Laranjeiras, com gol do "super" Ézio; em 1994, o estádio recebeu outro clássico carioca, desta vez um Botafogo e Vasco, com o alvinegro vencendo por 3 a 2. Esse jogo foi válido pela Copa Dener, em homenagem ao atacante falecido naquele mesmo ano. Outros jogos da competição também ocorreram no Ítalo Del Cima. 
    Além disso, o estádio foi palco de revelação de grandes jogadores, como Dadá Maravilha, Valdir Bigode, entre outros, além de ter presenciado o início de carreira de um dos grandes treinadores brasileiros: Vanderlei Luxemburgo. 
    E assim o Ítalo Del Cima, que também já foi literalmente palco de grandes shows, como Legião Urbana, Paralamas do sucesso, Fagner, Mamonas Assassinas, entre outras atrações, além de ter sido cenário de filmes como "Heleno de Freitas", continua sua trajetória, sonhando com a volta de seus dias de glória.




Fonte das imagens: Face Recordar é viver novamente. A primeira: Jornal dos Sports, 21 de abril de 1982.
Fonte consultada: Face Campo Grande A C





quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Campo Grande: Quantos anos?

   A imagem acima refere-se à uma edição do Jornal Patropi, de junho de 1980. Entre algumas notícias e fatos do bairro de Campo Grande e adjacências, como uma crítica ao Calçadão de Campo Grande, à época criado a pouco tempo, e a estreia do Campo Grande Atlético Clube na Taça Rio, uma chama atenção na parte de baixo do Jornal: trata-se de uma possível data de aniversário do bairro. A reportagem comunica o seguinte:
    "Campo Grande o futuro econômico do Rio
       Comemore com o Patropi no dia 26 de junho, o 307° aniversário de Campo Grande. Nesta data circulará uma edição especial que analisará as perspectivas econômicas, educacionais, políticas e a qualidade de vida da década de 80".

    Na manchete cita que o bairro, em 1980, fazia 307 anos. Sendo assim, como que em 2019, e em novembro, não em junho, Campo Grande comemorou 416 anos? A conta não bate.
    A questão é que Campo Grande não tem uma data oficial de fundação, já que o bairro foi sendo povoado aos poucos. A data que comemora o aniversário do bairro no Jornal Patropi é referente a criação da Capela de Nossa Senhora do Desterro, ainda em Bangu, em 1673. A igreja citada depois "migra-se" para as terras do atual Campo Grande e se torna a Matriz do bairro. Por isso, a reportagem de 1980 afirma 307 anos, fazendo referência à data de criação da capela que seria a igreja símbolo do bairro de Campo Grande. Já uma outra versão histórica afirma que o bairro começou sua história em novembro de 1603, após uma doação de sesmarias. Aí a justificativa de comemorar 416 anos em 2019.
    Além dessas possíveis datas de "começo" do bairro, ainda existe uma outra que é a criação da Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, em 1755 ou 1757, a qual alguns historiadores afirmam que esse é o verdadeiro início do bairro.
    O fato é que Campo Grande não tem uma data específica de surgimento, podendo ser consideradas todas citadas acima, e talvez até outras. Mas, o importante é constatar que o bairro possui muita história para contar, através de seus séculos e mudanças eternizados pelo tempo.
     
Fonte consultada: Jornal Patropi, edição 255, semana de 07 a 13 de junho de 1980.
Pesquisa: Carlos Eduardo de Souza. 

sábado, 9 de novembro de 2019

Reportagem do bairro-cidade de Campo Grande

Abaixo, um artigo que fiz para a revista "Portal Zona Oeste ", explicando sobre o título honorário que Campo Grande recebeu em 1968: o de bairro-cidade de Campo Grande .



quarta-feira, 6 de novembro de 2019

A origem do Campo Grande Atlético Clube

   O bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, é representado no futebol pelo Campo Grande Atlético Clube. A história do clube remonta ao ano de 1908, ano da fundação do antigo Campo Grande Athletic Club, que disputava os campeonatos da Liga Metropolitana. Mais tarde, remanescentes desse clube criaram o Club Sportivo Campo Grande. Na década de 1930 o clube foi extinto, porém continuando o ideal da região de ter um representante no futebol.
     Voltando ao ano de 1916, um time chamado Paladino (não confundir com o outro Paladino, já existente na época no centro do Rio) estreou na localidade. O primeiro campo alugado localizava-se na rua Augusto Vasconcelos, tendo como primeiro presidente o Doutor Mário Barbosa, que tinha como objetivo a mudança do nome do clube para Campo Grande. 
    Na década de 1920 houve a fusão do Campo Grande Football Club com o Paladino Football Club, dando origem ao Campo Grande Athletico Club. Em 1926, o clube conquistou o Torneio Início do Rio de Janeiro, tradicional competição que durava um dia, numa espécie de abertura do campeonato regional. Em 1928, sagrou-se campeão da Liga Metropolitana, com um time que contava com jogadores como Modesto, Nauta, Nilo e Orlandini. Com a conquista, despertou-se olhares com mais atenção ao então sertão carioca.
      Porém, após esses triunfos veio a fase da decadência, com o time se desfazendo. Dez anos mais tarde voltou o pensamento local de possuir um time que representasse a localidade. Agora aproveitou-se a sede de um tradicional clube do bairro, à época localizado na rua Coronel Agostinho: Sociedade Musical Dez de Maio. Assim fundou-se oficialmente o Campo Grande, tendo como presidente Pedro Borim. O campo utilizado ficava na rua Campo Grande. Logo em seguida filiou -se à Federação Metropolitana de Futebol.
     Em 1945, cinco anos após a fundação,  que ocorreu em 13 de junho de 1940, sob a presidência de Helton Veloso, o clube passou a se localizar num terreno de propriedade do Coronel Artur Rios, comprado com a ajuda de Alfredo Del Cima, sobrenome que é homenageado no estádio do campusca: Ítalo Del Cima. 
     Depois de disputar por muitos anos o Departamento Autônomo, na década de 1960 o clube entra na fase de profissionalização. Em 1961 foi entrega à Federação de futebol do Rio de Janeiro o pedido de inscrição, através de João Ellis Filho. Em 1962 já estreava entre os grandes do Rio. 
     O Campo Grande conquistou 2 campeonatos do Departamento Autônomo, em 1953 e 1959, um Troféu José Trócoli, em 1967, entre outros títulos, como série de acesso do futebol carioca e torneios amistosos. Porém, o título mais importante do clube ocorreu em 1982, com a conquista da Taça de Prata, correspondente à série B do campeonato brasileiro. Além disso, chegou a ser vice de um Torneio Início do Rio de Janeiro em 1963, semifinalista da Copa São Paulo de futebol Júnior, em 1974, e obteve sua melhor colocação no campeonato carioca em 1991, ficando em quinto lugar. O clube também se orgulha de dois campeonatos cariocas femininos conquistados, em 2004 e 2008. 
     


Fontes consultadas:  Jornal Patropi, 1983.
Jornal O Imparcial, 18 de maio de 1924.

      

domingo, 27 de outubro de 2019

A sétima arte na Zona Oeste

  
Cena do filme "As aventuras amorosas de um padeiro".

  Acima verifica-se uma imagem do sub-bairro São Basílio, em Campo Grande, com seu tradicional campo de futebol, na década de 1970. 
    Trata-se de uma das cenas do filme "As aventuras amorosas de um padeiro", do ano de 1975, filmado em Campo Grande, Pedra de Guaratiba e Sepetiba, de Waldir Onofre, cineasta e ator brasileiro, sendo um dos primeiros cineastas negros do Brasil.   O filme ganhou o Kikito de ouro, um festival de gramado de 1976. 
     O filme em questão retrata os costumes típicos suburbanos (ou de áreas parecidas) do Rio de Janeiro, ficando entre o drama e a comédia, envolvendo mulher casada que não se sentia contemplada pelo marido, adultério, tentativa de flagrante, moralismo, racismo e elementos do candomblé. 
    Esse longa-metragem fez Waldir Onofre ganhar reconhecimento nacional e internacional, ainda atuando, ao longo de sua carreira, como ator e diretor assistente.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

O Pintor Rural

  No dia 18 de outubro comemora-se o dia de São Lucas, padroeiro dos médicos, dos pintores e dos artistas.  
    O cartaz abaixo mostra uma rede de lojas de tintas que marcou presença na Zona Oeste: o Pintor Rural.
Imagem. Fonte: Face Santa Paciência.

   O nome Pintor Rural pode ser considerado sugestivo, já que o mesmo possuia unidades em bairros da Zona Oeste e adjacências, como Bangu, Santa Cruz, Realengo, Padre Miguel, município de Itaguaí e principalmente Campo Grande, locais que num passado já foram conhecidos como Sertão Carioca e Zona Rural. O mesmo marcou uma relevante presença na região, sendo uma importante referência em vendas de latas de tintas e afins.
     Na imagem acima há uma homenagem dedicada aos pintores, no dia de seu protetor, São Lucas, exposta pela antiga rede.

quarta-feira, 16 de outubro de 2019

A Viúva Dantas de Campo Grande

Rua Viúva Dantas, há muitas décadas. Fonte: Jornal Patropi, 21 de janeiro de 1983.

    Localizada no chamado centro de Campo Grande, sendo realmente uma das ruas mais centrais do bairro, a Rua Viúva Dantas já foi conhecida como "Rua dos namorados", por causa da grande quantidade de casais que passavam pelo local à tarde.
    Segundo moradores mais antigos, a Rua Viúva Dantas foi criada através da urbanização de uma fazenda, propriedade do agricultor Miguel de Oliveira Noronha, na qual existia uma produção de frutas, destacando-se as laranjas, além de batata e mandioca. Segundo o filho do agricultor, a área acabou vendida porque a produção não era satisfatória.   Assim foi construído um complexo de ruas, com a Viúva Dantas sendo a maior.
    No local também sempre se destacaram as árvores, destacando-se em especial, segundo um morador, um certo pé de tamarindo, o qual fazia a alegria da garotada, além dos pés de mangas.
    A movimentada rua acaba sendo uma espécie de "emenda" com a Rua Coronel Agostinho, onde localiza-se o Calçadão de Campo Grande. Há bastante décadas, a Viúva Dantas abrigava alguns bares, além de casas comerciais (estas últimas até hoje). O famoso Clube dos Aliados, por muito tempo fez parte do cenário da rua. Após a inauguração da unidade campestre, na Estrada do Mendanha, a função do prédio que abrigava o clube mudou. Mas ainda é possível avistar no alto do mesmo prédio o nome e o símbolo do clube.
    Nos antigos bares era comum pessoas de diversos pontos de Campo Grande se reunirem para falar de política, carnaval e da situação geral do bairro. Um desses bares era o Dib's, frequentado por motoqueiros e motoristas daqueles carros "envenenados", que dali partiam para os famosos "pegas", principalmente para os realizados na Grota Funda, no Recreio dos Bandeirantes. Outros bares completavam a paisagem, como o Simpatia e o Bar do Leleu (depois chamado de Cantinho Seresteiro), considerado na época como o auge do chorinho, muito procurado após às 18 horas por frequentadores que iam para cantar e tocar sucessos de Pixinguinha, Waldir Azevedo e outros feras do choro.
    Com o passar do tempo, a Viúva Dantas continuou seu processo de evolução, com o aumento do comércio e dos serviços, consolidado com a inauguração do Passeio Shopping, em 2000, colocando definitivamente o local como um dos principais do bairro de Campo Grande. 

Fonte: Jornal Patropi, 21 de janeiro de 1983.
Artigo baseado na matéria do mesmo.
    
    

segunda-feira, 14 de outubro de 2019

terça-feira, 8 de outubro de 2019

OVNI no Tingui

  O ano era 1987. O local, sub-bairro Salim, na localidade do Tingui, no bairro de Campo Grande. O Jornal "O Tal", de 29 de novembro daquele ano noticiava um fato muito curioso e de chamar a atenção dos moradores.

 Assim "dizia" o periódico do Tingui:
  " OVNI no Tingui...
     Um homem, morador do Tingui, alega ter visto um OVNI, na estrada do Tingui, na altura do Salin, por volta das 21:00 hs, um dia destes.
       Diz ele, que uma coisa Grande e redonda, toda iluminada, parecendo um disco voador, desceu num matagal próximo a ele, e em seguida, quando ele estava quase correndo de tanto medo, a coisa estranha ou seja lá o que, levantou voo e sumiu no céu entre as nuvens..."
       Se foi verdade ou não, se o homem chegou a ser abduzido, só o próprio  morador poderia dizer. Seria um caso similar ao famoso "ET de Varginha"? 
      No Salim, onde moro atualmente, já foi muito conhecido por suas corridas de cavalo, as quais atraiam pessoas de várias partes da Zona Oeste e de outras regiões da cidade, inclusive, segundo moradores mais antigos. E alguns desses mesmos moradores afirmam já ter visto seres estranhos no local, como Saci Pererê. É isso mesmo! O folclórico personagem de uma perna só.
      Bom, como o lugar ainda mantém, apesar da ocupação populacional, ares "bucólicos" em algumas de suas partes, com sítios, carroças, bichos soltos pastando e matagais, é possível o imaginário popular ainda remeter àqueles velhos e bons "causos", típicos do interior, e que, particularmente, adorava ouvir de minha avó. Ou, vai que tudo isso é verdade? Do ET ao Saci Pererê?
     Como dizia Zé Ramalho na canção: "Mistérios da meia-noite que voam longe, que você nunca não sabe nunca..."

Foto: Carlos Eduardo de Souza 

Fonte consultada: Jornal O Tal. 29 de novembro de 1987. Tingui, Campo Grande. 

quinta-feira, 3 de outubro de 2019

A Festa do Preto Velho em Inhoaíba

  
  Imagem da festa do Preto Velho em Inhoaíba. 
       Fonte: Jornal Patropi. 

    Criada em 1960, a tradicional festa do Preto Velho, em Inhoaíba, já foi muito celebrada próxima ao dia da abolição da escravatura, 13 de maio. No local, duas imagens destacam a paisagem do bairro por muito tempo: a estátua de "Mãe Senhora" e a de Paizinho Quincas, o "Preto Velho ". Ambas sendo de "autoria" do artista Miguel Pastor, estas fizeram parte de um projeto do mesmo, que buscava fazer uma homenagem à raça negra, chegando até a Praça localizada no atual bairro de Inhoaíba. Segundo uma reportagem do Jornal Patropi, de maio de 1983, Pastor "explicou que o piso da 'Praça' é um 'Triângulo de força', mencionando o cultivo do culto africano".
    Ainda segundo a reportagem, o artista afirma que a estátua de "Mãe Senhora" significa uma nova visão de Mãe Preta, não só como símbolo de exploração; enquanto a de Preto Velho não seria mais aquele ser passivo, mas sim uma espécie de guerreiro/filósofo, uma espécie de Gandhi da raça negra.
     Tradicionalmente, a festa contava com a presença de autoridades religiosas, do próprio Miguel Pastor, políticos, grupos teatrais, entre outros, além de execução de hinos de religiões afrobrasileiras e mensagens de cultos históricos à raça negra, geralmente pedindo "liberdade para o negro".

Fonte consultada: Jornal Patropi, 17 de maio de 1983.
Pesquisa: Carlos Eduardo e Daniele Ferraz. 

Reportagem sobre a Igreja de Cosmos

https://oglobo.globo.com/rio/capela-de-nossa-senhora-da-penha-na-zona-oeste-passa-por-restauracao-21214518

Acima uma reportagem do Jornal O Globo, sobre a curiosa história de restauração da Igreja de Nossa Senhora da Penha de Cosmos. A matéria contém um depoimento meu, baseado em um artigo que fiz para esse blog, denominado "O curioso caso da Igreja de Cosmos".

sábado, 28 de setembro de 2019

Fórmula 1 em Campo Grande

   A imagem acima noticia a exposição de um carro Fórmula 1, da Lotus, no qual o piloto Emerson Fittipaldi fora campeão da categoria pela primeira vez, em 1972. O carro ficou exposto na saudosa Silbene, em Campo Grande, que por muito tempo foi uma das lojas/papelaria mais procurada no bairro. Com certeza, uma grande honra para a população campograndense poder presenciar uma máquina dessas e de tamanha importância tão de perto.

Fonte: Jornal Patropi: 03 de maio de 1983.
Pesquisa: Carlos Eduardo e Daniele Ferraz. 

terça-feira, 24 de setembro de 2019

O primeiro templo no Campo Grande

   O atual bairro de Campo Grande tem sua origem - seguindo uma das versões - vinculada à criação da Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, consequência da criação da Capela de Nossa Senhora do Desterro, em 1673, ainda em terras correspondentes ao atual bairro de Bangu.
    É importante lembrar que à época ainda não existia o atual bairro de Campo Grande, com seus limites contemporâneos, mas sim uma região denominada "o campo grande", muito mais extenso que o bairro de hoje, abrangendo muito mais terras.
    Nesse contexto, segundo pesquisas, é erguido o primeiro templo na região do Campo Grande, uma ermida, uma capela de pequena dimensão, localizada em locais afastados com pouca população. Trata-se da ermida de São Lázaro, erigida pelo Padre Martin Fernandes e seu irmão Lázaro Fernandes, confirmado por anotações encontradas nos livros de "Registros de casamentos e Batizados da Sé", onde foi vigário.
    Segundo o livro "Terras Realengas", de José Nazareth de Souza Fróes, consta:
    "Martin Fernandes, nascido por volta de 1588 e falecido no Rio (Sé, 1/3°, 36v.), era sobrinho do referido Lázaro Fernandes, e declarado por seu homônimo, o igário Martin Fernandes, ao batizar o filho Francisco em 1622, como 'homem secular'. Casado no Rio (Sé, L/1°, fl.14v.), na ermida de São Lázaro, de Jeruimo (seria Gericinó), com Rufina da Rocha, nascida por volta de 1598, falecida, enteada de Lázaro Fernandes, provavelmente filha de Potência Braz e de seu falecido marido".
    O Padre Martin Fernandes foi uma grande "personalidade" no denominado "Distrito do campo grande", sendo um dos mais importantes membros eclesiásticos da Freguesia de São Sebastião do Rio de Janeiro (Sé) no início do século XVII. O padre mencionado e seu irmão Lázaro receberam relevantes doações de terras. 
    Assim, mesmo não especificando o local exato do templo, mais uma curiosidade sobre a formação da região de Campo Grande foi desvendada, ou, como Lázaro, segundo os relatos bíblicos, foi ressuscitada.

Fonte: Sant'Adolphe. Milliet de. Livro Terras Realengas.

Bibliografia consultada: Terras Realengas. José Nazareth de Souza Fróes, do Colégio Brasileiro de Genealogia. Rio de Janeiro - 2004.

     

domingo, 22 de setembro de 2019

Entre Cosmos e Campo Grande


    O mapa acima retrata uma região da Zona Oeste, localizada entre os bairros de Campo Grande e Cosmos. O desenho remete à localidade no ano de 1969, sendo feito e pertencente a Leu Lima, morador de Cosmos e grande conhecedor das terras do bairro e adjacências, como Santa Margarida (sub bairro de Cosmos), Inhoaíba e Palmares.
    O mapa apresenta detalhes importantes da época, como os sítios e laranjais (com o nome de seus respectivos donos), característicos da época, mesmo os laranjais já fora do período do auge. Além disso, a imagem mostra a conhecida Linha se Austin, a estrada do Campinho, que dá acesso à Avenida Brasil,  e o Rio Campinho.
    Atualmente, como na maior parte da Zona Oeste, no lugar de sítios e laranjais, encontram-se comércio, serviços, escolas e muitas residências, refletindo a tendência da evolução.

Contribuição para a pesquisa: Adinalzir 

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Tragédia no cemitério de Campo Grande

    Antes do atual endereço, o cemitério de Campo Grande já foi localizado em frente à matriz do bairro, a igreja de Nossa Senhora do Desterro. O local hoje é ocupado pela prefeitura, Banco do Brasil e outros serviços. 
    Mais tarde, o cemitério "migrou-se" para a Avenida Cesário de Melo, onde ficava a antiga Capela de Santo Antônio dos Pobres. 
     Em julho de 1980, o Jornal Patropi noticiava uma tragédia ocorrida no cemitério do bairro da Zona Oeste:

    A reportagem "dizia" o seguinte: "Hoje em dia não tem mais sossego nem mesmo depois de morto. Terça-feira, dia 08 de julho, um caminhão bateu no muro do cemitério de Campo Grande, destruindo-o em parte, e danificando as gavetas que ficam localizadas juntas ao mesmo. O resultado foi catastrófico: 15 caixões quebrados e muitos restos mortais espalhados ao redor do muro. O detalhe importante é que chegando o fato ao distrito da localidade, ficou constatado que nada poderia ser feito, já que, segundo eles, 'não houve vítimas' ".
     Afinal de contas, não foi o fim do mundo, e se foi, descanse em paz!

Fonte consultada: Jornal Patropi, julho de 1980.
Pesquisa: Carlos Eduardo e Daniele Ferraz. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Era uma vez em Vila Nova

    Vila Nova é um dos muitos chamados sub-bairros de Campo Grande. Possui um comércio forte e concentrado num curto espaço, com destaques para o Supermercado Vila Nova, até hoje chamado por muitos moradores da localidade por sua antiga denominação, "Valente"; o Horto de Vila Nova; a peixaria de Vila Nova, muito frequentada nos finais de semana e semana santa; a Confeitaria Central de Vila Nova, entre outros. Além disso, no carnaval, o local é enfeitado e programado para receber os foliões, com barracas, shows e afins.
     Um pouco afastado do "centro" do sub-bairro, localizava-se o armarinho que, segundo os moradores, "vendia de tudo", o famoso Armarinho do Seu Júlio.
      Perto dali, outro ponto importante da localidade que resiste ao tempo é a sorveteria Sobel, muito frequentada em décadas anteriores, quando não existiam shoppings no bairro. Em frente à sorveteria, era comum em alguns domingos, uma TV ser instalada e passar uma partida de futebol importante, reunindo muita gente, lembrando que à época as TVs a cabo estavam engatinhando.
     No Jornal Patropi, de 1979, uma reportagem chamava a atenção para o sub-bairro, destacando o Centro Pró-Melhoramentos de Vila Nova. 

Fonte: Jornal Patropi, abril de 1979.

   A seguir, um trecho da reportagem: "O Centro Pró-melhoramentos de Vila Nova (Rua Domingos Meirelles n°242) foi criado há 28 a anos com fins filantrópicos. Possui um colégio com 1° e 2° graus e uma clínica, onde o povo recebe inúmeras vantagens, como serviços funerários muito baixos ou mesmo de graça. A instituição recebe pessoas de qualquer parte de Campo Grande, não restringindo suas atividades somente às ruas de Vila Nova..."
     Com relação ao endereço citado na reportagem, o local hoje abriga uma instituição de ensino, a Escola Santa Bárbara, substituindo o centro de sentido filantrópico que atendeu por um bom tempo a população de Vila Nova e de Campo Grande como um todo.

Fonte: Jornal Patropi, ed. N° 199. Pág 5, abril de 1979
Pesquisa: Carlos Eduardo e Daniele Ferraz. 
     

sábado, 31 de agosto de 2019

De Campo Grande a Nova York

   Alguém já parou pra calcular a distância do Brasil para os Estados Unidos? E mais especificamente, do bairro de Campo Grande para a cidade de Nova York? Não? Pois já aconteceu de um campograndense se preparar para fazer uma viagem do bairro da Zona Oeste para a metrópole norte-americana. O detalhe: de bicicleta! É isso mesmo! A reportagem do Jornal Patropi constata essa incrível história, como mostra a imagem abaixo:

Fonte: Jornal Patropi, Janeiro 1983.

  A seguir, um trecho dessa inusitada preparação de viagem: "Para realizar seu sonho de visitar Nova Iorque, um campograndense fará uma viagem à cidade americana do Norte numa bicicleta que ele comprará no próximo dia 10. Esta pessoa é Joseny Viana Leonardo, funcionário do depósito da Brahma, de Campo Grande, que está recebendo todo apoio da firma para realizar o passeio. Ele espera chegar em dois anos e não sabe ainda quanto tempo ficará nos Estados Unidos, uma vez que há uma família, amiga sua, o esperando lá..
Ele, para realizar a viagem, está recebendo uma total ajuda da Brahma...que afirmou que a companhia vai lhe mandar embora para que receba seu Fundo de Garantia... Ele ainda declarou que vai levar alguns adesivos para vender durante a viagem. Quanto ao idioma, embora não tenha nenhum curso de inglês, 'Eu já ganhei um livro Inglês sem Mestre, que todas as perguntas existem em um lado em Português e no outro em Inglês. O resto vai ser mole.' "
     A viagem do corajoso campograndense previa passar por onze países das 3 Américas, numa ousadia para poucos tentarem. Ainda sobre a reportagem, um desenho sobre o assunto brinca com a aventura em uma "Monark 83 de 10 marchas":
Fonte: Jornal Patropi , Janeiro 1983.

    E assim, o Jornal da época destacava esta incrível história. Será que alguém não cantou pra ele aquela famosa música do Lulu Santos "Não vá para Nova York, amor não vá..."?

Fonte: Jornal Patropi. Janeiro 1983.



terça-feira, 27 de agosto de 2019

Campo Grande: dois lados, dois Guanabaras

    Campo Grande, além de ser o bairro mais populoso do Rio de Janeiro, é um dos mais extensos do município, e também exerce uma forte influência nos bairros adjacentes e até em municípios próximos. Não à toa, o bairro que possui título honorário de bairro-cidade, é palco da atuação de três shoppings (com um em uma "ponta" e outro em outra "ponta" da região, e o terceiro no centro), indústrias e um forte comércio e rede de serviços à disposição da população. 
    Um outro exemplo é a presença de dois supermercados Guanabara, um em cada "lado" do bairro. O primeiro localiza-se no chamado centro de Campo Grande, próximo ao Calçadão, sendo inaugurado em 1983. O fato foi registrado pelo Jornal Patropi, como mostra a imagem abaixo:
Fonte: Jornal Patropi. 19 de abril de 1983.

    A seguir, um trecho da reportagem que registrou a inauguração: "A comunidade de Campo Grande está de parabéns com a inauguração dia 13 de mais nova filial do Supermercado Guanabara situado à Rua Aurélio de Figueiredo, próximo à Rodoviária de Campo Grande, com amplo estacionamento para 250 carros... A nova filial foi abençoada pelo padre Arturo que em nome da comunidade de Campo Grande desejou que ali fosse mais um empreendimento onde a fraternidade imperasse entre funcionários, clientes e diretores... Após a inauguração a direção do Supermercado Guanabara recepcionou aos fornecedores, funcionários das demais filiais autoridades locais, com um coquetel realizado no Campo Grande AC..."
    Já o segundo, localizado na estrada Rio do A, foi inaugurado em 01 de setembro de 2018, com uma estrutura mais diversificada, contendo um formato parecido com um shopping, com lojas, praça de alimentação, e estacionamento com aproximadamente 500 vagas, distribuídas em 2 andares, além de uma estrutura de trânsito, com a presença de orientadores, colocação de placas e inclusive mudanças provocadas nas vias próximas ao supermercado.
     Assim, constata-se mais um episódio da evolução econômica, estrutural e comercial de Campo Grande, refletindo diretamente na região e na população. 

Imagem referente à inauguração do Supermercado Guanabara em 1983, em Campo Grande. 
Fonte: Jornal Patropi, 19 de abril de 1983.

Fonte consultada: Jornal Patropi, 19 de abril de 1983.
Pesquisa: Carlos Eduardo e Daniele Ferraz.

    

terça-feira, 20 de agosto de 2019

Campo Grande numa fria

    Nos últimos anos, Campo Grande,  assim como outros bairros da Zona Oeste, como Bangu e Santa Cruz, vem apresentando temperaturas muito altas, em especial no verão. Relevo, urbanização, destruição de áreas verdes, entre outros fatores podem explicar os termômetros nas alturas. É claro que em décadas atrás, quando o bairro ainda era pertencente à chamada Zona Rural do Rio de Janeiro, as temperaturas eram mais amenas.
    Agora, dá pra imaginar uma temperatura de 4 graus em Campo Grande? Pois é, e isso aconteceu, como mostra a reportagem do Jornal O Patropi, de junho de 1979:


  Na reportagem, é citado o seguinte: "A onda de frio que assolou o Rio de Janeiro, na semana passada, em Campo Grande, chegou a 4 graus na madrugada de quarta-feira dia 30, e fez os campograndenses tirarem o velho capote do baú. O comércio também aumentou a venda de agasalhos, mas como o Rio só tem duas estações (Verão e calor) o sol reapareceu no sábado para felicidade das praias da região".
     É, nesse dia Campo Grande teve seu momento polar, entrando literalmente numa fria.

Fonte consultada: Jornal O Patropi, maio de 1979
Pesquisa de Carlos Eduardo e Daniele Ferraz

segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Campo Grande para cima

    Abaixo, duas reportagens sobre o crescimento vertical em Campo Grande. A primeira, de junho de 1980; a segunda, de abril de 2008. O fato curioso é que desde 1980 já se tinha a ideia e uma certa necessidade de verticalizar, justificando a falta de pontos para novos comércios no bairro. Já na segunda reportagem, 28 anos depois, constata que o bairro que registrou mais investimentos em empreendimentos e mercado imobiliário em 2007 fora Campo Grande. 
     

Fonte: Jornal Patropi, 06/1980.

A reportagem acima comunica o surgimento do prédio "76", na Rua Coronel Agostinho, no Calçadão de Campo Grande. Eis um trecho: 
"Poucos bairros do município do Rio de Janeiro tiveram um crescimento comparado ao de Campo Grande. Hoje, esse bairro-cidade, com aproximadamente 1.400.000 habitantes, tem vida própria, comércio próprio, além das indústrias que estão se instalando em sua periferia.
    O 'Calçadão' da Rua Coronel Agostinho, tornou-se a maior concentração de público do local, e por isso mesmo, o maior atrativo dos que procuram um ponto comercial para desenvolver seus negócios.
     Na falta desses pontos, a opção seria "subir" e nós subimos!
        Em apenas 20 meses, erguemos o "Centro do Comércio de Campo Grande" à Rua Coronel Agostinho 76, bem no eixo do Calçadão, com 12 andares cuja construção obedece aos mais modernos e rígidos padrões da arquitetura moderna".
    Nota-se que em algumas partes do anúncio, Campo Grande é tratado com ares de cidade, começando pelo título que o bairro possui de bairro-cidade; a população é apresentada com mais de um milhão de habitantes, com certeza abrangendo bairros que à época faziam parte de Campo Grande; é frisado que o bairro é alvo dos que procuram um ponto comercial para seus negócios; além de citar as indústrias, "que estão se instalando em sua periferia". Ou seja, centro, periferia, indústrias...ares de uma verdadeira cidade já naquele ano.
     
    Abaixo, a segunda reportagem do Caderno Zona Oeste, do Globo/Extra, de 20 de abril de 2008:

Fonte: Caderno Zona Oeste, abril 2008.

    28 anos depois, o título da matéria enfatiza novamente o crescimento vertical do bairro, expondo "Campo Grande para cima". Abaixo, afirma-se: "Nova menina-dos-olhos do mercado imobiliário carioca, bairro terá 1.920 novas unidades até 2010". Em um trecho da reportagem, aponta que "o bairro que registra mais investimentos é Campo Grande, que fechou o ano de 2007 como o quinto colocado no ranking de lançamentos de novas unidades na cidade, atrás apenas de Jacarepaguá, Barra da Tijuca, Recreio e Del Castilho".
     Fica nítido, com as duas reportagens, que a evolução econômica e comercial de Campo Grande começou há décadas, refletindo na estrutura e dinâmica atual do bairro, que pode ser considerado um centro urbano da Zona Oeste, exercendo influência não só em bairros adjacentes, mas também em outros municípios, como Itaguaí, Mangaratiba e chegando a Angra dos Reis, fato comprovado por parte da população desses locais procurar serviços ou algo do tipo em Campo Grande. 

Fontes consultadas: Jornal Patropi, junho de 1980.
Caderno Zona Oeste,  abril de 2008.
     

    
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segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Campo Grande e o Brasil

  Existiria alguma semelhança entre o bairro de Campo Grande e o Brasil? Bom, podemos citar alguns fatos. Campo Grande é um bairro populoso, mas não um dos mais povoados, assim como o Brasil. Ou seja, os dois possuem uma grande população absoluta, porém, uma população relativa menor, ou  densidade demográfica (habitantes por Km2). E, segundo pesquisa, Campo Grande, além de ser o bairro mais populoso do município do Rio de Janeiro, seria também o mais populoso do Brasil.
    Um outro fato é que, assim como o Brasil, o bairro da Zona Oeste começou a tomar ares urbanos e consequentemente a perder aspectos rurais entre as décadas de 1960 e 1970, acompanhando o ritmo de seu país.
     No esporte, podemos citar um inusitado amistoso em 1990 entre o Campo Grande Atlético Clube e a Seleção brasileira sub 20, que se preparava para o sul-americano da categoria, vencido pelo Brasil pelo placar de 1x0.
       Mas o que provavelmente pouca gente já prestou atenção é com relação aos mapas de Brasil e o do bairro de Campo Grande. É perceptível como o mapa de Campo Grande, agrupando os bairros adjacentes, se assemelha com o do Brasil de cabeça para baixo, como mostram as imagens abaixo:



Imagens Fontes: Google sites e "O mundo de ponta a cabeça

    Após observar as imagens, certamente nota-se uma relevante semelhança entre as duas, abrindo margem para muitos campograndenses afirmarem que Campo Grande é um verdadeiro "país". Nesse caso, parecido, na forma, com o oficial.

terça-feira, 6 de agosto de 2019

Campo Grande em fatos e fotos do passado

   Abaixo, alguns postais contendo pontos importantes da história do bairro de Campo Grande. Os mesmos pertencem à biblioteca do bairro, e mesmo que a evolução transforme o espaço, eles guardam paisagens eternizadas através da fotografia.


Igreja de Nossa Senhora do Desterro.  Praça D. João Esberard. Construída no século XVIII.
Foto: José Eutrópio Mendes.

Casarão, Estrada do Viegas, Rio da Prata.  Destacam-se as linhas sóbrias de sua concepção. 
Foto: José Eutrópio Mendes. 

Antiga Caixa D'água de Campo Grande. Reservatório Victor Konder, Morro do Barata.
Foto: Rogério Marques Gonçalves.

Chafariz. Avenida Cesário de Melo. Executado em ferro fundido - final do século XIX.
Foto: Mário Mauro Filho.

Chafariz do Rio da Prata. Praça Mário Valadares, século XIX. Gárgula em ferro fundido.
Foto: José Eutrópio Mendes. 

Rua Coronel Agostinho. Frontão semicircular, com volutas executadas em destaques de gesso - 1923.
Foto: Mário Mauro Filho. 

Rua Coronel Agostinho. Sobrado, edificado no final do século XIX, com destaque para os anjos no seu frontão.
Foto: Carla Pereira Cordeiro.


Fonte. Praça D. João Esberard. Executada em bronze, final do século XIX. 
Foto: Edson Antônio Costa do Rosário.

Residência. Estrada do Lameirão Pequeno, Rio da Prata. Edificação com traços neocoloniais construída na década de 1940.
Foto: José Eutrópio Mendes. 

Residência Rua Coronel Agostinho. Edificação de traços neoclássicos, com sacadas em ferro fundido, final do século XIX. 
Foto: Carla Pereira Cordeiro. 

Residência, Rua Augusto de Vasconcelos. Exemplar de arquitetura Kitsch, década de 1950.
Foto: Mário Mauro Filho. 

Residência Rua Augusto de Vasconcelos. Edificação com linguagem neoclássica, século XIX. 
Foto: Wagner Batista Lima.

Fotos reproduzidas dos arquivos da biblioteca de Campo Grande. Devidamente autorizadas pela mesma.