segunda-feira, 23 de dezembro de 2024

Maciço de Gericinó e o "começo " de Campo Grande

 Localizado na Zona Oeste do Rio, limitando-se com outros municípios, situa-se o Maciço de Gericinó, que inclui o morro do Marapicu e as Serras do Mendanha, do Gericinó e Madureira. No local encontra-se um suposto Vulcão, o Vulcão do Mendanha, ou Vulcão de Nova Iguaçu. 

O citado maciço influencia no microclima da região, devido ao relevo, que barra a passagem de ventos e massas de umidade; e também devido à vegetação de Mata Atlântica, que absorve o calor e contribui com a umidade do ar.

O local possui uma ligação direta com os primeiros núcleos populacionais do bairro de Campo Grande e adjacências. Segundos documentos oficiais, foi em Gericinó (ou Jerisinon, Jerissinonga,  Jerisnon), em 06 de junho de 1569, houve uma solicitação pelo outeiro de Jerissinonga, por parte de João de Bastos e Gonçalo D'água, ao capitão e governador, Salvador Correia de Sá. Essa data seria um possível começo da região que hoje conhecemos como bairro de Campo Grande, confrontando uma outra data do "início " da região, que seria 17 de novembro de 1603, defendida por alguns estudiosos, como a data de conquista do solo e povoamento do "Campo Grande ".



Acima uma imagem do Maciço de Gericinó, ano de 1957. À esquerda, o Pico de Marapicu; à direita, o Pico de Gericinó. 

É bom lembrar que o referencial "o Campo Grande " correspondia à terras bem mais extensas que o atual bairro de Campo Grande, que abrangia boa parte do que hoje constitui a Zona Oeste do Rio.

No livro Tombo das cartas de Sesmarias do Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, 1967, é descrito que, além de Gonçalo d'Aguiar, outros também receberam sesmarias nas terras de Gericinó, como o Pe. Martin Fernandes, recebendo do próprio Gonçalo; Pero da Costa; Belchior Tavares e Lázaro Fernandes. 


Imagem: Abreu, 1957, p 91.

Fontes consultadas: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos,  de José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert.  Ano: 2005, Segunda edição,  Rio de Janeiro. 

ABREU, Sylvio Fróes. O Distrito Federal e seus recursos naturais, Biblioteca Geográfica brasileira, publicação n° 14, Série A - livros, Rio de Janeiro, Instituto brasileiro de geografia e estatística/Conselho Nacional de geografia, 1957.

Tombos das cartas das Sesmarias do Rio de Janeiro, Ministério da Justiça/Arquivo Nacional  - 1594 - 1595/ 1602 - 1605 - Rio de Janeiro, 1967.

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