terça-feira, 21 de dezembro de 2021

Os Fernandes Barata

 

O nome Barata era associado, principalmente no século XII, na França, onde se originou, e na Itália em Portugal, a uma espécie de antigo título de dívida, contrato ou permuta.
Descedem os Fernandes Barata de Domingos Fernandes, natural do Bispado de Coimbra, português casado com Isabel Thomas.
Chegaram ao Brasil por volta de 1770, fixando-se na Freguesia do Campo Grande, Rio de Janeiro. A Fazenda Piraquara foi adquirida pelos irmãos Manoel e João, a qual foi reformada, tornando-se assim uma das maiores e mais produtivas de toda a Freguesia já citada.
Um relevante canavial foi organizado e consequentemente, foram montados um engenho e um alambique para a produção de aguardente, além de um rebanho de gado bovino e uma olaria.
Manoel Fernandes Barata faleceu em 16 de dezembro de 1790, deixando alguns filhos, como: 
• Felix Fernandes Barata, alferes da Ordenança da Companhia do Campo Grande, mais tarde Cabo da Esquadra, chegando a Tenente da mesma Companhia;
• João Fernandes Barata, Alferes da Fortaleza de Santa Cruz em Niterói, casado com Mariana Joaquina da Soledade, filha do Capitão José Antunes Suzano, de tradicional família;
• Manoel Fernandes Barata, batizado em 15 de julho de 1787, foi Subdelegado de Polícia e Fiscal da Freguesia, sendo próximo do Juiz de Paz da Freguesia, Sargento-Mor Major Bento José Gonçalves Teixeira. Apresentou em 18 de fevereiro de 1833 ao então presidente da Câmara do Município da Corte, o Dr. Francisco Gomes de Campos, que viria a ser o Barão de Campo Grande, a sugestão para a divisão da Freguesia em quatro Distritos Fiscais.
O primeiro distrito envolveu da Ponte da Piraquara até o Engenho do Lameirão, de um e outro lado da Estrada Real, em direção à Fazenda Nacional de Santa Cruz, englobando as Fazendas do Lameirão, Coqueiros, Viegas, Bangu, Piraquara, Retiro e Realengo.

Fonte consultada e imagem: Terras Realengas, José Nazareth de Souza Fróes. 2004.
Texto adaptado da mesma obra.

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