Fonte: Silva-Santos. Kairo ET AL, 2013, 1
Acima encontra-se um mapa das Freguesias da cidade do Rio de Janeiro em 1850. As freguesias, por muito tempo, foram formas de divisões baseadas às limitações de uma Paróquia (lembrando que à época, o catolicismo era a religião oficial do Brasil) e suas adjacências. Assim, a Paróquia tinha uma base territorial e formava um distrito eclesiástico onde o povo definia seu espaço de moradia, além de prestar assistência material e espiritual.
No período acima, a Freguesia de Campo Grande se estendia da Serra de Gericinó (Mendanha) ao norte, até a serra de Bangu, estendendo-se até Jacarepaguá, indo pelo sentido oeste pela planície de Sepetiba. Por muito tempo, essa região foi chamada de Sertão Carioca, englobando alguns atuais bairros como Realengo, Bangu, Santíssimo, Cosmos, entre outros.
O começo da Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande (nome completo) remonta ao ano de 1673, quando foi criada a capela de Nossa Senhora do Desterro, nas terras de Barcelos Domingos (ou Domingues), no atual bairro de Bangu. Décadas depois, a capela foi transferida para locais temporários, até ser construído o templo no atual ponto no centro de Campo Grande, já no século XIX.
No entanto, existem algumas divergências com relação à data de criação da Freguesia de Campo Grande. Alguns historiadores afirmam que à época não havia condições de ser criada uma Paróquia no local, e que somente em 12 de janeiro de 1757 é que foi concedido o alvará, que é o título de criação de uma Freguesia.
Antes de prosperar, a Freguesia de Campo Grande teve sua ocupação influenciada pela antiga fazenda dos Jesuítas, em Santa Cruz. Nesta fazenda havia o cultivo da cana-de-açúcar e a criação de gado bovino. Já com seu próprio desenvolvimento canavieiro, a localidade de Campo Grande, principalmente entre a segunda metade do século XVII e princípio do século XVIII, apresentava 14 engenhos de açúcar.
Fontes consultadas: https://odia.ig.com.br
Agenda Campo Grande 2030. Organização Edivan de O. Fulgencio, Ingrid Nascimento, Thiago Mathias. Rio de Janeiro: associação Casa Fluminense, 2024.
A evolução econômica e populacional de Campo Grande - Souza, Carlos Eduardo. Rio de Janeiro: Edital, 2015.
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