sábado, 3 de fevereiro de 2018

Por dentro da Matriz de Campo Grande

Foto. Fonte: Carlos Eduardo de Souza.
Pintura de Alan Castilho, restaurador e artista visual. O mesmo é responsável pela restauração interna, além do painel externo e o oratório da Igreja de Nossa Senhora do Desterro, em Campo Grande.

    Localizada numa pequena elevação, no centro econômico e comercial do bairro de Campo Grande, a Igreja de Nossa Senhora do Desterro possui uma história que acaba se confundindo com a origem do bairro. A construção da Capela original se deu em 1673, em terras que atualmente localiza-se o bairro de Bangu. Segundo alguns pesquisadores, também nesse ano, foi criada a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande. Ainda em terras que hoje é o bairro de Bangu, a capela é palco de uma tragédia, no ano de 1716, com assassinatos, incluindo a de um padre. Mais tarde, a igreja "mudou-se" para uma área onde atualmente encontra-se o bairro de Campo Grande.
    Em 1757 é concedido o Alvará, que é o título da criação de uma freguesia. Por isso, para alguns historiadores, só a partir dessa data é que realmente foi criada a Freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Campo Grande. Já em solos campograndenses, em 1882, a igreja passa por outro momento terrível: o templo sofre um incêndio, praticamente destruindo a Paróquia. Porém, com a atitude e os esforços do Padre Belisário dos Santos, de fazendeiros e de autoridades, a Igreja foi reconstruída.
    Em seu interior, é possível encontrar anotações antigas nas paredes que dão acesso aos sinos, feitas por colaboradores (talvez pintores) que atuaram nas reformas que aconteceram na igreja.


Fotos. Créditos: Carlos Eduardo de Souza

Abaixo, imagens de um sino da Paróquia e de orientações sobre este

Fotos. Créditos: Carlos Eduardo de Souza

    No local do presbitério e no altar-mor, abaixo encontra-se um ossário, que abriga restos mortais do padre Belisário dos Santos, de Freire Alemão, botânico e médico conceituado que nasceu e morreu no bairro, além de famílias ilustres do bairro.
Foto. Crédito: Carlos Eduardo de Souza

    No teto e nas paredes do templo, imagens que ilustram o religioso.
Abaixo, uma imagem de Jesus Cristo, considerada uma arte Roca, porém, incompleta. Essas imagens eram usadas em procissão, mas perderam espaço para as imagens de gesso, com a chegada da industrialização. O detalhe é o "cabelo", que lembra muito o de um humano.
Foto. Crédito: Carlos Eduardo de Souza

Outros "pertences" da  Paróquia
Órgão de muitas décadas atrás


Capela ou oratório localizado ao lado da Paróquia, sob o domínio da mesma


Imagens no teto da Igreja

    Imagem de Damião de Molokai, padre que partiu em missão para o arquipélago do Havaí para cuidar de pessoas atingidas por uma epidemia de lepra que havia se instalado no local. A imagem se encontra no que chamam de átrio da igreja.

Foto tirada de dentro das torres dos sinos da Paróquia

Abaixo, imagens antigas da Igreja, localizadas em amostras na própria Paróquia


Fotos e Reproduções: Carlos Eduardo de Souza

Colaboração para o artigo: Deca Serejo