A DORMIDEIRA
"Mimosa Pudica, a Dormideira
Sensitiva, rasteira
Dorme-dorme, não-me-toques
Se me tocou, não me acordes.
Lembra minha infância
de quando tocá-la quando era criança
Cresci e não a vi mais em abundância
devido às constantes mudanças.
Mesmo com o progresso, ainda sobrevive
Com sorte, ainda encontra-se na superfície
No andar do transeunte, no pisar do distraído
Se encolhe, se retrai. És delicada até no nome científico."
Carlos Eduardo de Souza.
Para as minhas memórias afetivas, a Dormideira tem um lugar nos caminhos de Campo Grande...
ResponderExcluirNuma época em que a Rua Aricuri ainda era estrada de chão, o mato que circundava entre sua esquina e o antigo Caminho da Figueira, hoje Rua Foz do Jordão.
O campo de capim apresentava em sua borda, muitas dormideiras.
Rasteiras e com espinhos, suas flores também bordavam os nossos caminhos...
Levemente, passávamos o dedo em cada folha, e cantávamos, na inocência de uma época que não volta mais:
"Dorme, dorme
Dormideira
Pra acordar
Na sexta-feira".
Esperávamos que dormisse até a sexta-feira, mas uns dez a quinze minutos depois, lá estavam as folhas, imperiosas, orgulhosas por serem ornamentadoras de um lugar inesquecível em nossas mais doces lembranças.
Oh, meu amigo. Que belo relato, como sempre. Uma honra você enriquecer meu blog com seus textos e versos. Um grande abraço. Fique com Deus.
ExcluirAmei!!! Eu sempre acordava as dormideiras. Confesso.
ResponderExcluirMuito obrigado, Kátia. São espécies fascinantes mesmo. Um grande abraço.
ExcluirMinha infância foi brincar com as dormideiras e colocá-las sob o travesseiro, pois mamãe dizia que era para ter uma boa noite de sono.
ResponderExcluirBom dia. Essa de colocar no travesseiro pra ter uma boa noite de sono não sabia. É bom saber dessas curiosidades. Lembra muito minha infância também. Isso me inspirou a fazer esse pequeno texto. Um grande abraço.
ExcluirApresentei essa plantinha ao meu filho no final do ano passado; peguei algumas sementes, mas ela não brotou em campo Grande.
ResponderExcluirBom dia, Tiago. Poxa, que pena! São plantas que realmente despertam curiosidade e no meu caso, me faz lembrar de minha infância. Um grande abraço.
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