Quadro: Artista plástica e designer Cândida Ferreira
Localizado no centro do bairro de Campo Grande, sendo uma ligação entre a Rua Coronel Agostinho e a Rua Augusto de Vasconcelos, está o conhecido Beco Seridó. Na verdade, trata-se da Rua Major de Almeida Costa. Porém, o local é popularmente conhecido pela primeira descrição.
Segundo fontes, há uma versão que explica a origem do nome. Seridó seria um morador de origem nordestina, que fazia pequenos serviços, como consertos de calças, camisas, cintos e outros acessórios que se danificavam. Quando alguém precisava do serviço, os próprios comerciantes próximos indicavam dizendo "Vai no Seridó, aquele do beco, que ele conserta".
É bom ressaltar que Seridó é uma região localizada no Sertão nordestino, abrangendo municípios do Rio Grande do Norte e da Paraíba. A origem da palavra possui duas vertentes: uma é do linguajar tapuia, que significa "pouca sombra", ou "pouca folhagem". Já a segunda descende dos judeus, oriundo do hebraico, sendo "sarid" e "serid", significando "sobrevivente" ou "O que escapou". Com relação aos judeus, é bom lembrar que algumas famílias judaicas se instalaram no bairro, sendo comerciantes relevantes na região. Nesse caso, teria uma possibilidade do nome do "beco" vir dos comerciantes judeus também.
Ainda segundo fontes, o local já foi conhecido como "Beco do escorrega", devido a um valão, aliado a passagens estreitas, em dias de chuva, provocarem situações "perigosas". Já foi também rota de desvio dos devedores dos comerciantes da Rua Coronel Agostinho, que entravam no beco para não passarem em frente aos seus credores.
E assim, o Beco Seridó, ou Beco do Seridó, é mais uma pontinha da história do extenso e memorável Campo Grande, sempre guardando suas curiosidades e relíquias.
Fonte pesquisada: Campo Grande RJ no Face.
Lembrança e texto maravilhoso!
ResponderExcluirParabéns!
Obrigado, meu amigo. Visite sempre.
ResponderExcluirMuito bom saber dessas histórias de Campo Grande.
ResponderExcluirMuito obrigado pela visita ao blog. Um grande abraço.
ExcluirMuito interessante o relato. Sim, há fundamento em todas as versões. Apesar de a maioria dos judeus terem vivido na Rua Barcelos Domingos, há indícios de alguns residentes nas cercanias da pequena 'vila' de Campo Grande, no início do século XX, inclusive em regiões mais distantes, como o que hoje se denomina região de Guaratiba.
ResponderExcluirBom lembrar que o Centro Comercial Orind pertencia a uma família judia, que residia na Barcelos Domingos, onde hoje é o SENAC. (Se não me engano, também os Tarnapolski tinham comércio ao lado, tudo em frente ao Beco do Seridó).
Era comum, também, plantas que davam poucas folhagens serem chamada de seridó.
Quando acontecia a muda de algumas árvores ou arbustos, era comum, naquela época, serem chamadas de seridós, enquanto estavam sem folhas. Isso ocorria muito com os jasmineiros e com as amendoeiras.
Ao pouco que se sabe, apenas pelas lembranças das pessoas mais velhas, o Beco do Seridó tinha alguns jasmineiros brancos e amarelos em suas extremidades.
Interessante que, na segunda reforma do calçadão, na entrada do Beco do Seridó, perto da Coronel Agostinho, plantaram um jasmineiro branco. Dizem que era para lembrar o início da pequena vila de casas que ali havia, com seus jasmineiros perfumados.
Obrigado por nos trazer tantas informações relevantes sobre o nosso bairro, Carlos Eduardo de Souza. Espero ter contribuído um pouquinho também.
Oh, meu amigo. Muito obrigado pela visita ao blog. Com certeza você enriquece qualquer obra minha com suas experiência e detalhe dos fatos. Um grande abraço.
ExcluirFale sobre o beco de ligação entre o calçadão e a Rua Doutor Caetano de Faria Castro.
ResponderExcluirBom dia. Muito obrigado pela visita ao blog. Se eu pesquisar sobre o assunto, eu posto. Um grande abraço.
ExcluirBoa tarde, sabe dizer em que ano a Escola de Música Dynear esteve sediada nesse beco e quando saiu de lá?
ResponderExcluirEstava olhando alguns jornais que apontavam a sede da escola como sendo nesse beco.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirBom dia, Daniel. Infelizmente não sei sobre essa informação. Pesquisarei sobre, e se souber algo, lhe informarei. Muito obrigado pela visita ao blog.
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