Oito de março. Dia Internacional da mulher. Ainda nos dias de hoje, a mulher luta incessantemente por direitos básicos, respeito, salários justos, inclusão, em todas as esferas da sociedade, inclusive no esporte. E no futebol não é diferente.
Felizmente, hoje já acompanhamos mais as meninas nos gramados, mas o futebol feminino no Brasil ainda engatinha. Vale lembrar que o esporte foi proibido para as moças durante décadas.
E o Campo Grande Atlético Clube, o Galo da Zona Oeste, se orgulha por ter sido um dos pioneiros a abrir as portas e incentivar a prática do futebol feminino no clube.
Abaixo, uma reportagem do Jornal Patropi, de 1983, constata o fato:
A reportagem cita a preparação para o primeiro campeonato carioca feminino, com o Campo Grande "recrutando" jogadoras interessadas na novidade. Segundo a reportagem, "Todas as jogadoras são federadas mas nenhuma contratada. 'O futebol feminino é amador..."
Ainda segundo as informações do Jornal, a rotina das jogadoras era a seguinte: "As meninas, de idade oscilante entre 15 e 27 anos, treinam diariamente assistidas pelo técnico José Carlos e pelo preparador físico Ubiratan da Silva. Na segunda-feira é dia de exercícios na piscina, na terça e quarta coletivo no campo do Oiti, na quinta física e na sexta-feira treino-apronto (recreação)".
E quando indagadas sobre o que poderia mudar na vida delas: "E as suas vidas particulares: namorados, escolas, trabalhos, como ficam? Todas respondem categoricamente que nada mudou, que o fato delas praticarem um esporte até há pouco tempo considerado apenas para homens não as tornaram marginalizadas perante aos outros".
Ainda no Jornal, uma charge brincando com o momento de início de mudança da inclusão das mulheres no futebol:
E assim o Campo Grande contribuiu para a inclusão das mulheres no futebol, numa época em que esse tipo de atitude era pouquíssimo aceito pela sociedade machista. E para coroar essa iniciativa do Campusca, o clube, bem mais tarde, sagrou-se campeão carioca feminino por duas vezes, em 2004 e 2008. Mais uma grande conquista do Campo Grande Atlético Clube.
Fonte consultada: Jornal Patropi, 1983.
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