sábado, 28 de setembro de 2019

Fórmula 1 em Campo Grande

   A imagem acima noticia a exposição de um carro Fórmula 1, da Lotus, no qual o piloto Emerson Fittipaldi fora campeão da categoria pela primeira vez, em 1972. O carro ficou exposto na saudosa Silbene, em Campo Grande, que por muito tempo foi uma das lojas/papelaria mais procurada no bairro. Com certeza, uma grande honra para a população campograndense poder presenciar uma máquina dessas e de tamanha importância tão de perto.

Fonte: Jornal Patropi: 03 de maio de 1983.
Pesquisa: Carlos Eduardo e Daniele Ferraz. 

terça-feira, 24 de setembro de 2019

O primeiro templo no Campo Grande

   O atual bairro de Campo Grande tem sua origem - seguindo uma das versões - vinculada à criação da Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande, consequência da criação da Capela de Nossa Senhora do Desterro, em 1673, ainda em terras correspondentes ao atual bairro de Bangu.
    É importante lembrar que à época ainda não existia o atual bairro de Campo Grande, com seus limites contemporâneos, mas sim uma região denominada "o campo grande", muito mais extenso que o bairro de hoje, abrangendo muito mais terras.
    Nesse contexto, segundo pesquisas, é erguido o primeiro templo na região do Campo Grande, uma ermida, uma capela de pequena dimensão, localizada em locais afastados com pouca população. Trata-se da ermida de São Lázaro, erigida pelo Padre Martin Fernandes e seu irmão Lázaro Fernandes, confirmado por anotações encontradas nos livros de "Registros de casamentos e Batizados da Sé", onde foi vigário.
    Segundo o livro "Terras Realengas", de José Nazareth de Souza Fróes, consta:
    "Martin Fernandes, nascido por volta de 1588 e falecido no Rio (Sé, 1/3°, 36v.), era sobrinho do referido Lázaro Fernandes, e declarado por seu homônimo, o igário Martin Fernandes, ao batizar o filho Francisco em 1622, como 'homem secular'. Casado no Rio (Sé, L/1°, fl.14v.), na ermida de São Lázaro, de Jeruimo (seria Gericinó), com Rufina da Rocha, nascida por volta de 1598, falecida, enteada de Lázaro Fernandes, provavelmente filha de Potência Braz e de seu falecido marido".
    O Padre Martin Fernandes foi uma grande "personalidade" no denominado "Distrito do campo grande", sendo um dos mais importantes membros eclesiásticos da Freguesia de São Sebastião do Rio de Janeiro (Sé) no início do século XVII. O padre mencionado e seu irmão Lázaro receberam relevantes doações de terras. 
    Assim, mesmo não especificando o local exato do templo, mais uma curiosidade sobre a formação da região de Campo Grande foi desvendada, ou, como Lázaro, segundo os relatos bíblicos, foi ressuscitada.

Fonte: Sant'Adolphe. Milliet de. Livro Terras Realengas.

Bibliografia consultada: Terras Realengas. José Nazareth de Souza Fróes, do Colégio Brasileiro de Genealogia. Rio de Janeiro - 2004.

     

domingo, 22 de setembro de 2019

Entre Cosmos e Campo Grande


    O mapa acima retrata uma região da Zona Oeste, localizada entre os bairros de Campo Grande e Cosmos. O desenho remete à localidade no ano de 1969, sendo feito e pertencente a Leu Lima, morador de Cosmos e grande conhecedor das terras do bairro e adjacências, como Santa Margarida (sub bairro de Cosmos), Inhoaíba e Palmares.
    O mapa apresenta detalhes importantes da época, como os sítios e laranjais (com o nome de seus respectivos donos), característicos da época, mesmo os laranjais já fora do período do auge. Além disso, a imagem mostra a conhecida Linha se Austin, a estrada do Campinho, que dá acesso à Avenida Brasil,  e o Rio Campinho.
    Atualmente, como na maior parte da Zona Oeste, no lugar de sítios e laranjais, encontram-se comércio, serviços, escolas e muitas residências, refletindo a tendência da evolução.

Contribuição para a pesquisa: Adinalzir 

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Tragédia no cemitério de Campo Grande

    Antes do atual endereço, o cemitério de Campo Grande já foi localizado em frente à matriz do bairro, a igreja de Nossa Senhora do Desterro. O local hoje é ocupado pela prefeitura, Banco do Brasil e outros serviços. 
    Mais tarde, o cemitério "migrou-se" para a Avenida Cesário de Melo, onde ficava a antiga Capela de Santo Antônio dos Pobres. 
     Em julho de 1980, o Jornal Patropi noticiava uma tragédia ocorrida no cemitério do bairro da Zona Oeste:

    A reportagem "dizia" o seguinte: "Hoje em dia não tem mais sossego nem mesmo depois de morto. Terça-feira, dia 08 de julho, um caminhão bateu no muro do cemitério de Campo Grande, destruindo-o em parte, e danificando as gavetas que ficam localizadas juntas ao mesmo. O resultado foi catastrófico: 15 caixões quebrados e muitos restos mortais espalhados ao redor do muro. O detalhe importante é que chegando o fato ao distrito da localidade, ficou constatado que nada poderia ser feito, já que, segundo eles, 'não houve vítimas' ".
     Afinal de contas, não foi o fim do mundo, e se foi, descanse em paz!

Fonte consultada: Jornal Patropi, julho de 1980.
Pesquisa: Carlos Eduardo e Daniele Ferraz. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Era uma vez em Vila Nova

    Vila Nova é um dos muitos chamados sub-bairros de Campo Grande. Possui um comércio forte e concentrado num curto espaço, com destaques para o Supermercado Vila Nova, até hoje chamado por muitos moradores da localidade por sua antiga denominação, "Valente"; o Horto de Vila Nova; a peixaria de Vila Nova, muito frequentada nos finais de semana e semana santa; a Confeitaria Central de Vila Nova, entre outros. Além disso, no carnaval, o local é enfeitado e programado para receber os foliões, com barracas, shows e afins.
     Um pouco afastado do "centro" do sub-bairro, localizava-se o armarinho que, segundo os moradores, "vendia de tudo", o famoso Armarinho do Seu Júlio.
      Perto dali, outro ponto importante da localidade que resiste ao tempo é a sorveteria Sobel, muito frequentada em décadas anteriores, quando não existiam shoppings no bairro. Em frente à sorveteria, era comum em alguns domingos, uma TV ser instalada e passar uma partida de futebol importante, reunindo muita gente, lembrando que à época as TVs a cabo estavam engatinhando.
     No Jornal Patropi, de 1979, uma reportagem chamava a atenção para o sub-bairro, destacando o Centro Pró-Melhoramentos de Vila Nova. 

Fonte: Jornal Patropi, abril de 1979.

   A seguir, um trecho da reportagem: "O Centro Pró-melhoramentos de Vila Nova (Rua Domingos Meirelles n°242) foi criado há 28 a anos com fins filantrópicos. Possui um colégio com 1° e 2° graus e uma clínica, onde o povo recebe inúmeras vantagens, como serviços funerários muito baixos ou mesmo de graça. A instituição recebe pessoas de qualquer parte de Campo Grande, não restringindo suas atividades somente às ruas de Vila Nova..."
     Com relação ao endereço citado na reportagem, o local hoje abriga uma instituição de ensino, a Escola Santa Bárbara, substituindo o centro de sentido filantrópico que atendeu por um bom tempo a população de Vila Nova e de Campo Grande como um todo.

Fonte: Jornal Patropi, ed. N° 199. Pág 5, abril de 1979
Pesquisa: Carlos Eduardo e Daniele Ferraz.