domingo, 27 de outubro de 2024

Quiz sobre o bairro de Campo Grande

 

No mês de novembro comemora-se o aniversário do bairro de Campo Grande. E você, sabe tudo sobre o bairro da Zona Oeste? Que tal testar seus conhecimentos? clique no link abaixo e responda às questões sobre a história de nossa região. E pode concorrer a prêmios! Então não perca tempo e mostre que você é um conhecedor do bairro.


https://forms.gle/6eCgrobtoyn5jMNt8

quinta-feira, 24 de outubro de 2024

Usina de bondes do Monteiro

 

Imagem: Rivadávia Pinto.

Acima está a antiga Usina de Bondes do Monteiro, no ano de 1948.
Os bondes 🚊 na região de Campo Grande começaram a ser instalados em 1894, quando o Conselho Municipal deu concessão à empresa particular Cia. Carris Urbanus, a operar na localidade. As primeiras linhas foram de tração animal, ligando Campo Grande a Guaratiba, tendo como finalidade o transporte de capim para os burros da empresa, fazendo o trajeto até a Estrada de Ferro,  daí  para São Cristóvão. Em 1898 foi inaugurada a linha Campo Grande x Santa Clara.
Por volta de 1909, com a solicitação de moradores, ocorreu o transporte de passageiros. 
No ano de 1910, é inaugurada a Cia. de Carros Urbanos de Campo Grande, começando a operar em 1911, com uma linha que ligava a estação 🚉 ferroviária à localidade de Santa Clara, passando pelas estradas do Monteiro e Magarça.
Em 1915, a tração animal foi substituída pela eletricidade. Já em 1917 houve um prolongamento até a Pedra.
Porém, devido a alguns fatores, como à precariedade das instalações, com cenas de alguns bondes pararem, e os passageiros tendo que empurrá-los, com más conservações dos trilhos, somando ao déficit pelo serviço, desde 1963 começou-se a cogitar a possibilidade da retirada dos bondes. Até que, em 30 de outubro de 1967, houve a extinção dos bondes de Campo Grande. 
As linhas foram extintas nas seguintes datas:

• Ilha - 02 de junho de 1965;
• Pedra de Guaratiba - 26 de março de 1966;
• Fazenda Modelo - 25 de maio de 1966;
• Rio da Prata e Monteiro - 30 de outubro de 1967.

A antiga oficina de bondes de Campo Grande fica no Largo do Monteiro, tombada como Patrimônio Histórico pelo IPHAN desde 1996, ainda apresentando um resquício dos trilhos. A Usina hoje é utilizada pela Comlurb. 


Acima, um traçado das linhas de bondes na região feito por Guilherme Braga Alves.

Fonte consultada: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos,  de José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert, ano 2005. Rio de Janeiro. Segunda edição. 





sábado, 19 de outubro de 2024

Freguesia de Campo Grande em 1850

 

Fonte: Silva-Santos. Kairo ET AL, 2013, 1


Acima encontra-se um mapa das Freguesias da cidade do Rio de Janeiro em 1850. As freguesias, por muito tempo, foram formas de divisões baseadas às limitações de uma Paróquia (lembrando que à época, o catolicismo era a religião oficial do Brasil) e suas adjacências. Assim, a Paróquia tinha uma base territorial e formava um distrito eclesiástico onde o povo definia  seu espaço de moradia, além de prestar assistência material e espiritual.

No período acima, a Freguesia de Campo Grande se estendia da Serra de Gericinó (Mendanha) ao norte, até a serra de Bangu, estendendo-se até Jacarepaguá, indo pelo sentido oeste pela planície de Sepetiba. Por muito tempo, essa região foi chamada de Sertão Carioca, englobando alguns atuais bairros como Realengo, Bangu, Santíssimo, Cosmos, entre outros.

O começo da Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande (nome completo) remonta ao ano de 1673, quando foi criada a capela de Nossa Senhora do Desterro, nas terras de Barcelos Domingos (ou Domingues), no atual bairro de Bangu. Décadas depois, a capela foi transferida para locais temporários, até ser construído o templo no atual ponto no centro de Campo Grande, já no século XIX. 

No entanto, existem algumas divergências com relação à data de criação da Freguesia de Campo Grande. Alguns historiadores afirmam que à época não havia condições de ser criada uma Paróquia no local, e que somente em 12 de janeiro de 1757 é que foi concedido o alvará, que é o título de criação de uma Freguesia. 

Antes de prosperar, a Freguesia de Campo Grande teve sua ocupação influenciada pela antiga fazenda dos Jesuítas, em Santa Cruz. Nesta fazenda havia o cultivo da cana-de-açúcar e a criação de gado bovino. Já com seu próprio desenvolvimento canavieiro, a localidade de Campo Grande, principalmente entre a segunda metade do século XVII e princípio do século XVIII,  apresentava 14 engenhos de açúcar.


Fontes consultadas: https://odia.ig.com.br

Agenda Campo Grande 2030. Organização Edivan de O. Fulgencio, Ingrid Nascimento, Thiago Mathias. Rio de Janeiro: associação Casa Fluminense, 2024.

A evolução econômica e populacional de Campo Grande - Souza, Carlos Eduardo.  Rio de Janeiro: Edital, 2015.