O 29 de Junho e o 26 de Abril de Campo Grande

 No Brasil, alguns clubes foram batizados com nomes que remetem à data de fundação, ou a uma data importante e afins. Um clássico exemplo são dois times tradicionais do interior paulista: o XV de Piracicaba e o XV de Jaú, entre outros pelo país.

No bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, também existiram clubes com nomes de datas. Dois exemplos são o 29 de Junho e o 26 de Abril. Como diz Odir Ramos em seu livro "Na terra do Melhoral": 'No tempo em que o Brasil era bom de bola, em toda a rua havia um time de futebol. E em cada bairro um clube com seu campo'.

E o bairro dos laranjais não fugia à regra. Alguns times que se destacavam no antigo Sertão Carioca eram: São Jorge, Diana, 26 de Abril, Oiticica, Vila Nova, 29 de Junho, entre outros, inclusive em áreas adjacentes. 

Os clubes faziam festas, bailes e shows com o intuito de arrecadar dinheiro para sustentar seus times de futebol.

O 29 de Junho foi fundado em 1955, na Curva do Matoso, próximo ao abrigo Nazareno e à Avenida Cesário de Melo, com sua sede localizando-se na rua Pontes Leme. Depois passou a pertencer ao Lions Clube. Um fato curioso que ocorreu no Clube não tem ligação com o futebol, mas com a música. No finalzinho da década de 1950, um então desconhecido cantor marcou presença no local, recebendo alguns aplausos e um cachê que, segundo o já citado Odir Ramos, não dava para pagar a condução de volta, dependendo de uma vaquinha para ir embora. Mais tarde esse rapaz passou a ser conhecido como o Rei Roberto Carlos. 

Já o 26 de Abril foi fundado em 1946, possuindo sede na estrada do Monteiro. Segundo informações, chegou a disputar o Departamento Autônomo de futebol do Rio de Janeiro. Recentemente, sua sede foi demolida. Segundo um morador do bairro, o Flamengo já marcou presença no campo do clube, entre as décadas de 1950/1960.

Abaixo, uma reportagem estampando um jogo do clube contra o Vila Comari, em 1952.

Fonte: Gazeta de Notícias.

Fontes consultadas:

Na Terra do Melhoral, 2° Edição ampliada. Odir Ramos da Costa. 2013. Edital.

historiadofutebol.com

Roberto Carlos no bairro de Campo Grande

 

Em dezembro de 1970, o bairro de Campo Grande recebeu uma visita ilustre: o Rei Roberto Carlos, à época com a carreira ainda se consolidando, veio à então Zona Rural, participar da inauguração da loja Magal, hoje Superlar, cantando sobre uma marquise na esquina da Rua Coronel Agostinho com o Beco do Seridó, no Calçadão de Campo Grande. 

Imagem e informações: Face Malu Ravagnani.

A Estrada das Capoeiras

 

A Estrada das Capoeiras é uma das principais vias do populoso e extenso bairro de Campo Grande, localizada entre as estradas da Caroba e do Mendanha. Sua história é interligada à antiga fazenda de mesmo nome.

A Fazenda das Capoeiras era considerada uma das mais prósperas do então Sertão Carioca. Essas terras foram sendo adquiridas por meio de compras de datas de terra, pertencentes a sesmeiros. Dentro dessas fazendas, à época, como a das Capoeiras, era comum os filhos e outros herdeiros criarem para cada um, uma fazenda particular. Assim, dentro dos limites da Fazenda das Capoeiras, existiam outras menores, como a Fazenda de Sant'Ana e a do Corcundinha. 

A possível origem do nome pode ser explicada pelo seguinte fato: nas planícies de Campo Grande predominava uma vegetação rasteira, conhecida como capoeira, sendo formada por gramíneas de baixo porte. Assim, é provável que o nome da vegetação influenciou na denominação das fazenda e Estrada das Capoeiras. Essa gramínea propiciava o aproveitamento da região como pastos naturais.

É bom lembrar que a palavra capoeira não é de origem africana. Ela vem do tupi (Kapu'era) e tem dois significados: pode ser mato ralo, mata rasa, vegetação rasteira; ou uma espécie de cesto para carregar animais e mantimentos. 

Fontes consultadas: Rumo ao Campo Grande por trilhas e caminhos. José Nazareth de Souza Fróes e Odaléa Ranauro Enseñat Gelabert.  2005;

Marcelo Duarte. O guia dos curiosos  - Brasil. São Paulo: Panda Books, 2011.

Imagem: Google Maps, acesso em 09/02/2022.

Os antigos calendários (Tingui)

 

Acima encontra-se um calendário muito utilizado até o fim dos anos 1980/início anos 1990. Era muito comum deixá-lo nas carteiras, sendo distribuído em lojas, mercados e comércio e serviços em geral.

O da imagem acima é do ano de 1982, de um estabelecimento na localidade do Tingui, em Campo Grande, em que vinha acompanhando uma foto de uma pessoa da família. 

Com o advento da tecnologia e da informática, os mesmos foram ficando com menos utilidade, mas ainda resistindo aos smartphones e ao mundo digital dos dias atuais.

Campusca vice-campeão da Segunda divisão do carioca 1989

 

Em 1989, o Campo Grande Atlético clube sagrou-se vice-campeão do campeonato carioca da segunda divisão, garantindo assim o acesso à elite do ano seguinte.

O campeonato foi decidido nas finais por 3 clubes, com o Campusca, o São Cristóvão e o América de Três Rios, que se sagrou campeão. 

Na imagem acima encontra-se uma das formações do time do ano de 1989: em pé, João Maria, Paulo Silva, Valmir, Chiquinho e Jonei; agachados: Rogerinho, Nilton, Sandro, Edimilson, Ronaldo e Cacu.

Fonte consultada: Vai dar Zebra, de José Rezende e Raymundo Quadros; Blog do Marcão.

Imagem: Vai dar Zebra. 

Time de basquete 🏀 do Clube dos Aliados

 

Acima encontra-se uma imagem do time de basquete 🏀 do Clube dos Aliados que disputou o campeonato carioca de 1948. Na foto estão: em pé, Chico, Décio Esteves e Cadete; agachados,  Zé Lima e Lúcio. 

Nesse mesmo ano, o clube sagrou-se campeão 🏆 do supercampeonato juvenil de basquete. Além disso, o Clube dos Aliados destaca-se por já ter revelado muitos jogadores de basquete, com destaque para Zenny de Azevedo, o "Algodão ", que saiu do clube e conquistou títulos nacional e mundial, além de medalhas em Jogos Olímpicos e Pan-americanos.  Hoje dá nome ao Ginásio Algodão, no Centro Esportivo Miécimo da Silva. 

Voltando à equipe de basquete acima, um detalhe curioso fica por conta do jogador Décio Esteves, o que se encontra com a camisa número 3: até 1948, o mesmo jogou basquete no Clube dos Aliados; no ano seguinte, tornou-se profissional... só que como jogador de futebol ⚽️. Começou como amador no Campo Grande Atlético clube e depois foi para o Bangu, por onde atuou por um bom tempo, retornando ao Campo Grande anos depois. E em 1982, comandou o Campusca à sua maior conquista, a Taça de Prata, sendo o técnico da equipe campeã.

Fonte consultada e imagem: Vai dar Zebra, de José Rezende e Raymundo Quadros. 

Time do Campusca em 1962

 

Acima encontra-se a equipe do Campo Grande em um amistoso contra o Flamengo, no estádio Ítalo Del Cima, realizado no dia 30 de abril de 1962, ainda antes de estrear na 1° divisão do futebol ⚽️ do Rio de Janeiro. O Galo 🐓 da Zona Oeste perdeu por 2x0. O time que disputou a partida foi: em pé, Netinho, Jorginho, Helinho, Zeca, Arlei e Guilherme; Naldo, Juninho, Nelsinho, Jairo e Jaci.

Fonte consultada e imagem: Vai dar Zebra, de José Rezende e Raymundo Quadros.