sábado, 21 de junho de 2025

Legião Urbana no Ítalo Del Cima

 

Em novembro de 1990, uma das bandas mais consagradas do cenário musical dos anos 1980 se apresentou no estádio Ítalo Del Cima, no bairro de Campo Grande: a Legião Urbana. Liderado pelo vocalista Renato Russo, o grupo apresentava seu mais novo álbum, "As quatro estações", com músicas até hoje muito conhecidas, como a histórica "Pais e filhos".

A banda, sensação à época, dona de vários hits até hoje muito conhecidos, como "Tempo perdido", "Faroeste Caboclo", "Que país é este", "Eduardo e Mônica", entre outros, atraiu muitos fãs para o show, empolgados pela oportunidade de ver de perto seus ídolos. O show, realizado no dia 18 de novembro de 1990, começou com uma canção não pertencente à banda, "A Whiter Shade of Pale. Depois, vários clássicos foram executados, além das músicas que faziam parte do novo álbum, como "Há tempos", "Meninos e meninas", "Quando o sol bater na janela do teu quarto", "Monte Castelo", entre outras, e uma citação da música Yer Blues, dos The Beatles.

Com certeza, Campo Grande viveu seu dia de Legionário, guardado até hoje nas memórias daqueles que presenciaram.

domingo, 8 de junho de 2025

Telê Santana no Campo Grande

 

Imagem  Futebol carioca raiz

 

Acima está o saudoso técnico Telê Santana, um dos mais marcantes do futebol brasileiro. Treinador da seleção nas Copas de 1982 e 1986, "mestre" Telê, como era carinhosamente chamado por alguns torcedores, teve uma carreira vitoriosa, apesar da frustração com a seleção brasileira. No São Paulo, foi responsável por duas Libertadores da América, dois mundiais interclubes, entre outros títulos internacionais, marcando seu nome no clube paulista.

Na foto mencionada, o Campo Grande Atlético Clube recebeu uma visita ilustre do técnico em seu estádio, o Ítalo Del Cima, nos anos 1990. Telê aparece ao lado de dois jogadores do clube. O da esquerda é Abedi, atleta que começou no Campusca, despontando em 1997, e depois passando por vários clubes, como Cruzeiro, Avaí, Friburguense, Vasco, Botafogo, Bahia, Madureira, entre outros times brasileiros, além de clubes do exterior. Infelizmente, o jogador à direita de Telê não foi identificado.

 

 

domingo, 1 de junho de 2025

Campo Grande e sua localização com relação aos demais bairros e locais

 

Imagem: Rio educa 2025.

 

Acima temos o mapa da cidade do Rio de Janeiro, com seus principais bairros, e uma figura no canto direito denominada Rosa dos ventos. Trata-se de uma representação gráfica dos pontos de orientação no espaço geográfico. A Rosa dos ventos aparece em bússolas e mapas, fornecendo os pontos cardeais, colaterais e subcolaterais. Os pontos cardeais são os principais pontos de referência, sendo: norte, sul, leste e oeste. Os colaterais são intermediários aos cardeais: nordeste (entre o norte e o leste); sudeste (entre sul e o leste); sudoeste (entre o sul e o oeste); e o noroeste (entre o norte e o oeste). E talvez os menos conhecidos são os subcolaterais, que ficam entre um ponto cardeal e um ponto colateral, como por exemplo o norte-nordeste, que fica entre o norte e o nordeste, entre outros.

Na cidade do Rio de Janeiro temos regiões que são denominadas de Zona Oeste, Zona Norte, Zona Sul e Centro. Reparem que não há Zona Leste, mas o centro ficando ao leste. Isso se deve ao fato da divisão não ter levado especificamente só a localização geográfica, mas sim outros fatores, como no caso o centro da cidade, que não fica no centro geográfico do Rio, mas é o centro econômico e histórico, onde a cidade começou a existir e se formar, após a chegada dos colonizadores.

 E o bairro de Campo Grande? Está a qual direção dos outros bairros e locais do Rio de Janeiro?

Abaixo, com a ajuda da Rosa dos Ventos, indicando somente os pontos cardeais e colaterais, indique qual a localização de alguns bairros, locais e municípios com relação a Campo Grande. Lembrando que no mapa, a referência é exatamente no nome do bairro de Campo Grande, e não na imagem da laranja. Veja o exemplo abaixo:

 

º Santa Cruz está a  OESTE  de Campo Grande.

º Bangu está a ------------------------ de Campo Grande.

º Barra da Tijuca está a ------------- de Campo Grande.

º Méier está a ------------------------ de Campo Grande.

º Centro está a ----------------------  de Campo Grande. 

º Pavuna está a ---------------------- de Campo Grande.

º Guaratiba está a ------------------- de Campo Grande. 

º Baía de Sepetiba está a ---------- de Campo Grande.

º São João de Meriti está a -------- de Campo Grande.

º Ilha do governador está a -------- de Campo Grande. 

º Seropédica está a ----------------- de Campo Grande.

 

E agora é só praticar! Responda nos comentários.

 

quinta-feira, 15 de maio de 2025

O maestro Roberto de Regina na Desterro

 

A foto acima é de uma apresentação do maestro Roberto de Regina, em 2017, na Igreja Matriz de Campo Grande, Nossa Senhora do Desterro. Roberto Miguel de Barros de Regina nasceu em 12 de janeiro de 1927, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal. Regina foi artesão, pintor e formado em medicina. Porém, foi na música que Roberto de Regina despertou um destaque muito relevante no cenário nacional desde a década de 1940, atuando como regente, além de ser o primeiro construtor brasileiro de cravo, um instrumento muito popular na Europa, entre os séculos XVI e XVIII, período Barroco. O cravo, que possui uma estética parecida com um piano, é dono de uma sonoridade bem particular, com palhetas puxando cordas em seu interior, proporcionando um som diferenciado.

Como já mencionado, Roberto de Regina foi também artesão e pintor. Em seu sítio, no bairro de Guaratiba, criou o Museu Ronaldo J. Ribeiro, o qual possui miniaturas e cenários históricos, de sua autoria. No local também se encontra a Capela Magdalena, na qual o mesmo se apresentava tocando cravo, com recitais à luz de velas.

O músico, entre apresentações, em diferentes lugares, esteve muito presente nas comemorações de aniversário do bairro de Campo Grande, como mostra a foto acima, numa exibição com seu instrumento preferido, dentro do templo de Nossa Senhora do Desterro.

Roberto de Regina nos deixou em 25 de abril de 2025, mas seu legado é eterno, com uma vasta contribuição à cultura brasileira.  


Foto: Helcio Peynado.

quarta-feira, 23 de abril de 2025

Dia mundial do livro

 No dia 23 de abril é comemorado o dia mundial do livro. Criada pela UNESCO, a data tem como objetivo celebrar o livro, o incentivo à leitura, além de homenagear autores e refletir sobre seus direitos legais. 

Uma curiosidade é que essa data foi escolhida com relação a tributo em homenagem a escritores que morreram em 23 de abril, como Miguel de Cervantes, Inca Garcilaso de la Vega e William Shakespeare.

Nesse dia é importante a reflexão sobre a importância da leitura, estímulo de acesso à mesma, discussão de obras importantes, incentivo e valorização aos novos autores e suas obras e defesa dos direitos do autor.

Abaixo, algumas obras que publiquei, com duas sendo exclusivamente sobre a região do bairro de Campo Grande, uma infanto-juvenil que também aborda o bairro e uma sobre memórias afetivas.


A EVOLUÇÃO ECONÔMICA E POPULACIONAL DE CAMPO GRANDE


"Do período colonial até os dias atuais, enfocando o fim do século XIX a meados do século XX, o livro apontará que, sempre que a sociedade sofre uma mudança, a totalidade da mudança cria uma nova organização espacial.

Com isso, através de uma leitura histórica do bairro, interligando com a história do Rio de Janeiro, com imagens, dados e estatísticas, mostrando algumas 'eras' importantes, como a da cana de açúcar e a da laranja, será analisada a passagem de uma área rural para urbana, com o bairro ganhando novos aspectos e estruturas, atingindo diretamente a sua população".

 

A CRIAÇÃO DE UM SUBCENTRO EM CAMPO GRANDE

 


"Dando continuidade ao livro 'A evolução econômica e populacional de Campo Grande', o presente livro propõe uma sequência desta verdadeira metamorfose ao qual o bairro passa, afetando suas estruturas socioeconômicas, comerciais e populacionais. Pode-se afirmar que o bairro começa a sua passagem do rural para o urbano no século XX, principalmente com a inauguração do calçadão comercial no centro de Campo Grande, e com a chegada das indústrias. No final do século citado, surge uma nova perspectiva estrutural para o bairro, que se expande até os dias atuais: o West Shopping, formando um verdadeiro subcentro na região, alterando assim a dinâmica deste local. Com o shopping, surgem os investimentos, aumento do tráfego, constantes deslocamentos populacionais, transformando esta área, até então sem grandes atrativos, num verdadeiro polo comercial".

 

A LENDA DO VULCÃO DO MENDANHA

 


 "As atividades vulcânicas sempre despertaram nas pessoas, medo e, ao mesmo tempo, curiosidade, e, em alguns, fascínio. No mundo, há diversos lugares onde a vida se constrói ao redor de vulcões e, curiosamente, alguns, inclusive, em atividade. Campo Grande, bairro da Zona Oeste do Rio de Janeiro, é um local de muitas histórias e lendas. O mais incrível disso tudo é saber que, assim como esses lugares do mundo, a vida se construiu ao redor do 'Vulcão do Mendanha'. O que se sabe sobre ele? Quais mistérios e lendas ele carrega? Como seria se o Vulcão do Mendanha entrasse em atividade? Estas e outras questões serão descritas e ilustradas, de forma divertida e leve, neste livro".

 

COMO UMA CONCHA NO MAR

 


 "A vida é uma viagem com passagem só de ida. A obra 'Como uma concha no mar' nos leva a refletir e degustar como encaramos a passagem do tempo em nossas vidas, no ir e vir dos acontecimentos, nas memórias que ficam, eternizando o que é passageiro, guardando em nossas mentes tudo o que vivenciamos e presenciamos, momentos que não voltam, mas que ficam para sempre guardados e, vez ou outra, relembrados com muito carinho. Então, mergulhemos em nossas memórias afetivas".

domingo, 23 de março de 2025

Os "xarás" do Campusca

 Fundado em 13 de junho de 1940, o Campo Grande Atlético Clube, o Galo da Zona Oeste, o Campusca é um tradicional clube da cidade do Rio de Janeiro. Campeão da taça de Prata de 1982, a segunda divisão do brasileirão, o Campo Grande já contou com grandes jogadores em seus elencos, como Dadá Maravilha, o goleiro Barbosa, Roberto Dinamite, Eloi, Claudio Adão, entre outros. 

Porém, muitos não sabem que o clube carioca possui alguns xarás pelo Brasil. Sim. Existem outros "Campo Grande" espalhados pelo território nacional.  

Esse é o Esporte Clube Campo Grande, do extenso município de Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, terra de clubes tradicionais como Americano, Goytacaz, Campos, além do Rio Branco. O Campo Grande de Campos possui o escudo muito parecido com seu xará carioca, porém disputa apenas competições amadoras de sua cidade.

 

 

Acima está o Aliança do Campo Grande Esporte Clube, do bairro de Campo Grande, Zona Sul de São Paulo. Fundado em 2004, o clube se apresenta como categoria amadora.

 

 

Situado  na cidade de Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul, encontra-se o Esporte Clube Campo Grande. Fundado em 14 de fevereiro de 1993, o clube disputou seu primeiro campeonato profissional  em 2001, a série B do campeonato sul-mato-grossense. O Campo Grande azul e branco manda seus jogos no estádio Jacques da Luz, e possui a arara Canindé como mascote.

 

 

A associação Esportiva Campo Grande Futebol Clube localiza-se no município de Juazeiro do Norte, no estado do Ceará. O clube foi fundado em 23 de fevereiro de 1985, disputando um campeonato profissional pela primeira vez em 2015, participando do campeonato cearense da terceira divisão.

 

Fontes: Blog historiadofutebol;

Wikipédia;

Face primos pobres do futebol do RJ. 

 

 


domingo, 16 de março de 2025

A Nossa Senhora da Penha de Cosmos

 Localizada na estrada de Paciência, no bairro de Cosmos, região Administrativa de Campo Grande, no alto de um morro, encontra-se a capela de Nossa Senhora da Penha. 

Foto: Autor


A mesma possui uma história repleta de mistérios, envolvendo abandono, deterioração, décadas em ruínas, com muitas versões que tentam explicar o motivo que levou a capela passar por um grande período desativada e destruída. Alvo de vandalismo, crime, assassinato de padre, incêndio, difícil acesso que culminou com o abandono são algumas histórias associadas ao período em que o templo era conhecido apenas como "as ruínas da Igreja de Cosmos".










Imagens: Arquivo da capela.


A história da capela remonta ao século XIX, com, segundo algumas pesquisas, aparecendo em mapas locais da época, uma capela de Nossa Senhora da Penna (ou Pena). Alguns apontam que o nome pode ter ligação com a estrada da Pena, próxima ao templo. Porém, o título "Penha" remete a penhasco, pedra, morro, montanha, ou algo do tipo, relacionando a sua localização, bem no alto de um morro, com uma subida bem íngreme, com escadarias, e com uma visão panorâmica da Zona Oeste e de outros municípios. Essas características a associam com a outra e mais famosa Igreja da Penha do Rio, localizada no bairro de mesmo nome, atual Basílica Santuário Mariano Arquidiocesano.

Há alguns anos, as ruínas da Igreja serviram de inspiração para fotos do encarte de um CD musical de um Ministério de Louvor, Efata, da Paróquia Nossa Senhora das Graças, de Campo Grande. E o título do álbum não poderia ser mais sugestivo: Mudanças. 



Capa do CD



Fotos do encarte do CD. Fotografia: Fernanda Lobato.

E parece que as mudanças realmente aconteceram na capela. Pouco depois, em 2015, por iniciativa do padre da Paróquia Santa Sofia, responsável pela capela de Nossa Senhora da Penha, houve um início de restauração do templo e do entorno, com a ajuda de fiéis e moradores, concretizado em alguns anos depois.

Padre celebrando no período de restauração do templo.  Arquivo da capela. 

Capela pouco depois de reformada.  Foto: Pascom Santa Sofia.




Templo por dentro atualmente.  Foto: Autor.


Pedra fundamental restaurada. Foto: Autor


Pintura no interior da capela. Foto: Autor.

Depois de 45 anos abandonada, restaurada, contendo uma escadaria, um cruzeiro reformado, uma boa iluminação e uma área ao entorno do templo, a capela de Nossa Senhora da Penha em Cosmos já foi "palco" de casamentos, festa junina, Réveillon, e é constantemente visitada por fiéis, grupos de igrejas (inclusive de outras paróquias) e curiosos, todos a fim de contemplar o local e sua peculiar história de ressurgir dos escombros.

Assim, na Pedra fundamental da capela, restaurada, foi posta uma passagem bíblica que resume bem a história: " Deu-nos bastante vida para podermos reconstruir o templo do nosso Deus e restaurar suas ruínas e concedeu-nos um abrigo seguro." Esd 9,9.



Vista de frente da igreja, com um panorama de boa parte da Zona Oeste. 
Foto: Autor.