quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Usina de bondes do Monteiro

 

Imagem: Rivadávia Pinto.

Acima está a antiga Usina de Bondes do Monteiro, no ano de 1948.
Os bondes 🚊 na região de Campo Grande começaram a ser instalados em 1894, quando o Conselho Municipal deu concessão à empresa particular Cia. Carris Urbanus, a operar na localidade. As primeiras linhas foram de tração animal, ligando Campo Grande a Guaratiba, tendo como finalidade o transporte de capim para os burros da empresa, fazendo o trajeto até a Estrada de Ferro,  daí  para São Cristóvão. Em 1898 foi inaugurada a linha Campo Grande x Santa Clara.
Por volta de 1909, com a solicitação de moradores, ocorreu o transporte de passageiros. 
No ano de 1910, é inaugurada a Cia. de Carros Urbanos de Campo Grande, começando a operar em 1911, com uma linha que ligava a estação 🚉 ferroviária à localidade de Santa Clara, passando pelas estradas do Monteiro e Magarça.
Em 1915, a tração animal foi substituída pela eletricidade. Já em 1917 houve um prolongamento até a Pedra.
Porém, devido a alguns fatores, como à precariedade das instalações, com cenas de alguns bondes pararem, e os passageiros tendo que empurrá-los, com más conservações dos trilhos, somando ao déficit pelo serviço, desde 1963 começou-se a cogitar a possibilidade da retirada dos bondes. Até que, em 30 de outubro de 1967, houve a extinção dos bondes de Campo Grande. 
As linhas foram extintas nas seguintes datas:

• Ilha - 02 de junho de 1965;
• Pedra de Guaratiba - 26 de março de 1966;
• Fazenda Modelo - 25 de maio de 1966;
• Rio da Prata e Monteiro - 30 de outubro de 1967.

A antiga oficina de bondes de Campo Grande fica no Largo do Monteiro, tombada como Patrimônio Histórico pelo IPHAN desde 1996, ainda apresentando um resquício dos trilhos. A Usina hoje é utilizada pela Comlurb. 


Acima, um traçado das linhas de bondes na região feito por Guilherme Braga Alves.

Fonte consultada: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos,  de José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert, ano 2005. Rio de Janeiro. Segunda edição. 





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