As feiras livres existem desde a antiguidade, quando estas tinham o objetivo de promover trocas de mercadorias entre as pessoas. A partir do século XI, com o impulso do comércio, estimulado pelo aumento da população, da produção agrícola e das atividades artesanais, mercadores do norte e do sul da Europa atravessavam o continente, com o objetivo de negociar seus produtos nas feiras, que duravam de três a seis semanas, onde negociavam-se mercadorias de todo tipo.
Imagem representando as feiras antigas. Fonte: História em documentos / imagem e texto
As mais famosas aconteciam na região de Champagne, na França atual. As feiras já eram realizadas nas cidades, destacando-se grandes feiras internacionais, como em Lyon, na França, Piacenza, na Itália e Medina del Campo, na Espanha. Esta última durava cinquenta dias, reunindo cerca de 2.500 mercadores. Porém, foi com o advento do capitalismo que esse tipo de comércio conquistou importância econômica.
Integrante da cultura brasileira, as feiras mantém-se até os dias atuais, mesmo com o desenvolvimento do comércio, com o conforto das compras pela internet, entre outras características do mundo moderno. Possuindo suas peculiaridades, as feiras são palco de circulação de pessoas de todos os tipos, com um variado comércio, que vai de pequenos utensílios, passando por frutas, legumes, peças diversas, entre outros.
No bairro de Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro, tem um exemplo de uma feira que já existiu dentro do atual mercado São Braz, no calçadão do bairro. O hoje diversificado "Mercadão" atuava como uma feira, escoando os produtos agrícolas cultivados na região e de outros locais. Porém, devido ao crescimento da área, o mesmo firmou-se como um pioneiro no que diz respeito ao comércio de Campo Grande, perdendo a característica de uma feira tradicional.
Entretanto, Campo Grande, através de sua história, sempre apresentou outras feiras pelos seus sub-bairros, como a que ocorria na localidade de Vila Nova, tradicionalmente às quintas-feiras. Também destaca-se a feira da Rua Campo Maior, na Avenida Mariana, às terças-feiras.
Na atualidade, pode-se afirmar que a feira mais conhecida e frequentada do bairro é a que se apresenta aos domingos, nas imediações do Viaduto Alim Pedro, chegando à Estrada do Campinho e à Rua Campo Grande. Atuando como uma feira livre tradicional, esta proporciona aos seus transeuntes todo o tipo de mercadoria, inclusive sendo chamada por alguns de seus vendedores de "shopping ao ar livre".
Esta feira, antes de se apresentar na atual área já citada, ocorria na Rua Campo Grande; mais tarde se "mudou" para ruas próximas ao Colégio Sarah Kubistchek, até chegar ao ponto de hoje.
Bibliografia utilizada: Rodrigue, Joelza Ester. História em documento: imagem e texto/Joelza Ester Rodrigue.
São Paulo: FTD, 2001.
Antes de apresentar-se na Rua Campo Grande, a Feira ocorria na Rua Domingos do Couto, na época em que Campo Grande ainda era Zona Rural, com poucas famílias vivendo no centro.
ResponderExcluirShow, meu amigo. Mas uma belíssima informação. Um grande abraço.
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