terça-feira, 15 de setembro de 2020

Um inusitado Campo Grande e Madureira nos EUA

 


    Até aproximadamente os anos 1990, era muito comum os clubes brasileiros excursionarem por vários países e continentes, inclusive os clubes de menor expressão. Alguns disputavam torneios importantes, como os tradicionais Ramón de Carranza e Teresa Herrera, na Espanha, entre outros; além de torneios que reuniam clubes e seleções, como a Copa Kirin, disputada no Japão; e vários amistosos. Havia até um "título" simbólico dado ao clube que voltava invicto de uma excursão do exterior, a famosa Fita Azul.

    Com o novo formato de campeonato brasileiro de pontos corridos, implementado nos anos 2000, o calendário do futebol brasileiro ficou mais extenso e apertado, sem pausa entre o fim dos estaduais e início do brasileirão. Isso fez com que diminuissem ou quase que exterminassem as famosas excursões dos clubes brasileiros. 

    Como já citado, os clubes de menor investimento também disputavam jogos internacionais, incluindo torneios e amistosos.

     Nesse contexto, no ano de 1972, ocorreu um inusitado confronto entre dois times do subúrbio carioca em terras estrangeiras. No dia 06 de agosto do ano citado, Campo Grande e Madureira empataram em 1x1, num amistoso disputado em Washington, nos Estados Unidos. Os jornais da época não chegaram a dar muita importância para a aventura do Galo da Zona Oeste e do Tricolor Suburbano em terras do Tio Sam. Inclusive sendo a primeira viagem internacional do Campusca. Por isso, pouco se sabe de detalhes e do restante dessa excursão. Além desse jogo, o Campo Grande venceu o Baltimore por 1x0 e perdeu para o Ujpest Dozsa por 4x0, com todos os jogos realizados nos States, entre julho e agosto, de caráter amistoso, mas sem os dias precisos dos jogos encontrados.

    Mas com certeza esse confronto de dois times tradicionais do Rio de Janeiro, realizado nos Estados Unidos, entra pra galeria de jogos curiosos. É bom para o futebol carioca.

Fonte consultada: Almanaque histórico e estatístico do Campo Grande Atlético Clube. Julio Bovi Diogo e Raymundo Quadros. 



2 comentários:

  1. Parabéns pelo excelente blog sobre a história do nosso querido bairro de Campo Grande, sou sobrinho do falecido Robson Tuchê, e assim como todos que lêem esse canal, acredito que de onde ele estiver, sente-se orgulhoso por participar dos anos de glória do nosso Campusca

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    1. Boa Noite, Claudio. Que bacana! Tuchê é um jogador que está na memória do nosso Campusca. Muito obrigado pela visita ao blog. Um grande abraço.

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